Transição depende de gestão

Jornal do Commercio  Editoria: Economia  Página: A-5 


O vice-presidente administrativo da CNC e presidente da Federação do Comércio do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), Flávio Sabbadini, considera que a melhoria no processo de gestão do Sistema CNC é de fundamental importância no processo de transição da cobrança de contribuição sindical ao que a Confederação defende como contribuição negocial.


“Cobramos muito da organização sindical, do sistema como um todo, mas temos que mudar a nós mesmos”, afirmou em palestra para representantes de mais de 900 sindicatos d

Jornal do Commercio  Editoria: Economia  Página: A-5 


O vice-presidente administrativo da CNC e presidente da Federação do Comércio do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), Flávio Sabbadini, considera que a melhoria no processo de gestão do Sistema CNC é de fundamental importância no processo de transição da cobrança de contribuição sindical ao que a Confederação defende como contribuição negocial.


“Cobramos muito da organização sindical, do sistema como um todo, mas temos que mudar a nós mesmos”, afirmou em palestra para representantes de mais de 900 sindicatos de base, 27 federações nacionais e sete nacionais, ligadas ao comércio de bens, serviços e de turismo.


Segundo Sabbadini, a contribuição sindical, cuja cobrança ainda é feita de forma ineficiente no Brasil, tende a desaparecer, provavelmente, até 2011. Até lá, ele defende a busca de alternativas que ajudem a manter atuantes os sindicatos patronais.


“Uma das características do movimento sindical é a defesa dos interesses de terceiros. Temos mandato e no nosso caso a maior preocupação é com o acionista principal, a empresa. Temos que trabalhar para aumentar a longevidade do setor e um dos mecanismos para alcançar esse objetivo é fortalecer o processo de gestão. Assim estaremos contribuindo para reduzir a taxa de mortalidade empresarial”, enfatizou.


Além do choque de gestão, os desafios que o Sistema CNC precisa enfrentar para fortalecer seus elos, na opinião de Sabbadini, passam pela defesa da redução das taxas de juros e da carga tributária, pela discussão da reforma trabalhista, entre outros temas de grande relevância.


“A contribuição sindical é a contrapartida pela defesa dos interesses coletivos. Associada a essa postura, implementamos outras ações como os produtos e serviços oferecidos pelos sindicatos. Com isso, enxergamos as empresas como clientes e conquistamos cada vez mais força. Temos competência, talento e paixão para exercer essas e outras funções, talvez o que esteja nos faltando seja metodologia. Por isso estamos investindo na criação de métodos de trabalho e atuação unificados em todo o Brasil” , defendeu Sabbadini.


Segundo o vice-presidente administrativo da CNC existem 3,5 mil sindicatos na área empresarial no Brasil, além de 14 mil sindicatos laborais. A Confederação, conforme salientou, considera que da negociação entre empregados e empresários pode surgir a contribuição negocial, cuja cobrança, deverá trazer mais avanços ao movimento sindical no futuro.


“Até 2011 esperamos que governo, empresários, trabalhadores e a sociedade em geral cheguem a um consenso em relação ao processo de substituição da contribuição sindical”, concluiu.