O embaixador da República Popular da China no Brasil, Chen Duqing, foi recebido em 17 de dezembro pelo presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Antonio Oliveira Santos, na sede da entidade, no Rio de Janeiro. A reunião precedeu a participação de Duqing no seminário China: reforma e abertura – Dezembro 1978/2008 – 30 anos, promovido pelo Instituto Brasileiro de Estudos da China e Ásia Pacífico (Ibecap) na Confederação.
O embaixador da República Popular da China no Brasil, Chen Duqing, foi recebido em 17 de dezembro pelo presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Antonio Oliveira Santos, na sede da entidade, no Rio de Janeiro. A reunião precedeu a participação de Duqing no seminário China: reforma e abertura – Dezembro 1978/2008 – 30 anos, promovido pelo Instituto Brasileiro de Estudos da China e Ásia Pacífico (Ibecap) na Confederação.
“A reforma e a abertura política na China foram resultado da necessidade de se abrir as portas”, disse o embaixador, referindo-se à decisão tomada pelo Partido Comunista Chinês em 1978, com o objetivo de promover a modernização do país, aliando aperfeiçoamento do sistema político e desenvolvimento de forças produtivas nacionais. “Nos 30 anos consecutivos, o crescimento médio anual do PIB foi de 9,8%. Em 2007, o PIB da China chegou a US$ 3,38 trilhões, 66,7 vezes maior que o registrado em 1978, saltando para a quarta colocação no ranking mundial”, disse Duqing, para exemplificar os avanços obtidos no período. Segundo ele, o PIB chinês deve fechar 2008 com crescimento de aproximadamente 9,5% e, para o ano que vem, a previsão é de alta de 8%.
Atualmente, destacou o embaixador, a China tem grande número de produtos agrícolas e industriais ocupando o primeiro lugar no ranking mundial de produção, como cereais, algodão, carnes, carvão, fertilizantes químicos e cimento: “A China detêm apenas 9% da terra cultivada do mundo, mas alimenta um quinto da população mundial”.
Carlos Tavares de Oliveira, assessor de Comércio Exterior da CNC e membro fundador do Ibecap, destacou que, em 1978, o comércio chinês limitava-se a US$ 20 bilhões, com exportações de apenas US$ 9,7 bilhões. Nesse tempo bem à frente, a balança brasileira somava US$ 26 bilhões, com exportações de US$ 12,6 bilhões. “Decorridas três décadas, este ano, a balança comercial chinesa, crescendo 130 vezes, atingiu US$ 2,6 trilhões, com exportações de US$ 1,4 trilhão. Em comparação, a balança brasileira somou US$ 370 bilhões, aumentando apenas 15 vezes nesses trinta anos, com exportações de US$ 170 bilhões”, disse.
Haroldo Lima, diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), participou do evento em substituição ao presidente da Comissão Parlamentar Brasil-China da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo. “Existe uma atitude pouco receptiva em relação à grande contribuição que a China dá ao mundo”, disse, abordando, em seguida, aspectos da história do país.
Homenagem
Ao fim do seminário, que teve mediação do presidente do Ibecap, Severino Cabral, a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC) homenageou Carlos Tavares, pelo seu trabalho em favor das relações e do intercâmbio entre as duas nações. A diretora cultural da CCIBC, Uta Schwietzer, entregou uma placa de homenagem ao assessor. “Carlos Tavares é um homem de visão, e assim como nós da Câmara, sempre acreditou na potencialidade da China”, disse. “Fico muito gratificado”, agradeceu Tavares, sendo aplaudido pelos participantes do seminário.