Frente Parlamentar da Saúde apresenta sugestão para garantir CPMF

O presidente do Senado, Tião Viana, recebeu na manhã desta quinta-feira (6) o presidente da Frente Parlamentar da Saúde, Darcísio Perondi (PMDB-RS), e outros representantes da entidade, que lhe apresentaram uma idéia por eles reputada como capaz de garantir os votos de que o governo precisa para aprovar a proposta de emenda à Constituição que prorroga a CPMF.


Ao deixar o gabinete da presidência, Perondi explicou que a idéia é de Adib Jatene e consiste em destinar quase 100% dos recursos oriundos da CPMF, excetuada a cifra destinada ao Fundo de Pobreza, para os serviços públicos de sa

O presidente do Senado, Tião Viana, recebeu na manhã desta quinta-feira (6) o presidente da Frente Parlamentar da Saúde, Darcísio Perondi (PMDB-RS), e outros representantes da entidade, que lhe apresentaram uma idéia por eles reputada como capaz de garantir os votos de que o governo precisa para aprovar a proposta de emenda à Constituição que prorroga a CPMF.


Ao deixar o gabinete da presidência, Perondi explicou que a idéia é de Adib Jatene e consiste em destinar quase 100% dos recursos oriundos da CPMF, excetuada a cifra destinada ao Fundo de Pobreza, para os serviços públicos de saúde. Com isso, disse o parlamentar, muitos senadores refratários hoje à prorrogação dessa contribuição concordariam em aprová-la.


– Essa proposta de Adib Jatene é a melhor e não impediria o Legislativo de promulgar a PEC da CPMF até o dia 31 de dezembro, como é necessário para que o governo não perca a arrecadação do próximo ano. A alteração por nós defendida viria só na regulamentação da emenda, em 2008.


De acordo com Perondi, a regulamentação destinando quase o total da CPMF à saúde poderia ser aprovada no bojo do projeto de lei complementar que aguarda votação no Senado para regulamentar a Emenda 29. Essa é a norma que define os percentuais mínimos de investimento do governo em saúde. Na entrevista aos jornalistas, o deputado estendeu-se em defender a eficácia dessa idéia.


– Se eu fosse o presidente da República, eu iria neste caminho. Não dá para perder os quarenta bilhões de reais de receita da CPMF. E essa idéia será capaz de atrair alguns senadores para aprovar a matéria.


– Acontece, deputado que, a maior parte dos e-mails que chegam aos computadores dos senadores é contrária à CPMF – argumentou um jornalista.


Resposta de Darcísio Perondi:


– O capital tem muito dinheiro para intoxicar os computadores do Senado com e-mails contra a CPMF. Mas os pacientes do SUS [Sistema Único de Saúde], que dependem desses recursos, não têm computador e não sabem o que é Internet. A Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo], realmente, está cheia de computadores.


Agência Senado, 6 de dezembro de 2007.