Faturamento real cai 2,9% em setembro, mostra Sebrae-SP

Gazeta Mercantil  Editoria: Nacional  Página: A-4


Queda é atribuída ao fato de setembro ter tido um dia útil a menos do que o mesmo mês de 2006. O faturamento real das micro e pequenas empresas (MPE) paulistas caiu 2,9% em setembro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2006, segundo os Indicadores Sebrae-SP, pesquisa realizada com a colaboração da Fundação Seade e divulgada ontem. Em valores absolutos essa queda representa perda de R$ 627 milhões.

Gazeta Mercantil  Editoria: Nacional  Página: A-4


Queda é atribuída ao fato de setembro ter tido um dia útil a menos do que o mesmo mês de 2006. O faturamento real das micro e pequenas empresas (MPE) paulistas caiu 2,9% em setembro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2006, segundo os Indicadores Sebrae-SP, pesquisa realizada com a colaboração da Fundação Seade e divulgada ontem. Em valores absolutos essa queda representa perda de R$ 627 milhões.


Foi a primeira vez que o faturamento real mensal sofreu retração na comparação com o ano anterior e esse comportamento foi atribuído pelo Sebrae ao fato de setembro ter tido um dia útil a menos do que o mesmo mês de 2006. A alta do comércio (8,4%) não foi suficiente para reverter as quedas nos setores de serviços (–15,9%) e indústria (–10,9%).


Na avaliação de Pedro João Gonçalves, economista do Observatório das Micro e Pequenas Empresas do Sebrae-SP, “a recuperação das MPE em 2007 não será prejudicada por esse resultado de setembro”, porque “o desempenho já acumulado no ano permite vislumbrar um fechamento positivo das vendas neste ano”.


O nível de pessoal ocupado nos pequenos negócios apresentou ligeira alta (0,6%) na comparação de 12 meses, representando 36 mil novos postos de trabalho. Na comparação entre setembro e agosto deste ano, foram abertos 153 mil novos postos, totalizando 5,8 milhões de pessoas ocupadas nos empreendimentos de pequeno porte da capital, Região Metropolitana de São Paulo, Grande ABC e interior.


O faturamento médio das MPE em agosto de 2007 foi de R$ 15.979,69 por empresa, e na média 4,37 pessoas mantiveram-se ocupadas em cada uma das 1,3 milhão de MPE paulistas formais. Em setembro, uniu-se ao efeito calendário (quatro dias úteis a menos que agosto) o fim da repercussão do Dia dos Pais no comércio. Resultado: menos R$ 1,3 bilhão nas caixas das MPE (queda de 5,8% do faturamento).


Expectativa


Mesmo com a queda de faturamento em setembro, os donos dos pequenos negócios continuam otimistas. Em outubro deste ano, 43% dos entrevistados acreditavam que o faturamento de seus empreendimentos vai subir nos próximos meses. É o maior índice desde o início da pesquisa “Expectativas das MPE”, em maio de 2005. E para 46% o faturamento ficará estável nos próximos seis meses.


A pesquisa mede ainda a expectativa dos pequenos empresários com relação ao nível de atividade econômica. Em outubro deste ano, 37% acreditavam na melhoria da economia nos próximos seis meses e 47% apostaram na estabilidade.