O mercado de eventos entrou em debate no segundo dia do Conotel 2013 – Congresso Nacional da Hotelaria, realizado com o patrocínio do Sistema CNC-SESC-SENAC. Quando da apresentação do tema “Megaeventos e seus reflexos na indústria da hospitalidade”, o congresso abordou a experiência dos eventos sob o olhar de representantes do poder público, com as palestras do secretário de Estado de Turismo do Pará, Adenauer Góes, do presidente da SPTuris, empresa de turismo e eventos da cidade de São Paulo, Marcelo Rehder, e da representante do Sebrae, Lara Franco.
O mercado de eventos entrou em debate no segundo dia do Conotel 2013 – Congresso Nacional da Hotelaria, realizado com o patrocínio do Sistema CNC-SESC-SENAC. Quando da apresentação do tema “Megaeventos e seus reflexos na indústria da hospitalidade”, o congresso abordou a experiência dos eventos sob o olhar de representantes do poder público, com as palestras do secretário de Estado de Turismo do Pará, Adenauer Góes, do presidente da SPTuris, empresa de turismo e eventos da cidade de São Paulo, Marcelo Rehder, e da representante do Sebrae, Lara Franco.
As palestras demonstraram que o País está habituado a sediar eventos de grande porte e principalmente que a hotelaria não vê neles mais oportunidades de ganhos financeiros, e sim a possibilidade de o Brasil se posicionar como destino turístico mundial, como afirmou a diretora Executiva do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), Flavia Matos, ao encerrar o debate. Ela lembrou que o plano das entidades da hotelaria é de longo prazo e não foca os grandes eventos. “Não podemos depender só dos grandes eventos. Eles são oportunidades, mas não são o nosso objetivo, ainda que, claro, tragam boas perspectivas para o setor”, afirmou Flavia.
Adenauer Góes apresentou o case “Círio de Nazaré”, evento religioso que reúne dois milhões de pessoas em romarias e que, em 2012, atraiu 76 mil turistas, os quais injetaram cerca de US$ 28 milhões na economia. Além de movimentar diversos setores da economia local, a celebração é uma oportunidade de atrair o turista para outros destinos, como Salinas e Marajós. Adenauer destacou a importância do planejamento para o desenvolvimento da atividade, exemplificando com o plano estratégico de turismo do Estado – o Plano “Ver-o-Pará”. Para ele, os megaeventos podem gerar oportunidades de crescimento para o setor, desde que exista harmonia entre as ações do poder público – municipal, estadual e federal. “Mas o milagre do turismo não acontece assim. É preciso planejamento, o que ainda falta no Brasil, não apenas na gestão pública, mas também na empresarial; e isso nos diversos setores da economia”, afirmou o secretário.
Em sua apresentação, Lara Franco apontou a necessidade de a hotelaria se adaptar aos novos perfis dos turistas. De um lado, a classe C desperta para o consumo turístico e, de outro, o turista é cada vez mais bem informado e exigente, pesquisa sobre o destino e quer vivenciá-lo. “As oportunidades estão aí para quem souber se posicionar no mercado. E é preciso inovar para diferenciar o empreendimento da concorrência”, disse a executiva do Sebrae, que apresentou produtos e serviços da instituição disponíveis para alavancar a competitividade empresarial das pequenas e microempresas.
São Paulo é a capital nacional dos grandes eventos, o maior destino turístico do Brasil, disse o Marcelo Rehder, ao apresentar dados da capital paulista, que, em 2012, recebeu cerca de 12,5 milhões de visitantes, 70% dos quais por motivos relacionados a eventos e negócios. Esse fluxo turístico movimenta 52 setores da economia e gerou, no ano passado, uma receita de 236 milhões para a cidade. Para Rehder, “o evento aproxima o cidadão e o Estado, aquece a economia, gera empregos e incentiva o crescimento do turismo, além de aumentar a arrecadação e melhorar a autoestima da população”.
Mas o destaque da apresentação Marcelo Rehder foi a Expo 2020 – terceiro maior evento do mundo –, que a cidade se candidatou a sediar dentro de sete anos. “A expectativa é que a Expo 2020 receba 30 milhões de visitantes; isso de uma perspectiva conservadora”, afirmou diretora Executiva do Fórum de Operadores Hoteleiros (Fohb), Flavia Matos, durante o debate. Para a ocasião, será construído o Parque Eco, novo centro de convenções na cidade, em Pirituba. O empreendimento terá centro de exposições, arena, torre de observação e teleférico. “A boa notícia é que o prefeito Fernando Haddad já disse que o centro de eventos será feito, mesmo que a cidade não conquiste o direito de sediar a Expo 2020”, finalizou Rehder.