Garibaldi fala sobre reforma política

O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, afirmou, ao chegar ao Senado na tarde desta terça-feira (19), que o Congresso deve ter seu próprio projeto de reforma política e que deve discuti-lo junto com a proposta que o governo poderá enviar aos parlamentares.


– É claro que os deputados e senadores devem discutir o projeto do governo, mas não podem ficar só nele.

O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, afirmou, ao chegar ao Senado na tarde desta terça-feira (19), que o Congresso deve ter seu próprio projeto de reforma política e que deve discuti-lo junto com a proposta que o governo poderá enviar aos parlamentares.


– É claro que os deputados e senadores devem discutir o projeto do governo, mas não podem ficar só nele. Devem também discutir o projeto dos congressistas -afirmou.


Garibaldi discorda da afirmação de que o Congresso estaria “andando a reboque” do Judiciário, conforme expressão de um jornalista, pois a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado ainda está votando projeto que limita o emprego de algemas pela polícia quando o Supremo Tribunal Federal já fixou normas para a situação há cerca de um mês.


– O Congresso, aqui ou acolá, tem se omitido, mas tem legislado, a despeito das medidas provisórias. Tem procurado cumprir o seu dever. O problema é que o Legislativo precisa se afirmar a todo momento, pois está a todo instante prestando contas à opinião pública. Que outro Poder fica a toda hora respondendo a perguntas de repórteres? Pelo menos é o Poder mais transparente e, por isso mesmo, o mais penalizado – afirmou o presidente do Senado.


Garibaldi Alves admitiu que o Plenário do Senado só deve “votar matérias mais importantes” na próxima semana, pois “agora o quórum está um pouco baixo”. Lembrou ter proposto aos líderes partidários que o Senado dedicasse de duas a três semanas de agosto e setembro às votações, liberando os parlamentares em pelo menos dois períodos para que se dedicassem às eleições municipais.


– Mas eles não quiserem. Disseram que seria melhor manter votações nestes dois meses – disse.


Agência Senado, 19 de agosto de 2008.