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Ajustando o foco

Estamos cada vez mais próximos dos grandes eventos esportivos que o Brasil sediará. A Copa do Mundo está logo ali, com direito a um evento preparatório – a Copa das Confederações – que já tem até mesmo os ingressos vendidos.

São grandes as expectativas quanto ao impacto que um reposicionamento do Brasil no setor turístico pode trazer para a economia. Governos e empresários têm se debruçado sobre as principais questões que envolvem o setor, tendo em vista o aproveitamento pleno das potencialidades que se vislumbram.

Em geral, tem havido um sentido cooperativo de ambas as partes, conscientes de que não pode haver avanços onde cada parte puxa para um lado diferente. Mas isso não quer dizer que haja um total alinhamento quanto a importantes questões setoriais, que precisam ser melhor discutidas pelas partes envolvidas.

A polêmica gerada em torno das tarifas cobradas pela rede hoteleira é um exemplo do que precisa ser acertado. A reportagem de capa desta edição mostra o questionamento feito pelos empresários em relação à metodologia utilizada pela Embratur ao comparar preços cobrados pelos hotéis no Brasil com os praticados por seus congêneres no exterior.

Critérios como sazonalidade, períodos analisados, fontes de consulta utilizada compõem a base de uma pesquisa que precisa ser muito ponderada, para que seus resultados reflitam com exatidão o cenário atual do setor.

As pesquisas são ferramentas fundamentais para medir desempenhos e auxiliar no diagnóstico do que precisa ser melhorado. Mas, para cumprir esse papel, é preciso contar com critérios consistentes, sem os quais corre-se o risco de resultados equivocados e inúteis para o aperfeiçoamento pretendido.

No caso do setor de turismo, um aperfeiçoamento que precisa ser tocado em conjunto por governos e empresários, em uma parceria voltada para o longo prazo e para um crescimento sustentado.

Boa leitura!