O aquecimento do mercado de trabalho foi um dos principais responsáveis pelo bom comportamento do comércio em 2010. A avaliação é da Divisão Econômica da CNC, feita a partir da análise os resultados relativos a dezembro de 2010 da Pesquisa Mensal do Emprego (PME), que o IBGE divulgou em 27 de janeiro.
O aquecimento do mercado de trabalho foi um dos principais responsáveis pelo bom comportamento do comércio em 2010. A avaliação é da Divisão Econômica da CNC, feita a partir da análise os resultados relativos a dezembro de 2010 da Pesquisa Mensal do Emprego (PME), que o IBGE divulgou em 27 de janeiro.
“O mercado de trabalho tende a se manter aquecido, mas deve se comportar com maior moderação em 2011. A base de comparação mais forte e a possibilidade de uma leve desaceleração da economia podem refletir num menor crescimento do emprego e da renda este ano”, avalia o economista Bruno Fernandes.
Segundo ele, o comércio se beneficiou ano passado já que, com emprego formal e mais confiança na economia, o trabalhador teve mais renda e pôde ir às compras – mesmo com o recuo em dezembro de 0,7% em relação ao mês anterior, o rendimento médio real dos trabalhadores (R$ 1.515,10) elevou-se 5,7% comparado com o mesmo período de 2009. Na média anual, o rendimento real (R$ 1.490,61) apresentou em 2010 um crescimento de 3,8% em relação ao ano anterior, se situando também como a maior renda média desde 2003.
De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego medida pelo Instituto apresentou seu recorde de baixa em dezembro de 2010 – a taxa de desocupação ficou em 5,3%, resultado inferior a 5,7% registrada em novembro do ano passado e de 6,8% apresentado em dezembro de 2009. A média dos 12 meses de 2010 também apresentou a menor taxa de série histórica, iniciada em 2002, registrando o nível de 6,7% no período. A queda do desemprego revela principalmente que o número de ocupados vem crescendo a uma velocidade superior a da população economicamente ativa.