A Covid-19 e o consumo essencial – A empresa de cartões Cielo tem disponibilizado, praticamente todos os dias, informações sobre o desempenho das atividades terciárias durante o atual isolamento horizontal. Elas têm sido divulgadas rapidamente, quase no mesmo dia da apuração. Os boletins expõem as variações dos gastos com cartões nos segmentos comerciais e dos serviços, segundo metodologia própria. Em face do recolhimento social e do fechamento das portas de milhões de empresas, os números registram taxas negativas compatíveis com o período de exceção, configurando a magnitude da severa retração econômica.
Produção industrial recua 0,6% no primeiro bimestre do ano – Segundo os últimos dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial teve aumento de 0,5% em fevereiro, o segundo consecutivo, em comparação com o mês imediatamente anterior, nos dados com ajuste sazonal. A indústria de transformação mostrou retração de 0,7%, enquanto a extrativa recuou pelo sexto mês seguido, a uma taxa de 0,2%. Dentre as categorias de uso analisadas, a de bens de capital (+1,2%) e de bens intermediários (+0,5%) foram positivas, enquanto bens de consumo duráveis (-0,7%) foi o maior destaque negativo. Bens de consumo semi e não duráveis recuaram 0,2%, e, com isso, a categoria de bens de consumo retraiu 0,6%.
Produção agrícola – Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil será capaz de suprir as necessidades básicas de consumo da população. Com uma safra de grãos estimada em 251,9 milhões de toneladas, de acordo com o último levantamento divulgado pela estatal, as principais culturas consumidas no País (soja, milho, trigo, arroz e feijão) respondem por 97% da colheita e superam em mais de 100 milhões de toneladas o volume do consumo interno desses grãos no ano passado. Diante da situação de enfrentamento ao novo coronavírus, o governo federal acionou a Conab para atuar junto aos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Economia, da Cidadania, e outros, além da Casa Civil, para atender às possíveis demandas de alimento em todo o País. De acordo com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o Plana Safra 2020/21 deve estar pronto em maio. A ministra citou as medidas já anunciadas de ajuda aos pequenos produtores e a linha de R$ 65 milhões para capital de giro às cooperativas para que mantenham seus estoques.