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  • Lei prorroga incentivo fiscal de empresas automotivas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste

    Foi publicada hoje a lei que prorroga para 31 de outubro de 2020 o prazo final para os fabricantes de veículos e autopeças instaladas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentarem projetos de novos produtos para contarem com incentivo fiscal. A Lei 14.076/20 foi sancionada sem vetos pelo presidente Jair Bolsonaro.

    A origem da lei é a uma medida provisória (MP 987/20) editada no fim de junho e aprovada em setembro na Câmara dos Deputados. O relator foi o deputado André de Paula (PSD-PE).

    O prazo para apresentação de projetos nas três regiões é fixado pela Lei 9.440/97. Inicialmente, ele terminava em 30 de junho. A MP 987 adiou para 31 de agosto. Ao analisá-la, a Câmara dos Deputados decidiu aprovar a data de 31 de outubro.

    Renúncia de R$ 150 milhões

    A estimativa da renúncia fiscal com a mudança de data é de R$ 150 milhões. Para compensar a renúncia fiscal com a prorrogação do benefício, a lei determina a cobrança de IOF sobre as operações de crédito realizadas com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).

    O incentivo fiscal previsto na lei é o crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O crédito poderá ser usado para abater o valor a pagar a título de IPI em vendas realizadas pelas empresas entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2025.

    Durante esse período, as empresas precisam respeitar patamares mínimos de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica na região onde está instalada.

    Fonte: Agência Câmara 

  • Proposta restringe comercialização de produtos e insumos odontológicos

    O Projeto de Lei 3595/20 regulamenta a comercialização de produtos e insumos odontológicos, definidos como “instrumentos e materiais utilizados por profissionais de saúde bucal para exercício profissional, estudo e pesquisa”, entre outras atividades.

    O texto em tramitação na Câmara dos Deputados restringe, no território nacional, a venda desses itens às pessoas jurídicas ou físicas – neste caso, se aprovadas em exame de proficiência, quando houver – inscritas em Conselho Regional de Odontologia.

    Também poderão comprar produtos e insumos odontológicos as instituições de ensino com curso de odontologia e os alunos. Os estudantes poderão comprovar a condição por meio de certidão de matrícula atualizada e expedida em prazo não superior a 30 dias.

    “Hoje terceiros de má-fé adquirem esses itens para o exercício ilegal da odontologia ou os vendem de forma indiscriminada para fins estéticos sem acompanhamento profissional qualificado”, afirmou o autor, deputado Eduardo Braide (Pode-MA).

    Fonte: Agência Câmara 

  • Mara propõe programa para estimular pesquisa de eletrodomésticos acessíveis

    Estimular a pesquisa e o desenvolvimento de eletrodomésticos e eletroeletrônicos acessíveis. É o que pretende a senadora Mara Gabrili (PSDB-SP) ao propor a criação do Programa de Incentivo ao Desenvolvimento e à Produção de Produtos Acessíveis (Pro-Acessível).

    Segundo o PL 4.713/2020, que cria o Pro-Acessível, os bancos oficiais devem criar, entre suas linhas de crédito, uma modalidade exclusivamente voltada para o financiamento à pesquisa e ao desenvolvimento de eletrodomésticos e eletroeletrônicos acessíveis, com taxas de juros reduzidas e prazos de carência e amortização diferenciados.

    A proposta autoriza a União a conceder subvenção econômica aos bancos oficiais federais — ou seja, subsídios às empresas, para compartilhar com elas os custos e riscos da pesquisa e desenvolvimento. Os empréstimos deverão ser feitos diretamente pelas instituições financeiras oficiais federais, sem intermediadores. Encargos financeiros, prazos, limites, finalidades e outras condições para os financiamentos serão definidos em regulamento editado após a aprovação da lei. A destinação do montante a ser aplicado será feita pelo Poder Executivo, via Orçamento da União, com a indicação da fonte dos recursos.

    A pessoa jurídica beneficiária do Pro-Acessível será obrigada a prestar, em meio eletrônico, informações específicas sobre o andamento dos projetos financiados pelo programa.

    A intenção do projeto é auxiliar a colocar em prática os direitos garantidos pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI – Lei 13.146, de 2015),

    “O projeto busca avançar nesse sentido, ao propor novos instrumentos com vistas a concretizar o disposto no art. 74 dessa Lei, que garante à pessoa com deficiência acesso a produtos e serviços de tecnologia assistiva que maximizem sua autonomia, mobilidade pessoal e qualidade de vida. Nessa mesma linha, o inciso III do art. 75 prevê a criação, pelo poder público, de mecanismos de fomento à pesquisa e à produção nacional de tecnologia assistiva, inclusive por meio de concessão de linhas de crédito subsidiado e de parcerias com institutos de pesquisa oficiais”, explica Mara na justificativa.

    Atualização

    O projeto atualiza as leis do Bem (Lei 11.196, de 2005) e da Inovação (Lei 10.973, de 2004) para prever que “ganhos de acessibilidade” se enquadrem nos conceitos de inovação trazidos por essas leis e para incluir a “promoção do acesso, do desenvolvimento e da inovação em tecnologia assistiva” como um dos princípios da Lei de Inovação.

    As mudanças propostas buscam assegurar que os projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação para aumentar a acessibilidade e desenvolver tecnologias assistivas sejam contemplados com os benefícios previstos nas duas leis. O projeto também inclui a promoção da sustentabilidade como inovação, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, para alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais.

    “Essa modificação nas leis poderá contribuir para fortalecer as capacidades científicas e tecnológicas no Brasil para padrões mais sustentáveis de produção e consumo. Acreditamos que tais medidas são fundamentais para estimular investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos acessíveis e sustentáveis, contribuindo diretamente para a promoção da inclusão social em seu sentido mais amplo”, defendeu a senadora.

    Fonte: Agência Senado

  • CNC estima impacto de mais de R$ 208 bilhões na economia com 13º salário

    A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) calcula que o pagamento do décimo terceiro salário deverá injetar R$ 208,7 bilhões na economia brasileira em 2020. O valor é 3,5% menor do que o registrado em 2019 (R$ 216,2 bilhões) e, descontada a inflação, apresenta retração de 5,4% – a maior queda real desde o início do acompanhamento realizado pela entidade, em 2012.

    O estudo leva em consideração dados como a massa salarial do contingente de trabalhadores formais da iniciativa privada, do setor público, empregados domésticos com carteira de trabalho assinada, além dos beneficiários dos Regimes Geral e Próprio da Previdência Social. Segundo os cálculos da CNC, o vencimento médio pago em 2020 (R$ 2.192,71) deverá apresentar um recuo de 6,6% em comparação com o valor verificado em 2019 (R$ 2.347,55).

    De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a queda expressiva na atividade econômica e o avanço da informalidade contribuíram para o resultado da pesquisa. “Além dos inevitáveis efeitos sobre o mercado de trabalho, decorrentes da recessão, a queda também é impactada pelas medidas de preservação dos empregos”, afirma Tadros.

    Sancionada em abril e prorrogada até o fim do ano, a Medida Provisória nº 936 regulamentou a redução da jornada, proporcional ao salário, e a suspensão temporária do contrato de trabalho. Segundo dados do Ministério da Economia, entre abril e agosto foram firmados 16,1 milhões de acordos entre patrões e empregados no âmbito da MP 936, com predominância da suspensão do contrato de trabalho (7,2 milhões) e redução de 70% da jornada (3,5 milhões).

    Fabio Bentes, economista da CNC responsável pela pesquisa, chama a atenção para o fato de o setor de serviços ter sido o que registrou a maior adesão entre os contratos de suspensão e redução de jornada, com 48%, seguido por comércio (25%) e indústria (22%). “Em caso de suspensão do contrato de trabalho, o desconto no décimo terceiro salário será proporcional ao período não trabalhado. Quanto maior a suspensão do contrato de trabalho, maior será o desconto”, explica Bentes.

    Recorte regional

    Regionalmente, os Estados de São Paulo (R$ 61,5 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 22,3 bilhões), Minas Gerais (R$ 20,2 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 14,9 bilhões) responderão por mais da metade (56,9%) do impacto do décimo terceiro salário na economia do País, neste ano.

  • Proposta proíbe o confisco de mercadorias legais ofertadas por camelô e ambulante

    O Projeto de Lei 4867/20 proíbe o confisco de mercadorias legais ofertadas por camelôs ou vendedores ambulantes ou informais em vias públicas. A medida abrange itens de consumo imediato, perecíveis e baixo valor, entre outras características similares.

    O texto em tramitação na Câmara dos Deputados estabelece a proibição em âmbito municipal, estadual e federal, exceto quando os itens à venda sejam provenientes da formação de cartel, de associação criminosa ou da exploração de mão de obra infantil.

    Além disso, em caso de mercadoria fora do prazo de validade, o texto prevê que o ente federado responsável por regular, policiar e disciplinar os espaços públicos sob sua competência deverá tirar de circulação o produto para o bem da saúde pública.

    “A proposta visa proteger os trabalhadores mais humildes, os vendedores de banana e de melancia, aquele que vende uma máscara, uma quentinha ou uma capa de celular para o sustento do lar”, disse o autor, deputado Pastor Sargento Isidorio (Avante-BA).

    Fonte: Agência Câmara 

  • Proposta amplia as possibilidades de dedução no IR para doações de pessoas físicas

    O Projeto de Lei 1391/20 permite a dedução de até 6% no Imposto de Renda (IR) em razão de doações realizadas por pessoas físicas desde o ano-calendário até o momento da entrega da declaração de ajuste anual. O texto está em análise na Câmara dos Deputados

    “A epidemia do novo coronavírus mostra que o brasileiro é dotado de profundo espírito de solidariedade, e é fundamental a possibilidade de dedução do IR para as doações efetuadas no mesmo exercício”, afirmou o autor, deputado Marcelo Ramos (PL-AM).

    Atualmente, doações para proteção da criança, do adolescente e do idoso podem ocorrer no momento da declaração de ajuste anual gerando dedução de até 3% do IR devido. Já aquelas efetivadas no exercício anterior (ano-calendário) aliviam o encargo em até 6%.

    Tramitação
    A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    Fonte: Agência Câmara 

  • Projeto reduz tributos de internet banda larga por satélite

    O Projeto de Lei 4850/20 reduz as alíquotas de três tributos cobrados dos usuários de internet banda larga via satélite. A proposta tramita na Câmara dos Deputados.

    Os tributos que passam a ter alíquotas menores são a Taxa de Fiscalização de Instalação (TFI), a Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública (CFRP) e a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine). O primeiro é pago uma única vez, os outros dois são cobrados anualmente.

    A proposta reduz indiretamente uma quarta taxa também assumida pelo consumidor: a Taxa de Fiscalização de Funcionamento (TFF), que equivale a 33% da TFI e é paga anualmente.

    O projeto é do deputado João Roma (Republicanos-BA) e visa diminuir os custos da internet por satélite, favorecendo a disseminação do serviço. Os valores propostos são os mesmos pagos pelos usuários de internet pelo celular, sete vezes mais baixos que os atuais.

    Para Roma, a pandemia mostrou a necessidade de tornar a internet um serviço acessível a toda a população. “Os cidadãos que possuem banda larga têm a oportunidade de manter seu acesso ao trabalho, à educação, à cultura e ao lazer, bem como podem dispor dos serviços de informação, dos portais de governo eletrônico, das utilidades públicas e do sistema financeiro”, disse.

    Alíquotas
    Os novos valores devidos, caso a proposta seja aprovada, são:

    – TFI: sai dos atuais R$ 201,12 para R$ 26,83. Essa taxa é uma das fontes de receita do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel);

    – CFRP: cai de R$ 10 para R$ 1,34. A CFRP é destinada à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), estatal que veicula o noticiário do Poder Executivo, como a Voz do Brasil; e

    – Condecine: de R$ 24 para R$ 3,22. A contribuição é destinada ao fomento do cinema e do audiovisual.

    O projeto altera a Lei 5.070/66, a Lei 11.652/08 e a Medida Provisória 2.228-/01.

    Fonte: Agência Câmara 

  • Proposta considera teletrabalho como efetivo exercício do magistério na rede pública

    O Projeto de Lei 1420/20 prevê que, em eventual estado de calamidade pública – como na atual pandemia do novo coronavírus –, o teletrabalho, o trabalho remoto ou o trabalho a distância dos professores da rede pública será considerado efetivo exercício.

    O texto em tramitação na Câmara dos Deputados altera a Lei 11.494/07, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

    “Com o fechamento das escolas devido à Covid-19, docentes foram colocados em regime de teletrabalho para que preparassem aulas e monitorias ou realizassem atividades administrativas”, disse o autor, deputado Domingos Neto (PSD-CE).

    “Foi a forma encontrada por governadores e prefeitos para evitar prejuízos aos alunos”, afirmou o parlamentar. “Acredito que precisamos resguardar, legalmente, esse período de teletrabalho e considerá-lo como efetivo exercício nos moldes da Lei do Fundeb.”

    Tramitação
    A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Educação; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    Fonte: Agência Câmara 

  • CBCGAL se reúne para debater panorama político e sindical

    A Câmara Brasileira do Comércio de Gêneros Alimentícios (CBCGAL) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) se reuniu por videoconferência, no dia 21 de outubro, para discutir temas como negociações coletivas no pós-pandemia e atuação da CNC no Conselho Nacional de Defesa do Consumidor (CNDC). Durante o encontro, o deputado federal Enrico Misasi (PV-SP) também participou do debate apresentando uma análise do panorama político do País.

    O parlamentar destacou que o assunto prioritário na Câmara dos Deputados é o Renda Cidadã, programa de renda mínima proposto pelo governo federal para substituir o auxílio emergencial, previsto para acabar em dezembro deste ano. 

    Segundo Misasi, há um consenso entre parlamentares e governo sobre a necessidade de continuação de suporte à parcela da população mais afetada pela crise. O desafio, no entanto, é respeitar a Emenda Constitucional do Teto dos Gastos Públicos. “Não adianta criar novos impostos para aumentar receita, pois o teto deverá ser respeitado da mesma forma. É preciso reordenar gastos e encontrar espaço no orçamento disponível para executar o programa”, afirmou. 

    Ainda na análise do deputado, falta ao governo federal embasar a proposta com uma definição mais objetiva sobre qual é o público-alvo do programa e qual será o impacto estimado de redução da pobreza com a aprovação da medida.

    Sobre a reforma tributária, Misasi afirmou que há falta de consenso dentro do próprio governo sobre qual direcionamento seguir. “Os parlamentares não se posicionarão de forma assertiva enquanto o governo não formalizar uma proposta. A equipe econômica parece não encontrar uma alternativa à negativa do presidente sobre a criação de um novo imposto”, destacou. 

    Já em relação à reforma administrativa, o deputado afirmou que “é a mais desafiadora pela complexidade do tema, apesar de ser a mais necessária” e que as discussões sobre o assunto deverão ganhar espaço apenas no segundo semestre do ano que vem.

    Negociação coletiva

    Convidado a falar sobre negociações coletivas no contexto do pós-pandemia, o diretor da CNC e presidente da Comissão de Negociação Coletiva do Comércio (CNCC), Ivo Dall’Acqua, disse que o grupo, que tem o objetivo de promover o aperfeiçoamento dos processos de negociação coletiva e treinamento de negociadores do Sistema Comércio, também pretende criar um espaço dinâmico de multiplicação do conhecimento que ajude toda a cadeia sindical a cumprir sua missão com competência. “Temos de entregar aos nossos filiados um serviço que facilite suas gestões e seus produtos. O sindicalismo está num momento crucial, e vamos buscar reconhecimento por meio de uma entrega competente”, avaliou.

    A chefe da Divisão Sindical da CNC, Patricia Duque, destacou que a CNCC vai flexibilizar as relações de trabalho para construir uma legislação mais justa por meio das negociações. Duque reforçou também que o grupo terá como vice-presidente a empresária Luiza Trajano, que comanda a rede de lojas de varejo Magazine Luiza.

    Sobre o tema, o vice-presidente da CNC e coordenador das Câmaras Brasileiras do Comércio, Luiz Carlos Bohn, enfatizou que a negociação é um artifício importante que deverá ser bem aproveitado para resolver imbróglios jurídicos dentro das relações sindicais gerados durante a pandemia.

    Conselho Nacional de Defesa do Consumidor

    Representante da CNC no Conselho Nacional de Defesa do Consumidor, o presidente da Fecomércio-RJ, Antonio Queiroz, destacou a atuação da Confederação nos cinco subgrupos do CNDC. 
     
    Em função da alta de preços de itens alimentícios nos últimos meses, o subgrupo que causa maior preocupação é o que trata de supostos preços abusivos, sob o argumento de que não há racionalidade econômica na cotação. Em convergência com o Ministério da Economia, que não pretende intervir, Queiroz explicou que a CNC entende a variação de preço como temporária, influenciada por fatores concretos como a alta do dólar e problemas de fornecimento.

    Campanha Colaborar para Fortalecer

    Durante a reunião, o coordenador da CBCGAL, Álvaro Furtado, apresentou ao grupo a parceria com a empresária Leila Okumura, fundadora da startup Local.e, na campanha Colaborar para Fortalecer. Furtado explicou que a iniciativa tem como objetivo principal gerar oportunidades comerciais para pequenos e médios empresários que tiveram impacto de mais de 50% no faturamento desde o início da pandemia, criando um canal entre estes pequenos fabricantes e o mercado varejista, de forma gratuita, utilizando a Local.e.

    Segundo Okumura, a plataforma auxilia pequenos e médios empreendedores de alimentos e bebidas no trabalho de tornar suas marcas mais competitivas, promovendo uma comunicação direta entre esses produtores e o comércio varejista.

    “As vantagens são a abertura de novos pontos de venda e a possibilidade de uma recuperação mais rápida, além de parcerias de longo prazo com acordo direto, que podem resultar em descontos e promoções conjuntas”, explicou Okumura. Segundo a empresária, em pouco mais de um ano de trabalho, mais de 5 mil produtos e 400 varejistas estão atuando na plataforma.

    “A pequena e a média produção vêm atendendo à crescente demanda por produtos mais saudáveis, como o segmento vegano, e ao aumento da procura por novas marcas. Muitas empresas nascem para preencher esse espaço que a grande indústria ainda não atende. O objetivo é dar oportunidades para um mercado que já está bem posicionado, com produtos de qualidade, mas precisa de mais oportunidades para prosperar”, finalizou.

  • Sumário Econômico – 1641

    Endividamento cai pela primeira vez desde maio de 2020 – O percentual de famílias que relataram ter dívidas (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) alcançou 67,2% em setembro de 2020, a primeira queda desde maio deste ano, após ter alcançado a maior proporção da série histórica. Houve redução de 0,3 ponto percentual em relação aos 67,5% observados em agosto, mas aumento de 2,1 pontos percentuais comparativamente aos 65,1% de setembro de 2019. O percentual de famílias com dívidas ou contas em atrasos caiu de 26,7% em agosto para 26,5% em setembro, primeira redução no indicador desde maio. O percentual cresceu 2,0 pontos percentuais em comparação a setembro de 2019, quando as famílias com dívidas em atraso representaram 24,5% do total. Já a parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso – e que, portanto, permanecerão inadimplentes – reduziu ligeiramente, passando de 12,1% em agosto para 12% do total de famílias em setembro. O indicador havia alcançado 9,6% em setembro de 2019.

    Produção industrial cresce no curto prazo – Segundo os últimos dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial teve crescimento de 3,2% em agosto, o quarto aumento consecutivo, apesar de ser o menos intenso do período, em comparação com o mês imediatamente anterior, nos dados com ajuste sazonal. Contribuindo para essa recuperação, a indústria de transformação mostrou aceleração de 3,5% e foi a maior influência, apesar da extrativa também ter avançado no mês, com aumento de 2,6% em agosto. Dentre as categorias de uso analisadas, a de bens de capital (+2,4%) e bens de consumo duráveis (+18,5%) foram os maiores destaques. Bens de consumo semi e não duráveis aumentaram 0,6%, e, com isso, a categoria de bens de consumo avançou em 2,9%. Bens intermediários teve oscilação positiva de 2,3% nessa base de comparação. O índice acumulado nos últimos 12 meses terminados em agosto de 2020 recuou 5,7%, o décimo quinto mês de queda. O maior impacto nesse resultado foi a queda de 5,9% na indústria de transformação.

    Simples Nacional: uma abordagem – A tecnologia tem se constituído numa ferramenta capaz de não apenas elevar a produtividade do trabalho e das unidades produtivas, como também de surpreender. O que de certa forma já começa a ser usual lá fora, por aqui ainda atende a chegar. Por enquanto, os acontecimentos vão se dando no estrangeiro. Mas, quando a situação da economia nacional voltar a melhorar com mais consistência e os investimentos começarem a fermentar o bolo produtivo e as inovações, seguramente iremos experimentar a mesma sensação de hoje dos estrangeiros. O Simples Nacional tem origem alicerçada no tratamento favorecido, diferenciado e simplificado definido pelo artigo 179 da Constituição Federal no tocante ao tratamento tributário. Sendo assim, adquiriu vigência por intermédio da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, a Lei Complementar nº 123 de dezembro de 2006, após entendimento da necessidade de haver melhoramentos e aperfeiçoamentos no (antigo) Simples Federal (1997). O Simples Nacional para o comércio apresenta-se como extremamente vantajoso. Portanto, quase o universo das empresas comerciais se beneficia enquadrando nesse regime. A razão principal para que isso ocorra é que, diante dos demais setores, o comércio é o que arca com alíquotas menores de imposto, as quais vão de 4% e 19% sobre o faturamento.

    Geração Z – A geração Z é composta por quem nasceu na primeira década do século XXI , no fim da década de 1990 e início de 2010. O que mais destaca essa geração é a sua íntima conexão com a tecnologia e com o meio digital, considerando que ela nasceu no momento de maior expansão tecnológica proporcionada pela popularização da internet . São pessoas que cresceram jogando videogames, que acompanharam de perto as inovações tecnológicas e que gostam de consumi r essas inovações sempre que possível. É uma geração que não costuma criar muitos vínculos duradouros com as pessoas, pois são pessoas que aprenderam a relacionar-se pelas redes sociais e por aplicativos, evitando sai r de casa. A geração Z cresceu num ambiente de insegurança em relação ao futuro. Uma graduação universitária, por exemplo, que era significado de um bom emprego para a geração X, já não tem mais valor para a geração Z. O mundo deles é marcado pela alta competitividade e pela falta de emprego, uma combinação de elementos que evidencia os moldes dessa geração, que cresceu acostumada com a individual idade e a tecnologia. As empresas estão se empenhando a criar estratégias para reter esses jovens, como: flexibilidade de trabalho, bons salários, autonomia, feedbacks constantes, desenvolvimento de planos de carreira, engajamento em causas e valorização dos funcionários. O profissional da geração Z no mercado de trabalho não escolhe emprego apenas pela proposta comercial ou possibilidade de crescimento na carreira, para ele pesa muito a razão da existência da empresa.