Seminário de Comércio Exterior é realizado na CNC

O acordo Automotivo Brasil-Uruguai e as relações dos dois países no âmbito do Mercosul  foram os principais temas abordados no Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos Brasil-Uruguai, realizado pela Federação das Câmaras de Comércio Exterior (FCCE), em 9 de setembro, na Confederação Nacional do Comércio e Bens, Serviços e Turismo, no Rio de Janeiro. 


Assinado pelos governos dos dois países em 26 de junho, o acordo automotivo – que tem validade de seis anos e vigora desde 1º de julho deste ano – prevê uma cota anual de exportação de 6,5 mil veículos do Brasi

O acordo Automotivo Brasil-Uruguai e as relações dos dois países no âmbito do Mercosul  foram os principais temas abordados no Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos Brasil-Uruguai, realizado pela Federação das Câmaras de Comércio Exterior (FCCE), em 9 de setembro, na Confederação Nacional do Comércio e Bens, Serviços e Turismo, no Rio de Janeiro. 


Assinado pelos governos dos dois países em 26 de junho, o acordo automotivo – que tem validade de seis anos e vigora desde 1º de julho deste ano – prevê uma cota anual de exportação de 6,5 mil veículos do Brasil para o Uruguai e de 20 mil unidades do Uruguai para o Brasil, sem o pagamento do Imposto de Importação. Para o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), Ivan Ramalho, é uma oportunidade para o Brasil reduzir as assimetrias de comércio entre os dois países. “Este ano teremos com o Uruguai um intercâmbio de mais de US$ 2 bilhões, cifra registrada ano passado. Devemos, seguramente, passar dos US$ 2,5 bilhões, já que a previsão para 2008 é de um crescimento de 30% na corrente de comércio entre Brasil e Uruguai”, afirmou. Segundo Ramalho, o aumento da oferta mútua de produtos manufaturados, o novo regime automotivo e a maior presença de empresas brasileiras no país vizinho traçam um cenário promissor e positivo: “Seminários como o de hoje ajudam as pessoas a tomarem conhecimento destes fatos”, concluiu. 


A presença de empresas brasileiras no país vizinho foi um ponto destacado também por Armando Meziat, secretário de Desenvolvimento e Produção do MDIC. “O presidente Lula tem incentivado investimentos no Uruguai. Gerdau, Ambev e o Banco Itaú já estão lá. É preciso avançar na redução de barreiras entre os países”, enfatizou.   


O Embaixador do Uruguai, Carlos Amorín, também está otimista quanto à relação comercial entre os países. “As conversações sobre a dupla cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC) para produtos importados no Mercosul têm avançado”, disse, referindo-se ao fato de que o país que exporta, dependendo do produto, paga dobrado a TEC dentro do bloco. Ainda segundo Amorín, o Uruguai tem um déficit comercial com o Brasil, e 30% dele tem relação com o setor automotivo. “Com o acordo podemos diminuir a porcentagem”, disse.


Também participaram do seminário – que foi aberto pelo Presidente da Federação das Câmaras de Comércio Exterior (FCCE), João Augusto de Souza Lima – Gerardo Gadea, vice-ministro da Indústria e do Comércio do Uruguai, Alberto Guani, cônsul-geral do Uruguai no Rio de Janeiro, Paulo Butori, presidente do Sindipeças, entre outros.