Jornal do Commercio Editoria: Economia Página: A-5
O VIII Congresso do Sistema Confederativo de Representação Sindical do Comércio (VIII Sicomércio) tem como um dos principais objetivos a elaboração do esboço do Plano Estratégico para o período 2007-2020. Os representantes de 900 sindicatos elaboraram e discutiram ontem sugestões para promover a auto-suficiência e a gestão profissional das entidades. O objetivo do encontro foi planejar o futuro e buscar o melhor caminho a ser seguido.
Jornal do Commercio Editoria: Economia Página: A-5
O VIII Congresso do Sistema Confederativo de Representação Sindical do Comércio (VIII Sicomércio) tem como um dos principais objetivos a elaboração do esboço do Plano Estratégico para o período 2007-2020. Os representantes de 900 sindicatos elaboraram e discutiram ontem sugestões para promover a auto-suficiência e a gestão profissional das entidades. O objetivo do encontro foi planejar o futuro e buscar o melhor caminho a ser seguido.
De acordo com o Vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que promoveu o evento, Lélio Vieira Carneiro, a CNC está no topo da pirâmide sindical, e, por isso, tem o dever de possibilitar que as entidades representativas tenham a capacidade de estabelecer planos para os próximos anos.
“A Confederação Nacional é entidade estruturada e, como algumas federações ainda são frágeis e alguns sindicatos, fracos, precisamos dar subsídio para que possam trabalhar para fortalecer as empresas e os setores. O encontro é a oportunidade de compartilhamento de experiências e discussão de idéias”, disse Carneiro.
Planejamento
O presidente da Federação do Comércio do Mato Grosso, Pedro Nadaf, concordou. “O planejamento estratégico direciona a construção da unidade de linguagem entre as entidades representativas. O encontro objetiva despertar nas lideranças empresariais a importância da representatividade”, disse.
A discussão visou criar ferramentas para prestar serviços que facilitem o empresário, como sistema de crédito e financeiro, por exemplo. As principais bandeiras levantadas por Nadaf são as reformas tributária e previdenciária, além de políticas trabalhistas mais flexíveis.
As funções sindicais têm mudado de perfil, não por mudança de vocação da entidade representativa, mas pelas mudanças da economia e da sociedade brasileiras. A função do sindicato é ordenar e representar o setor empresarial, assim como criar ambiente mais favorável para que a condição empresarial se desenvolva.
Para o presidente da Fecomércio do Amazonas, José Roberto Tadros, que também atua na CNC, o encontro tem como objetivo estruturar sindicatos e federações para que tenham visão de futuro e planejamento estratégico.
“É necessário que se tenha sindicalismo adequado à realidade atual. O Sicomércio é muito importante para que cada sindicato entenda sua missão e objetivos e possa traçar estratégias”, disse Tadros.
Representativas
De acordo com o presidente da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, Norton Luiz Lenhart, é necessário que as entidades sejam qualificadas e representativas.
“Cerca de 94% dos mais de 90 milhões de empresas brasileiras são pequenas e microempresas, que necessitam deste apoio, porque não têm estrutura para lutarem sozinhas”, disse Lenhart.
De acordo com Tadros, da Fecomércio do Amazonas, o comércio poderia, sozinho, empregar toda a população economicamente ativa do País.
“Entre países desenvolvidos, cerca de 75% do PIB (Produto Interno Bruto) vem de comércio e serviços. A indústria não tem tanto peso assim”, disse, ressaltando a importância da discussão para o setor.
Com as mudanças na economia mundial, os sindicatos passam a ter funções diferenciadas, como representar um segmento específico dentro do Congresso Nacional, por exemplo.
“É preciso atuar junto ao Executivo, ao Legislativo e até ao Judiciário, em favor do segmento empresarial que lhe competir”, disse o presidente.