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  • Projeto isenta de IPI veículo comprado por corretor de imóveis

    O Projeto de Lei 4935/20 isenta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) os veículos comprados por corretores de imóveis. Para conseguir a isenção, o profissional deverá ter registro no conselho regional de corretores de imóveis e exercer a atividade em caráter de exclusividade, o que exige constantes deslocamentos.

    A proposta, do deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP), tramita na Câmara dos Deputados.

    Ele observa que o setor imobiliário é um dos que possuem chance de crescimento em razão da pandemia de Covid-19, quando se recomendou que as pessoas ficassem mais tempo em casa para evitar contágios, o que levou muitas pessoas a mudarem de residência e procurarem um corretor.

    “A intermediação de imóveis emprega inúmeras pessoas e gera emprego, renda e desenvolvimento nos mais distantes rincões do País. O automóvel é para o corretor a principal ferramenta de trabalho, razão pela qual estes profissionais necessitam de uma condição especial para ter acesso a um veículo próprio”, defende Nascimento.

    O texto inclui a previsão na Lei de Isenção do IPI para Compra de Automóveis, que hoje dispensa do imposto pessoas com deficiência e taxistas.

    Fonte: Agência Câmara 

  • Comissão aprova U$ 750 milhões do BID para médias pequenas e microempresas

    A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (20) uma operação de crédito do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Serão disponibilizados US$ 750 milhões para o financiamento de micros, pequenas e médias empresas (MPMEs), “proporcionando um novo ciclo de crescimento sustentável, dado o papel relevante do segmento na geração de empregos e renda, e o potencial de ganhos de produtividade”, segundo documento do BNDES enviado ao colegiado.

    A relatora, senadora Kátia Abreu (PP-TO), afirmou que as linhas de crédito deverão gerar resultados concretos.  

    — Fiz ontem [19] uma reunião com o BNDES, para que possamos priorizar maciçamente as OSCIPs [organizações da sociedade civil de interesse público] de créditos, as fintechs e as cooperativas de crédito. Esses três segmentos vão priorizar ainda, além das micros e pequenas, as “micromicros”, que têm crédito de  R$ 15 mil, até R$ 20 mil. Tenho certeza que o BNDES vai cumprir o que acertamos numa grande reunião com todas estas instituições e priorizar, dos R$ 10 bilhões — são R$ 5 bilhões agora e posteriormente mais R$ 5 bilhões — não só as fintechs das grandes corporações, mas as fintechs menores, as cooperativas de crédito e as OSCIPs — disse a senadora, já fazendo a conversão das linhas de crédito para a moeda nacional.

    Kátia ainda detalhou que a segunda parcela da parceria BID-BNDES será enviada “brevemente” ao Senado, completando os R$ 10 bilhões previstos na política ao segmento MPMEs brasileiro.

    — A segunda parte será encaminhada logo, dando o total de R$ 10 bilhões para as micros e pequenas empresas. São mais recursos que se juntam ao Pronampe, ao Pese [Programa Emergencial de Suporte a Empregos], ao FGI [Fundo Garantidor de Investimentos], às maquininhas, e que vão dar uma soma de R$ 118 bilhões, num tíquete médio de R$ 60 mil, que poderá atingir até 25% das micros e pequenas empresas brasileiras — comemorou a senadora.

    No documento enviado à CAE, o BNDES confirma que a parceria do BID tem foco nas empresas de menor porte.

    “Buscamos aumentar o alcance de financiamento a investimentos realizados por MPMEs, que incluem ações como o lançamento de soluções tecnológicas, além da criação e ampliação de linhas e produtos destinados a este público. Além do empréstimo do BID, há a contrapartida local (recursos do próprio BNDES) no valor de US$ 150 milhões, perfazendo o custo total do projeto de US$ 900 milhões por enquanto”, detalha o banco, que calcula financiar cerca de 5 mil empresas.

    A amortização do empréstimo se dará em prestações semestrais, consecutivas e, na medida do possível, iguais, vencendo a primeira em até 66 meses e a última em até 25 anos, contado da data de assinatura do contrato. A pedido do líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), a operação será analisada em regime de urgência pelo Plenário do Senado.

    Fonte: Agência Senado

  • Marco legal das startups chega ao Congresso

    O presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional nesta terça-feira (20) a proposta do novo marco legal das startups e do empreendedorismo inovador. O projeto de lei complementar (PLP 249/2020) vai começar a tramitar pela Câmara dos Deputados. Apesar disso, alguns senadores já estão atentos ao texto, visto que outras proposições no Senado também tratam do assunto. 

    Startups são empreendimentos baseados em tecnologia, desenvolvidos a partir de ideias inovadoras, com potencial de crescimento rápido no curto prazo, cujos empreendedores muitas vezes não contam com experiência administrativa nem com recursos financeiros para colocar a ideia em prática.

    O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) ressalta que a situação das startups é um tema que já vem sendo debatido há tempos no Congresso Nacional e agora é uma sinalização do governo de que o tema é uma prioridade para o Poder Executivo.

    Para ele, é necessário desburocratizar, dar segurança jurídica e diminuir os riscos para novos investimentos. O parlamentar lembra que, em geral, quem está empreendendo não tem recursos, o risco para novos investidores é grande e não há incentivo nenhum. Portanto, são questões que devem ser abordadas na nova legislação. 

    — O nosso sistema de educação não prepara nossos jovens de hoje para o mundo moderno, para a atualidade. Não tem empreendedorismo na escola, e uma startup nasce justamente do interesse de empreender. Não há tal oportunidade nos ensinos médio e fundamental. Somente a partir de algumas universidades. E não temos legislação específica ainda – avaliou. 

    Incentivos

    No Senado, existem projetos em tramitação que dão apoio ao desenvolvimento de startups. Um dos mais abrangentes é o PL 2.831/2020, da senadora Leila Barros (PSB-DF), que concede incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo. 

    “A história mundial das startups demonstra sua capacidade de revolucionar a ciência e a tecnologia, associadas à produção industrial, transformando economicamente regiões, países e a sociedade. Razão pela qual faz muito sentido o desenvolvimento de uma política específica para fomentar estas empresas”, alega a senadora. 

    O projeto define requisitos para uma empresa ser considerada startup, modifica a legislação trabalhista, autorizando a celebração de contrato de trabalho por prazo determinado com duração máxima de quatro anos e muda a legislação do Imposto de Renda para desonerar investidores. 

    A proposição ainda altera a Lei das Licitações para colocar como critério de desempate o produto elaborado por startup e possibilitar a dispensa de licitação para startups localizadas em parques tecnológicos públicos e corredores tecnológicos. 

    O texto está na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), sob a relatoria do senador Jean Paul Prates (PT-RN), que ainda não concluiu seu voto. 

    Fundo

    Já o PL 3.466/2019, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP),  passou pela CCT e está na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O projeto cria o Fundo de Financiamento às Empresas Startups (FiStart), com a finalidade de constituir recursos para o financiamento de projetos de inovação em empresas nascentes intensivas em conhecimento.

    “Ou alteramos a legislação para promover o devido aporte de receitas ao setor, ou ficamos inertes e tornamo-nos espectadores da crescente dependência tecnológica do Brasil em relação aos países desenvolvidos”, avalia Randolfe ao apresentar sua proposta. 

    Na CAE, o texto aguarda designação de um relator. 

    Conheça o PLP 249/2020

    * Estabelece os princípios e as diretrizes para a atuação da administração pública 

    * Apresenta medidas de fomento ao ambiente de negócios e ao aumento da oferta de capital para investimento em empreendedorismo inovador 

    * Disciplina a licitação e a contratação de soluções inovadoras pela administração pública 

     * Para incentivar as atividades de inovação, as startups poderão admitir aporte de capital, por pessoa física ou jurídica, que não integrará o capital social da empresa, por meio dos seis instrumentos: I – contrato de subscrição de ações ou de quotas celebrado entre o investidor e a empresa; II – contrato de opção de venda de ações ou de quotas celebrado entre o investidor e os acionistas ou sócios da empresa; III – debênture conversível emitida pela empresa; IV – contrato de mútuo conversível em participação societária celebrado entre o investidor e a empresa; V – estruturação de sociedade em conta de participação celebrada entre o investidor e a empresa; e VI – outros instrumentos de aporte de capital em que o investidor, pessoa física ou jurídica, não integre o capital social da empresa 

    * O investidor que realizar o aporte de capital não será considerado sócio nem possuirá direito à gerência ou a voto na administração da empresa, mas poderá participar nas deliberações em caráter estritamente consultivo, conforme pactuação contratual 

    * O investidor também não responderá por qualquer dívida da empresa, inclusive em recuperação judicial  

    * A administração pública poderá contratar pessoas físicas ou jurídicas, isoladamente ou em consórcio, para o teste de soluções inovadoras por elas desenvolvidas ou a ser desenvolvida, com ou sem risco tecnológico, por meio de licitação na modalidade especial 

    * Após homologação do resultado da licitação, a administração pública poderá celebrar o chamado Contrato Público para Solução Inovadora (CPSI) com as proponentes selecionadas, com vigência limitada a 12 meses, prorrogável por mais um período de até doze meses. 

     

    Fonte: Agência Senado

  • Proposta institui moratória de débitos no Simples Nacional devido à pandemia

    O Projeto de Lei Complementar (PLP) 184/20 institui moratória para os débitos tributários apurados na forma do Simples Nacional entre 1º de abril e 30 de setembro deste ano. Além de tributos federais, inclui ainda os débitos com ICMS (estadual) e ISS (municipal).

    O texto em tramitação na Câmara dos Deputados prevê que o montante total de tributos não recolhidos deverá ser quitado até 31 de janeiro de 2021 ou então parcelado por opção do contribuinte a ser formalizada até 31 de dezembro. Não haverá encargos.

    “A moratória visa a regularização de dívidas tributárias das micro e pequenas empresas e dos microempreendedores individuais para que possam atravessar a crise causada pela pandemia de Covid-19”, explicou o autor, deputado André de Paula (PSD-PE).

    “O objetivo é viabilizar a retomada das atividades econômicas no pós-pandemia, com a geração de renda e empregos e, por conseguinte, na arrecadação de tributos. Agora é o momento de dar oxigênio às empresas e às pessoas físicas”, continuou.

    Na Câmara também tramita um projeto semelhante (PLP 227/20), de autoria do deputado Darci de Matos (PSD-SC).

    Fonte: Agência Câmara 

  • Projeto obriga academias a informar sobre malefícios dos anabolizantes

    O Projeto de Lei 1236/20 obriga as academias de musculação, de crossfit e de treinamento funcional a exibir placas sobre os malefícios decorrentes do uso de anabolizantes e outros esteroides.

    O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) apresentou a proposta à Câmara dos Deputados.

    Frota observa que o uso de anabolizantes vem se tornando um hábito comum, especialmente entre pessoas que praticam esportes, para aumentar a competitividade, ajudar na cura de lesões ou por questões estéticas, uma vez que atuam no crescimento muscular. Ele alerta, no entanto, para o fato de que o consumo excessivo do produto pode ser perigoso e causar danos irreparáveis ao corpo humano.

    “O uso de anabolizantes gera efeitos colaterais como aumento de acne, queda do cabelo, distúrbios da função do fígado, explosões de ira ou comportamento agressivo, paranoia, alucinações, psicoses, coágulos de sangue, retenção de líquido no organismo e aumento da pressão arterial, entre outros”, lista.

    Ele acrescenta que usuários de anabolizantes injetáveis que não contam com condições de higiene adequadas ou compartilham agulhas podem também adquirir infecções virais, como os vírus da aids ou das hepatites B e C.

    “O abuso de esteroides ainda tem sido associado a cistos e tumores no fígado. No caso das mulheres, pode gerar características masculinas, como engrossamento da voz e surgimento de pelos além do normal. Além disso, irregularidade ou interrupção das menstruações, diminuição dos seios e aumento de apetite”, explica Alexandre Frota.

    Em adolescentes, continua o parlamentar, as consequências podem ser comprometimento do crescimento, maturação óssea acelerada, disfunções sexuais e aumento dos pelos.

    Prazo

    Conforme a proposta, as academias terão 90 dias para se adequar, caso a medida seja aprovada e vire lei.

    As que não cumprirem a regra serão punidas com advertência, multa mínima de um salário mínimo na reincidência e máxima de dez salários mínimos e até fechamento do estabelecimento em caso de nova reincidência.

    Ainda pela proposta, as placas deverão ser legíveis e afixadas em local visível a todos os usuários da academia. Estabelecimentos com mais de um andar deverão afixar uma placa por pavimento.

    Tramitação

    O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões do Esporte; de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    Fonte: Agência Câmara 

  • Projeto prevê juro zero em financiamentos do Pronaf para arroz, feijão e mandioca

    O senador Jaques Wagner (PT-BA) apresentou um projeto de lei, o PL 4.760/2020, que prevê medidas emergenciais para conter a alta dos preços dos alimentos da dieta básica da população e garantir sua oferta. Uma das principais medidas prevê que, nas safras 2020/2021 e 2021/2022, as operações de financiamento de custeio e comercialização das culturas de arroz, feijão, mandioca e hortigranjeiros com recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) terão taxas de juros zero, com carência de um ano para custeio e três anos para investimentos, com rebate nas amortizações.

    Além disso, durante os momentos de baixa dos preços desses itens, o governo poderia (durante o período de alcance definido pelo projeto) fixar preços mínimos especiais para os produtos da agricultura familiar, “em patamares que remunerem efetivamente os custos regionalizados de produção, acrescidos de 15% a título de estímulo pela segurança alimentar”.

    O projeto também institui tarifas aduaneiras nas exportações de arroz, milho, soja em grãos, farelo de soja e óleo de soja destinadas a países de fora do Mercosul. Essas tarifas ficariam em vigor até que o abastecimento desses produtos se normalizasse dentro do Brasil. Ao defender essa medida, Jaques Wagner argumenta que, “neste caso, não se trata de inovação mesmo entre os países do Mercosul, já que a Argentina, por exemplo, recorre recorrentemente à prática da retención, como recentemente imposta pelo atual governo. Durante o governo Kirchner, a retención sobre a soja chegou a 49%. Ademais, a OMC [Organização Mundial do Comércio] chancela tal iniciativa quando está em risco a segurança alimentar interna dos países, como no atual caso brasileiro”.

    Estoque de alimentos

    Outra medida prevista no texto é a criação de um cadastro nacional dos armazenadores de grãos, fibras e óleos, que ficaria a cargo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Todas as empresas que atuam com armazenagem desses itens seriam obrigadas a se cadastrar — e seus respectivos alvarás de funcionamento ficariam condicionados a esse cadastramento.

    O senador afirma que a situação atual, com “esse quadro estrutural de potencial de escassez desses produtos, foi acompanhado no período recente da política deliberada de extinção dos estoques públicos e das exportações desenfreadas”, entre outros fatores. Isso resultou, segundo ele, em um “processo escandaloso de alta dos preços em meio a uma pandemia igualmente pavorosa”, que afeta principalmente as camadas econômicas mais vulneráveis da população.

    Para Jaques Wagner, “a trajetória que culminou com a hegemonia do agronegócio exportador no país foi responsável pela fragilização da base produtora dos alimentos essenciais à nossa população”. Ele diz ainda que não se pode aceitar “que a ‘resolução do problema’ ocorra pela perversa contenção da demanda com o fim do auxílio emergencial”.

    Ainda não há data prevista para a apreciação desse projeto.

    Fonte: Agência Senado

  • Proposta prevê parcelamento de contribuições previdenciárias

    O Projeto de Lei 3146/20 prevê o parcelamento em até 24 meses, sem multa de mora, dos débitos relativos a março e abril deste ano referentes a contribuições previdenciárias ou para PIS/Cofins. O texto está em análise na Câmara dos Deputados.

    Em razão da pandemia do novo coronavírus, o governo adiou o prazo de recolhimento dessas contribuições para os meses de agosto e outubro. O adiamento ocorreu depois de o Congresso Nacional reconhecer, em março, estado de calamidade pública no País.

    “A pandemia de Covid-19 tem acarretado severos impactos econômicos e sociais em todo o mundo, notadamente sobre as empresas e os trabalhadores”, disseram os autores, o deputado Eduardo Costa (PTB-PA) e mais doze parlamentares.

    “É necessária a definição de prazos mais longos para o pagamento dessas contribuições para que as empresas tenham condições de honrar seus compromissos”, continuaram. Eles apresentaram ainda projeto para o parcelamento de impostos (PLP 156/20).

    Fonte: Agência Câmara

  • Sumário Econômico – 1640

    Comportamento das vendas do varejo expõe mudanças nos hábitos de consumo – O volume de vendas do comércio varejista brasileiro avançou 3,4% no mês de agosto, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada em 10/09 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No conceito ampliado, que considera os volumes de vendas  do comércio automotivo e das lojas de materiais de construção, o aumento foi ainda maior (+4,6%) ante julho. Com os resultados de agosto, o setor alcançou o nível mais alto da série histórica da pesquisa, superando em 8,5% a média do primeiro bimestre deste ano. Diversos fatores ajudam a explicar o comportamento positivo das vendas pelo quarto mês consecutivo. A menor adesão espontânea ao isolamento social levou a uma maior circulação de consumidores no comércio. O índice de isolamento social medido pela empresa de consultoria In Loco segue tendência decrescente no Brasil desde o início de abril. Além disso, a partir de junho, diversas regiões do País iniciaram processos graduais de reabertura da economia. Assim, após alcançar 63% da população na segunda metade de março, o indicador se encontra próximo de 35% no fim de setembro. Diante desse cenário, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou de -5,7% para -4,2% sua previsão para a variação do volume de vendas do comércio varejista em 2020 no conceito ampliado. No varejo restrito, a entidade projeta alta de 1,8% na comparação deste ano com 2019.

    Comércio pós-Pix – No dia 19/02, o Banco Central lançou a marca do seu mais novo serviço, o Pix. A plataforma será lançada em 16 de novembro e representa um meio de pagamento digital, instantâneo e sem limite de horário ou dia da semana. O principal objetivo dessa ação é aumentar a eficiência e a competitividade do mercado de pagamentos de varejo no Brasil, trazendo vantagens importantes para os comerciantes. A forma de pagamento poderá ocorrer de três maneiras. A primeira é por meio de uma chave ou de identificação transacional, como o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF)/Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ou o e-mail do usuário, por exemplo. Outra medida é o uso de tecnologias que permitam a troca de informações por aproximação, como a tecnologia Near Field Communication (NFC). Já a terceira maneira seria pelo QR Code, que pode ser estático ou dinâmico. Outra possibilidade será o saque no varejo. Esse Serviço ainda não tem especificações, mas será um benefício que está em planejamento pelo Banco Central e deve ser incorporado ao Pix assim que possível. Com isso, o varejo poderá fazer reúso do dinheiro, atraindo mais clientes e formando novas possibilidades de negócios. Com essas novidades, o Banco Central brasileiro pretende levar o Brasil ao mesmo nível dos países avançados, tornando o mercado de pagamento mais rápido e seguro, tanto para os comerciantes quanto para os consumidores. Assim, trará vantagens financeiras para ambas as partes envolvidas, beneficiando também outros setores da economia. Por isso, olha-se com grande interesse e esperança para essa nova fase nos meios de pagamento no Brasil.

    Dia Nacional das Micro e Pequenas Empresas (II) – Na edição anterior deste periódico, escrevemos que, no dia 5 de outubro, a TV Senado transmitiu evento com alguns políticos e autoridades para celebrar o Dia Nacional das Micro e Pequenas Empresas (MPE) através do endereço web https://youtu.be/QYBonRsT2LU. A transmissão foi coordenada pelo senador Jorginho Mello (SC). O encontro web contou com o apoio da Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas. Um dos primeiros a falar foi o presidente do Sebrae Nacional. Além de ressaltar a importância do segmento para o emprego e a formação do produto interno, Carlos Meles procurou focar no papel do Congresso Nacional para a construção das pol íticas públ icas direcionadas ao segmento de empresas. Antonia Tallarida, subsecretária de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato do Ministério da Economia, foi a segunda a fazer uso da palavra. A subsecretária começou ressaltando a paixão pelo tema MPE, o compromisso em lutar a favor dos 98% de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), que o governo já lançou inúmeras medidas estruturantes para as MPE e que estava na hora de voltar o olhar para a fase de recuperação dos negócios.

    Os impactos no futuro do trabalho – Com a crise da Covid-19, nossa forma de nos relacionar, trabalhar e estudar mudou absolutamente. Foi uma verdadeira reorganização social e uma corrida das empresas para colocar seus colaboradores em home office. A tecnologia vem revolucionando a forma de trabalho há muito tempo, mas o maior impacto se deu agora, o que deveria ser uma mudança em doses homeopáticas, teve uma grande virada de chave, e estamos vivendo uma transformação de dez anos em quatro meses. A verdade é que a tecnologia vem transformando a nossa forma de trabalhar desde a Revolução Industrial. Com isso, estão surgindo novas forças que, mais cedo ou mais tarde, vão afetar o futuro do mercado de trabalho. Elas são: Wirearquias; Machine Learning; Autogestão ; e o Design Thinking.
     

  • Sumário Econômico – 1639

    Varejo perdeu 135 mil estabelecimentos no segundo trimestre – A crise de proporções inéditas enfrentada pelo varejo nos últimos meses levou o setor a registrar um saldo negativo de 135,2 mil lojas com vínculos empregatícios entre abril e junho deste ano. O estrago provocado pela pandemia da Covid-19 foi de tal ordem que o saldo negativo naquele período superou a perda anual de estabelecimentos comerciais de 2016 (-105,3 mil).  A crise no setor coincidiu com a edição de diversos decretos estaduais e municipais que restringiram total ou parcialmente a circulação de consumidores em estabelecimentos comerciais, por meio da implementação do isolamento social, e reduziram significativamente as vendas presenciais – historicamente, a principal modalidade de consumo por parte da população. Para 2020, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta recuo de 6,9% no volume de vendas do varejo. Levando-se em conta esse cenário e a defasagem existente entre o crescimento das vendas e a natural contrapartida na abertura de novos pontos de venda no varejo nacional, a expectativa da entidade é de que o varejo brasileiro chegue ao fim deste ano com 1,252 milhão de estabelecimentos com vínculos empregatícios – menos 88,7 mil, na comparação com o fim de 2019.

    Consulta prévia do modelo conceitual do mercado de gás – A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou a abertura de uma consulta prévia por 45 dias sobre o modelo conceitual do mercado de gás na esfera de competência da União diante do novo mercado de gás que está sendo implantado no País.  O documento apresenta uma proposta para a estruturação do mercado de gás com ênfase na revisão dos regulamentos que tratam das atividades de comercialização e de carregamento de gás natural (resoluções ANP nº 52/2011 e nº 51/2013, respectivamente). A consulta prévia do modelo visa colher subsídios dos participantes do mercado e do público em geral sobre a organização e o funcionamento do mercado de gás natural, além de tratar da autorização para o exercício das atividades, como obrigações e responsabilidades dos agentes e requisitos para a obtenção e a manutenção das autorizações outorgadas. A audiência pública sobre o tema será realizada no dia 15 de dezembro, por videoconferência.

    3º Seminário de Análise Conjuntural – No dia 29 de setembro, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizou o webinar do 3º Seminário de Análise Conjuntural. A moderadora foi a colunista do jornal O Estado de S. Paulo , Adriana Fernandes. O editor executivo da Revista Conjuntura Econômica, Cláudio Conceição, iniciou o evento com uma análise ampla sobre a economia brasileira. Ele considerou que a queda no Produto Interno Bruto (PIB) do País foi em linha com a média dos resultados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), sendo até melhor do que algumas economias da América Latina. Ele ressaltou que a economia brasileira estava em um momento frágil , ainda se recuperando de uma recessão, com um quadro fiscal grave, um péssimo ambiente de negócios, insegurança jurídica e bastante isolada do resto do mundo. A segunda palestrante foi a coordenadora do Boletim Macro FGV/ Ibre, Silvia Matos, com as projeções da instituição para a economia. Ela destaque que os efeitos dos estímulos monetários e fiscais são distintos entre os setores. A indústria, o comércio e a construção civil são setores que já se encontram bem próximos do patamar pré-crise.

    Dia Nacional das Micro e Pequenas Empresas – No dia 5 de outubro, a partir das 10 horas da manhã até um pouco depois do meio-dia, a TV Senado transmitiu em tempo real evento comemorativo do Dia Nacional das Micro e Pequenas Empresas (MPE) através do endereço web https://youtu.be/ QYBonRsT2LU. Com a audiência chegando a 300 pessoas, a transmissão foi coordenada pelo senador Jorginho Mello (SC). O encontro web contou com o apoio da Frente Parlamentar das Micro e Pequenas Empresas. Deputados, deputadas e senadores fizeram uso da palavra, além do presidente do Sebrae e do assessor especial do ministro da Economia. A Frente é uma das maiores do Poder Legislativo, se apresentando como apartidária em virtude da transversalidade que o tema MPE percorre entre os congressistas. Praticamente, as políticas públicas aprovadas dão-se por unanimidade.

    Crowdsourcing, colaboração coletiva – O crowdsourcing é o processo de terceirizar tarefas, ideias e soluções para um grupo de pessoas, que contribuem coletivamente para atingir os objetivos de uma organização. Nos últimos anos, as empresas descobriram como aproveitar o poder das massas para executar funções repetitivas, votar em enquetes, arrecadar fundos, desenvolver novos produtos e captar ideias inovadoras. Com o avanço do crowdsourcing, as soluções coletivas estão cada vez mais complexas, abrangendo áreas mais estratégicas e centrais das organizações. Algumas utilidades do crowdsourcing: traz novos conhecimentos com baixo ou nenhum custo; solução de problemas ou obtenção de serviços 24 horas; e as empresas, especialmente as de pequeno e médio portes, têm aderido de forma crescente a comunidades ou sites específicos que concentram dezenas de profissionais de diversas áreas. Observando os termos que estão presentes no dia a dia do mercado, podemos dizer que esse é o método que faz parte do processo de inovação aberta de uma empresa. Quando um negócio expande os limites internos, ele abre oportunidade para que conhecimentos coletivos sejam utilizados em todo o projeto. Com isso, é possível alcançar os benefícios desse tipo de pensamento, como a aceleração do projeto de inovação em uma empresa e a melhor conexão de soluções; afinal, é baseada em um entendimento coletivo e não de apenas uma pessoa.
     

  • Carta Mensal – 781

    Resultado de trabalho do mais alto teor cultural e profissional, que expressa o pensamento de brasileiros ilustres – técnicos, professores, diplomatas, economistas, sociólogos, juristas e empresários – sobre os problemas econômicos, sociais e políticos, resultando numa obra notável de esclarecimento, que representa importante e desinteressada contribuição do comércio brasileiro à cultura do País.

     

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