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  • Varejo Summit 2020 discutirá o novo mercado pós-pandemia

    17/07/2020

    O Varejo Summit 2020, maior evento on-line sobre varejo na era digital, será promovido na próxima semana, de 20 a 24 de julho. O evento, que tem como um dos realizadores a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), discutirá o futuro do setor varejista, que tem sofrido diversas transformações com a pandemia do novo coronavírus.

    Ao todo, serão mais de 50 palestrantes, 45 horas de conteúdo exclusivo, on-line e gratuito sobre o novo varejo, estratégias utilizadas pelos grandes líderes e conteúdo exclusivo sobre as mudanças do mercado.

    O evento é destinado a empreendedores e gestores que desejam acompanhar a evolução e manter relevância no mercado, a profissionais que precisam expandir suas competências para atender às novas demandas do setor e a fornecedores de empresas que entendem as mudanças do varejo e desejam potencializar os seus resultados.

  • Deputados defendem simplificação de sistema tributário brasileiro

    Diversos deputados defenderam, nesta quinta-feira (16), a aprovação de uma reforma tributária de consenso que simplifique a tributação no Brasil e crie oportunidades de crescimento para o País.

    Os parlamentares discutiram ainda a retomada das discussões sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/19, que trata do assunto, na comissão especial da reforma tributária.

    As reuniões do colegiado haviam sido interrompidas em dezembro passado com a criação de uma comissão mista para unificar o debate com outra sobre o mesmo tema em tramitação no Senado (PEC 110/19).

    Na semana passada, no entanto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que retomaria a análise da proposta na Casa caso o Senado não voltasse a reunir a comissão mista.

    Além dessas duas PECs, o governo deve enviar em breve uma proposta de reforma ao Congresso Nacional.

    União de esforços

    Para Rodrigo Maia, a aprovação da reforma tributária é o caminho mais importante para a retomada do crescimento. Durante a reunião, ele defendeu a união de esforços entre governo, Câmara e Senado para aprovar o texto e ressaltou que só a reforma tem condições de gerar um aumento da atividade econômica de forma sustentável.

    Maia destacou ainda a importância de melhorar o ambiente de negócios no Brasil. “Não queremos aprovar uma reforma da Câmara, queremos aprovar a reforma do Congresso junto com o governo federal. Espero que o presidente Bolsonaro encaminhe a proposta do governo”, cobrou Maia.

    “Tomara que o Senado venha conosco, não é pressão nossa [da Câmara], a pressão é da sociedade em relação ao Parlamento. A sociedade espera do governo e do Parlamento soluções para ter as condições para o Brasil voltar a crescer e gerar, principalmente, o emprego formal”, acrescentou.

    Pós-pandemia

    Também para o relator do colegiado, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), além de trazer simplicidade ao sistema tributário, transparência e justiça, a reforma vai significar um impacto positivo no crescimento econômico no pós-pandemia de Covid-19.

    “Neste instante em que já avançamos bastante, votamos auxílio emergencial e tantas pautas sanitárias e de ordem econômica, o País começou a refletir e a cobrar a pauta estruturante”, afirmou Ribeiro. “Agora se impõe a retomada do debate da reforma tributária, que é a sequência das reformas estruturais de que o País precisa.”

    Por sua vez, o autor da PEC 45/19, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), destacou que a retomada da discussão sinaliza que, no pós-pandemia, o Congresso terá a responsabilidade de, depois de 30 anos de debates, votar a reforma tributária.

    Já o presidente da comissão especial, deputado Hildo Rocha (MDB-MA), ressaltou que o sistema tributário mexe com a vida de todos os brasileiros, decorrendo daí a importância da reforma. “O cidadão que compra um quilo de sal, uma lata de óleo, ele está pagando tributos e não sabe muitas das vezes, porque não informamos. Nós tributamos consumo, a renda e patrimônio. O mais complexo de todos é o tributo sobre consumo. É is

    o que nós estamos pretendendo mudar”, explicou.

    Desigualdade

    Na avaliação do deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), são dois os problemas a que a reforma tem de responder. Um é a simplificação do recolhimento de tributos no Brasil, que a seu ver deve ser desburocratizado. O outro é diminuir a desigualdade entre os cidadãos, que se apresenta como entrave para o crescimento.

    “Colocar tributos em renda e patrimônio, como qualquer país desenvolvido fez. Precisamos fazer isso para alcançar o desenvolvimento social que almejamos”, defendeu Molon.

    Na mesma linha, o deputado Afonso Florence (PT-BA) se disse comprometido em reduzir a carga tributária, mas também defendeu a tributação de lucros, dividendos e fortunas. “No Brasil, os muito ricos não pagam impostos”, criticou.

    Por outro lado, o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), disse que não é tornando o sistema tributário desigual que se vão corrigir desigualdades na sociedade. “O sistema tributário tem que ser igual para todos”, pontuou. “Em criando distorções tributárias, nós poderemos criar mais problemas, porque o sistema tributário não é para fazer engenharia social, mas para financiar serviços públicos para dar qualidade de vida e gerar oportunidades.”

    Governo

    O deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) sugeriu uma audiência com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para que se conheça a opinião oficial do governo, a fim de facilitar a construção de um texto. Pela liderança do governo, o deputado Sanderson (PSL-RS) informou que Guedes e o presidente Jair Bolsonaro estão comprometidos com a busca do melhor modelo para o Brasil.

    “A reforma tributária que pretendemos fazer infelizmente, neste primeiro momento, não trará de forma direta a diminuição da carga tributária. Primeiro temos que fazer a diminuição dos gastos públicos, a diminuição do tamanho do Estado”, informou Sanderson.

    Por fim, o deputado Efraim Filho (DEM-PB) pediu a definição clara de um cronograma de discussões. Para ele, é importante definir uma data de conclusão dos trabalhos, uma vez que os principais pontos do debate já estão estabelecidos.

    Fonte: Agência Câmara 

  • Aprovada flexibilização de regras de licitações para enfrentar a pandemia

    Com 59 votos favoráveis, 10 contrários e 1 abstenção, o Plenário do Senado Federal aprovou nesta quinta-feira (16) o projeto de lei de conversão da Medida Provisória (MPV) 926/2020, que trata da flexibilização de regras de licitações públicas enquanto durar a emergência de saúde pública de importância internacional causada pela pandemia de covid-19. O  PLV 25/2020  segue para sanção presidencial. A sessão remota deliberativa foi presidida pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO).

    O texto aprovado é o PLV elaborado pelo deputado Júnior Mano (PL-CE) com as modificações propostas na Câmara e aprovadas pelos deputados. O relator no Senado foi o senador Wellington Fagundes (PL-MT).

    Nas contratações, o poder público poderá apresentar termos de referência simplificados para as compras e serviços em geral e um projeto básico simplificado para serviços de engenharia. 

    Na modalidade pregão, eletrônico ou presencial, para a compra de bens, serviços e insumos, os prazos dos procedimentos licitatórios serão reduzidos pela metade; e os recursos terão efeito apenas devolutivo, ou seja, não suspenderão o processo.

    O texto também dispensa a realização de audiência pública prevista na Lei de Licitações quando o valor do pregão ultrapassar R$ 150 milhões. Essa audiência é prevista para que todos os interessados possam se manifestar sobre a licitação. 

    Os contratos regidos pelo texto terão duração de até seis meses e poderão ser prorrogados por períodos sucessivos enquanto houver necessidade de enfrentamento da situação de emergência de saúde pública. Nesses contratos, a administração pública poderá obrigar os contratados a aceitar aumentos ou diminuições de quantidade do objeto contratado equivalentes a até 50% do valor inicial atualizado do contrato.

    A medida permite que a administração pública contrate fornecimento de bens, serviços e insumos de empresa impedida de firmar contrato por conta de alguma penalidade sofrida anteriormente. Mas isso valerá apenas se ela for, comprovadamente, a única fornecedora. Nesse caso, será exigida a prestação de garantia de 10% do valor do contrato. 

    A matéria também regulamenta a competência legal de governadores e prefeitos para impor normas de isolamento, quarentena e restrição de locomoção, além de prever isenção tributária para alguns produtos usados no combate à doença. 

    Isenção 

    O texto aprovado determina a isenção de tributos sobre a industrialização e a venda de mercadorias, produtos e prestação de serviços necessários ao enfrentamento da pandemia. 

    O Ministério da Saúde é quem vai definir os produtos e serviços que contarão com isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), do PIS-Pasep e da Cofins.

    Governadores e prefeitos

    Ainda conforme o texto, a autoridade local deverá seguir recomendação técnica e fundamentada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para adotar as medidas de restrição no transporte de pessoas entrando no país ou saindo dele e também na locomoção entre os estados. Isso valerá para rodovias, portos e aeroportos.

    Quando o transporte for entre as cidades (intermunicipal), deve ser seguida recomendação do respectivo órgão estadual de vigilância sanitária.

    O texto proíbe a restrição à circulação de trabalhadores que possa atrapalhar o funcionamento de serviços públicos e atividades essenciais, definidas em decreto do Poder Executivo e também de cargas de gêneros necessários à população.

    Relatório no Senado

    O relator Wellington Fagundes foi favorável ao PLV como veio da Câmara dos Deputados. Segundo ele, o PLV, além de preservar normas da MP que “são de extrema importância” e já vêm auxiliando administradores públicos em todo o país a combater a pandemia de covid-19, também “consagra a descentralização federativa, bem como a transparência e a economicidade das contratações públicas”. As regras mais flexíveis de contratação pelo poder público têm se mostrado necessárias para combate à crise, argumentou.

    “As regras mais flexíveis de contratação pelo poder público têm se mostrado necessárias para combate à crise de saúde pública. No entanto, isso exige atuação ainda mais diligente dos órgãos de controle. Trata-se de um orçamento gigantesco destinado ao combate à pandemia, que, sem a vigilância adequada, pode se tornar um convite ao administrador ímprobo. Todos bem sabemos que mesmo a contratação direta em caráter emergencial, prevista na Lei 8.666, de 1993, é cercada de procedimentos que inviabilizariam o combate eficaz à pandemia de covid-19. Entendemos, nesse passo, que o PLV ora sob exame consagra o princípio constitucional da eficiência na Administração e representa instrumento relevante de cuidado à saúde da população”, completou.

    Wellington Fagundes reclamou do fato de o PLV ter chegado ao Senado poucos dias antes de a MP original perder a validade, o que impediu que os senadores aprovassem modificações para aperfeiçoar o texto.

    — É uma matéria relativamente complexa, e essa medida provisória vence neste final de semana. Então, é mais um atropelo, realmente, que temos que vivenciar. A Câmara dos Deputados teve oportunidade e tempo para fazer o aperfeiçoamento, coisa que, infelizmente, nós aqui no Senado, mais uma vez, estamos sendo instados a cooperar. Esta relatoria chegou ontem, e tivemos de produzir à noite, estudar, para que pudéssemos concluir este relatório. Mas, infelizmente, é mais um momento que nós temos aqui, ou de aprovar, ou de deixar vencer a medida provisória. E neste momento, inclusive, pela orientação da Controladoria-Geral da União, realmente seria muito temerário, já que estamos aí praticamente no ápice da covid — disse o relator.

    Diversos senadores acompanharam Wellington Fagundes nas reclamações à impossibilidade de o Senado aperfeiçoar o texto por falta de tempo hábil, como Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Zenaide Maia (Pros-RN), Alvaro Dias (Podemos-PR), Paulo Rocha (PT-PA) e Izalci Lucas (PSDB-DF), entre outros.

    Transparência

    Todas as compras e contratações feitas com dispensa de licitação, permitida pela lei sobre a covid-19, deverão ter seus detalhes divulgados na internet após cinco dias do contrato. Deverão ser listados o nome do contratado, o número do CNPJ, o prazo contratual, o valor e o respectivo processo de contratação ou compra.

    Ao longo da execução do contrato, várias informações deverão ser divulgadas, como os valores pagos e a pagar; saldos bloqueados, se existirem; a quantidade entregue em cada unidade da Federação, se a compra for nacional; e possíveis aditivos.

    Estimativa de preços

    A estimativa de preços usada pelos governos deverá ser buscada em uma das seguintes fontes: portal de compras do governo federal; pesquisa publicada em mídia especializada; sítios eletrônicos especializados ou de domínio amplo; contratações similares de outros entes públicos; ou pesquisa realizada com os potenciais fornecedores.

    Entretanto, mesmo com a estimativa, o poder público não será impedido de contratar por valores superiores aos encontrados, admitindo-se a oscilação de preços. Nessa situação, deverá constar nos autos uma justificativa do gestor.

    Deverá haver negociação prévia com os demais fornecedores, segundo a ordem de classificação, na tentativa de obter preços mais vantajosos; e deverá haver, nos autos, uma fundamentação da variação de preços praticados no mercado.

    A MP permite ainda a dispensa justificada da estimativa de preços; e as compras de menor valor, que podem ser feitas por meio de cartão de pagamento corporativo, passam a ter limites por item de despesa (máscara é um item, luva é outro item) em uma mesma aquisição.

    Para serviços de engenharia, serão R$ 150 mil; e para compras e serviços em geral, serão R$ 80 mil.

    Bens usados

    Para contornar a possível carência de produtos no mercado, a MP permite a compra de bens e a contratação de serviços com equipamentos usados, desde que o fornecedor dê garantias.

    Em todas as dispensas de licitação feitas com as regras da MP, presumem-se atendidas as condições de situação de emergência; de necessidade de pronto atendimento dessa situação; e de existência de risco à segurança de pessoas, obras, prestação de serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares.

    Máscaras obrigatórias

    Com a publicação da Lei 14.019, de 2020, que tornou obrigatório o uso de máscaras faciais pela população, incluindo essa medida entre aquelas que as autoridades poderão adotar, o texto aprovado condiciona sua adoção pelos gestores locais de saúde a autorização do Ministério da Saúde.

    Esse trecho foi considerado “flagrantemente inconstitucional” pelo senador Randolfe Rodrigues, que tentou impugnar a previsão e retirá-la do texto, mas não obteve êxito. Ele alegou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que os Executivos estaduais e municipais têm o poder de determinar medidas como o uso de máscara pela população sem precisar de aval do Executivo federal.

    Fonte: Agência Senado

  • Proposta amplia até dezembro programa de socorro a empresas na pandemia

    O Projeto de Lei 3767/20 prorroga até o final deste ano os empréstimos do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Instituído pela Lei 13.999/20, o programa prevê ajuda financeira durante a pandemia causada pelo novo coronavírus.

    O texto em tramitação na Câmara dos Deputados determina que as instituições financeiras poderão formalizar operações de crédito no âmbito do Pronampe até três meses após a entrada em vigor da futura lei, prorrogáveis até o dia 31 de dezembro de 2020. Pela Lei 13.999/20, o prazo deve ser encerrado em meados de agosto.

    “Houve demora na regulamentação da lei, o que trouxe diversas dificuldades de acesso ao crédito por micro e pequenas empresas brasileiras durante a pandemia” afirma a autora da proposta, deputada Rejane Dias (PT-PI). “A prorrogação dá mais folga para que as empresas possam preencher todos os requisitos impostos pelos bancos.”

    Empréstimos
    No Pronampe, a União fornece garantia de até 85% do valor emprestado, por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO), que recebeu um aporte de R$ 15,9 bilhões. Administrado pelo Banco do Brasil (BB), o FGO assegura crédito para capital de giro e investimento a empreendedores individuais e a micro, pequenas e médias empresas.

    Além do BB, a Caixa Econômica Federal também pediu ao Ministério da Economia uma suplementação devido à procura. O BB informou ter realizado operações no total de R$ 4,98 bilhões. A Caixa, de R$ 4,24 bilhões, mas espera chegar a R$ 5,9 bilhões. Entre os bancos privados, o Itaú Unibanco relatou operações de R$ 3,7 bilhões.

    Conforme a regra geral, empresas com receita bruta de até R$ 4,8 milhões em 2019 poderão tomar emprestado até 30% desse total. O juro anual será composto pela taxa Selic (hoje em 2,25%) mais 1,25%; e o pagamento, em 36 meses, com 8 de carência.

    Fonte: Agência Câmara

  • Estendidos prazos de MPs sobre verba para saúde e prorrogação de contratos

    O presidente da Mesa do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, prorrogou o prazo de três medidas provisórias que tratam de abertura de crédito extraordinário para combate ao coronavírus e prorrogação de contratos de servidores temporários do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os atos assinados por Davi estão publicados na edição desta sexta-feira (17) do Diário Oficial da União (DOU).

    Com a decisão, as MPs 967, 968969, de 2020, editadas pelo governo federal em maio, passam a valer por mais 60 dias.

    Saúde

    A Medida Provisória 967/2020 libera R$ 5,5 bilhões para o Ministério da Saúde aplicar no combate à pandemia de covid-19. A matéria foi publicada em edição extra do DOU em 19 de maio e perderia a validade nesta sexta-feira. Segundo o texto, o Fundo Nacional de Saúde (FNS) deverá receber R$ 4,8 bilhões, enquanto a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ficará com R$ 713,2 milhões. A destinação do dinheiro é a atenção especializada à saúde.

    Para liberar o crédito extraordinário, o presidente Jair Bolsonaro cancelou R$ 231,1 milhões em repasses a órgãos dos Poderes Executivo e Legislativo.

    Os Ministérios da Agricultura, da Saúde e do Desenvolvimento Regional deixam de receber R$ 81,1 milhões, que seriam aplicados nas áreas de agropecuária sustentável, melhorias sanitárias e segurança hídrica.

    A MP 967 também corta R$ 150 milhões da Câmara dos Deputados. O dinheiro seria investido em divulgação institucional, construção de um centro de tecnologia e reforma de imóveis funcionais.

    Os R$ 5,3 bilhões que excedem o cancelamento de despesas serão liberados a partir da contratação de operação de crédito interna. A medida é prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101, de 2000), desde que haja autorização prévia na Lei Orçamentária Anual (LOA).

    Fundo 

    Com o prazo estendido igualmente por mais 60 dias, a MP 969/2020 também libera recursos para o Ministério da Saúde combater a pandemia de covid-19. Editado em 20 de maio, o texto perderia a validade em 1º de agosto.

    O crédito extraordinário é da ordem de R$ 10 bilhões, destinados ao Fundo Nacional de Saúde (FNS). Desse montante, R$ 8,1 bilhões serão liberados a partir da contratação de operação de crédito interna. O texto não informa, no entanto, a fonte do R$ 1,9 bilhão restante.

    Contratos temporários

    A terceira medida provisória que passa a valer por mais 60 dias a partir desta sexta-feira autoriza o Ministério da Justiça e Segurança Pública a prorrogar os contratos temporários de nove servidores. De acordo com o governo, a prorrogação é necessária porque a epidemia de covid-19 impede a realização de concurso público para provimento dessas vagas. 

    Os profissionais prestam serviço para o ministério desde 2015. Com a MP, os contratos podem ser prorrogados por mais um ano, vencendo no dia 18 de maio de 2021.

    Segundo o governo federal, os servidores são necessários à operacionalização do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas (Sinesp).

    O Sinesp integra informações dos estados relativas à segurança pública, como boletins de ocorrência policial, monitoramento de áreas com altos índices de criminalidade, dados de mandados de prisão e cadastros de desaparecidos, entre outros, conforme a mensagem que acompanha a medida provisória.

    Tramitação

    As três MPs aguardam análise nos Plenários do Senado e da Câmara, que devem seguir o rito sumário de tramitação das medidas provisórias definido pelo Congresso Nacional em virtude da situação de calamidade pública.

    Fonte: Agência Senado

  • Senado pode votar isenção de penalidade por atraso em contrato com administração pública

    O Senado vai avaliar proposta que isenta de penalidade, em caso de dificuldades logísticas ou situações imprevisíveis, a prorrogação de prazos de contratos públicos para entrega ou prestação de bens e serviços relativos ao enfrentamento da pandemia de covid-19. 

    O Projeto de Lei (PL) 2.500/2020 foi aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados na quarta-feira (15) na forma do substitutivo apresentado pelo relator, deputado Marcelo Ramos (PL-AM). Altera a Lei 13.979, de 2020, que trata de medidas emergenciais na pandemia causada pelo novo coronavírus.

    O adiamento deverá ser justificado, exigida a comprovação dos empecilhos alegados, como eventual aumento nas quantidades demandadas. A nova regra vai valer para contratos celebrados pela administração pública direta e indireta, de qualquer um dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

    Fonte: Agência Senado

  • Comissão debaterá impacto da covid-19 sobre a educação

    A secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Ilona Maria Lustosa Becskeházy, é uma das convidadas da comissão mista que acompanha as ações do governo federal no enfrentamento à covid-19. A audiência remota, dedicada à discussão sobre o impacto da pandemia sobre a educação e as perspectivas de retomada das atividades de ensino, está agendada para a próxima segunda-feira (20), às 10h.

    Também foram convidados para a reunião Ariosto Antunes Culau, secretário de educação profissional e tecnológica do MEC; Ademar Batista Pereira, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep); e Priscila Fonseca da Cruz, presidente-executiva do movimento Todos Pela Educação.

    A comissão mista é presidida pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO) e tem a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) como vice-presidente.

    Fonte: Agência Senado

  • CNC ouve mais de 650 empresários de todo o Brasil e envia solicitações do setor ao governo federal

    17/07/2020

    O presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, enviou ao Presidente da República, Jair Bolsonaro, um ofício com os pleitos e anseios do setor diante do cenário gerado pela pandemia do novo coronavírus. O documento foi construído com base em uma pesquisa, realizada pela CNC, de 3 a 8 de julho, com a participação das federações, sindicatos e mais de 650 empresários de todo o Brasil.

    “Muitos empresários estão enfrentando grandes dificuldades para manter o equilíbrio financeiro e buscam soluções para tentar reduzir perdas, a fim de preservar as suas atividades, que representam emprego e renda de milhares de trabalhadores”, afirma Tadros.

    Junto com o ofício, a Confederação enviou ao governo federal um documento com os resultados da pesquisa, denominado “Programa de retomada da economia do comércio brasileiro”. O programa prevê propostas nos âmbitos trabalhista, tributário e jurídico. Entre as solicitações, estão medidas como a recontratação do trabalhador dispensado sem carência e com diferente remuneração, a criação de um Programa de Recuperação Fiscal (Refis) e a desburocratização para obtenção do crédito nas instituições financeiras.

    Confira abaixo todos os pontos presentes no ofício:

    Jurídico-trabalhistas  

    • Prorrogação das medidas que autorizam a redução da jornada e dos salários e a suspensão temporária do contrato de trabalho;

    • Recontratação do trabalhador dispensado sem carência e com diferente remuneração; 

    • Parcelamento da rescisão do contrato de trabalho;

    • Correção dos débitos trabalhistas pela aplicação da TR;

    • Flexibilização plena da legislação trabalhista para manutenção do emprego e das empresas; e

    • Empreendedorismo nos moldes do salão-parceiro* estendido para todos os setores do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. 

    *A legislação permite a contratação do profissional-parceiro como pessoa jurídica, e serão considerados pelas autoridades fazendárias como pequenos empresários, microempresários ou microempreendedores individuais (art. 1º-A, parágrafo 7º, Lei nº 12.592/2012). A Lei nº 13.352/2016 estabelece a ausência do reconhecimento de vínculo de emprego quando formalizada a parceria.

     

    Tributários  

    • Programa de Recuperação Fiscal (Refis);

    • Postergação do pagamento de tributos; e

    • Parcelamento judicial de dívidas trabalhistas.  

    Financeiros  

    • Incentivo à concessão de crédito com o objetivo de evitar o represamento de recursos dos programas emergenciais;

    • Desburocratização para obtenção do crédito nas instituições financeiras;

    • Linhas de crédito facilitadas, com juros subsidiados;

    • Investimento governamental em infraestrutura;

    • Programa de incentivo tecnológico para as atividades empresariais, com investimentos do Estado;

    • Utilização de reservas cambiais para o financiamento de programas emergenciais; e

    • Flexibilização na alocação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com aplicação parcial em mercado de capitais com maior rentabilidade, por período determinado.

  • CNC Notícias 229

    Comércio em transformação: a pandemia da Covid-19 acelera a necessidade de adaptação de profissionais e empresas.

    No olho do furacão

    A realidade imposta pela crise da Covid-19 está provocando profundas reflexões e, principalmente, uma grande necessidade de adaptação em todas as dimensões humanas.

    Pessoas, empresas, governos – há uma busca generalizada por respostas, para entender o que muda e o que é preciso fazer para recuperar o ritmo e a normalidade ou, mesmo, sobreviver ao que passou a ser chamado de “novo normal”, um clichê que ajuda a traduzir as complexas mudanças.

    O comércio de bens, serviços e turismo está no olho do furacão. Os prejuízos já somam mais de duas centenas de bilhões de reais. Empresas, principalmente as menores, estão sumindo do mapa da produção, deixando de gerar empregos, renda e prosperidade.

    Junto à dramática crise sanitária global, que tantas vidas tem ceifado, há o baque econômico, que também exige uma postura rápida e eficaz por parte dos agentes responsáveis pelas políticas públicas.

    Afinal, a sobrevivência das empresas garante a continuidade dos empregos, que, mais do que manter a economia funcionando, garante a sobrevivência também das pessoas.

    Não é uma equação fácil, mas a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo tem contribuído em todas as frentes para que seja resolvida da melhor forma.

    O chamado novo normal é, de fato, novo, mas sua normalidade vai depender muito dos acertos das políticas e dos agentes públicos e da capacidade de adaptação de todos, inclusive das empresas, aos requisitos de um tempo que chegou sem ser esperado, mas que parece ter vindo para ficar.

    Boa leitura!

  • Tadros: “É preciso encontrar fórmulas para reerguer atividade do comércio”

    16/07/2020

    O presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, reafirmou que o setor terciário, que engloba comércio e serviços, foi o mais atingido pela pandemia da covid-19. Em entrevista na quarta-feira (15) ao programa Agenda Econômica, da TV Senado, ele afirmou que as micro, pequenas e médias empresas não estão suportando o longo período de portas fechadas. “Vivemos hoje clima de guerra, e é preciso encontrar fórmulas que deem suporte ao reerguimento da atividade do comércio”, declarou.

    “Maior empregador do Brasil e responsável por 65% do Produto Interno Bruto (PIB), sofremos mais porque, ao contrário da indústria e da agricultura, não exportamos, o que seria um alívio importante num momento delicado como esse.”

    A paralisação das atividades provocada pela crise do novo coronavírus revelou números negativamente expressivos para a economia do País, segundo o dirigente: R$ 240 bilhões de perdas em vendas, cerca de 15 mil lojas que encerraram suas atividades e desemprego em massa. Só o setor de turismo demitiu quase 1 milhão de pessoas.

    “O Turismo, dos segmentos ligados à CNC, é o que mais sofreu, não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. É uma realidade tão dura que, na minha opinião, turismo e hotelaria são setores que merecem do governo o mesmo tratamento que as companhias aéreas receberam. São negócios que estão interligados, um não vive sem o outro.”

    Crédito

    Tadros reconheceu e considerou importante que, ainda em março, o governo federal tenha criado linhas de crédito dentro do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) para socorrer as empresas, basicamente refinanciar a folha de pagamento. Além disso, editou medidas provisórias na área trabalhista que deram apoio ao cotidiano corporativo, como antecipar férias, diminuir carga horária com a equivalente redução salarial e suspender contrato de trabalho temporariamente.

    “O governo irrigou os bancos com R$ 15,9 bilhões para os empréstimos a pequenos negócios, como forma de atenuar os efeitos da crise, mas a burocracia das instituições financeiras não deixou os recursos chegarem ao destino para o qual foram destinados. Isso está causando enormes dificuldades a quem não tem capital de giro e vive da renda do dia a dia”, argumentou. Tadros lembrou que o Ministério da Economia criou o Fundo Garantidor de Operações (FGO) para funcionar como um fiador dos empréstimos.

    Mesmo reconhecendo que os bancos tomam medidas preventivas para evitar que sua taxa de prejuízo seja muito elevada, o presidente da CNC ponderou que o mundo vive uma realidade atípica e é preciso que se pense “em um novo modus operandi, porque, sem crédito, as empresas ficarão sufocadas. A consequência será um nível profundo de desemprego que, a continuar o atual quadro, poderá chegar a 20 milhões de pessoas”, alertou.

    Refis

    José Roberto Tadros voltou a defender a criação, em caráter excepcional, de um novo Programa de Recuperação Fiscal, mais conhecido por Refis, para facilitar a regularização de tributos em atraso de pessoas jurídicas. “Somente isso aliviaria a pesada carga tributária enfrentada pelo empresariado.” Lembrou que o governo Bolsonaro ainda precisa promover algumas reformas fundamentais para o País, entre elas a tributária.

    Tadros também falou sobre a sugestão de analistas da área financeira para que seja criado um mercado de crédito paralelo para as micro e pequenas empresas, nos moldes do que existe na Europa e nos Estados Unidos. A seu ver, essa é uma sugestão que poderia ser avaliada pelo Sebrae, do qual é presidente do Conselho Deliberativo Nacional, o qual tem grande expertise por ter seu foco de atuação nas micro e pequenas empresas.

    Atividade

    Para ele, o comércio vive hoje um círculo danoso de atividade econômica. “Temos um vírus como inimigo oculto. A solução só virá quando nossos cientistas descobrirem a vacina. Até lá, temos que trabalhar para atenuar os danos, reabrindo os estabelecimentos aos poucos, de acordo com os segmentos, seguindo rigidamente as normas das autoridades sanitárias e da Organização Mundial de Saúde.”

    Tadros disse que é preciso pensar positivo. “Somente com essa reabertura gradual do varejo, o comércio já reduziu sensivelmente suas perdas. Em junho, o faturamento do setor foi em torno de R$ 9,5 bilhões maior do que no mês anterior. Pela nossa perspectiva, com a economia voltando, mesmo lentamente, a um círculo virtuoso, a demanda reprimida por cerca de 90 dias começará a deslanchar e os negócios se recuperarão”, concluiu.