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  • Senac-SC lança campanha de cashback para apoiar os negócios locais

    O Senac-SC desenvolveu uma campanha de vantagens para que os consumidores façam compras e incentivem o comércio local. O Cashback Senac dá descontos em cursos presenciais e na modalidade EAD (exceto WebTV e Informática) para quem comprar em lojas físicas do comércio local, nas cidades catarinenses.

    O isolamento social e as restrições para o funcionamento do comércio, por conta do novo coronavírus, revelaram a importância de valorizar os estabelecimentos locais, fortemente atingidos pela pandemia. E assim nasceu a ideia do Cashback, para estimular o consumo e fortalecer os negócios, em meio à crise provocada pela covid-19.

    Com a ação, parte do valor que é consumido no comércio volta para o cliente, na forma de descontos em cursos de todos os níveis de ensino – da capacitação à pós-graduação e MBA. Para participar, basta apresentar a nota fiscal local em uma das unidades do Senac de Santa Catarina.

    O desconto será de até 10% do total da nota fiscal de compra, com a opção de utilizar vários cupons ao mesmo tempo, mas dentro do valor máximo de R$ 300,00 por CPF no mês. Estes recursos podem ser usados para o pagamento de mensalidades ou para inscrição em novos cursos. 

    “O Senac-SC tem uma forte relação com o comércio, e, neste momento de incertezas, os empresários, em especial o pequeno empreendedor, precisam de ações como esta para ajudar a fomentar as vendas e manter o negócio. Mais do que nunca, estamos trabalhando para estimular o desenvolvimento do comércio local e fornecer capacitação profissional para a comunidade”, afirma Rudney Raulino, diretor regional do Senac-SC.

    Confira aqui o regulamento da campanha.

  • Sumário Econômico – 1625

    Sem segredos nem ideologia: a agenda para a recuperação é fazer a lição certa  – Controle de despesas, juros baixos e reformas para acelerar a recuperação da economia. Um dos fatores mais importante para a retomada é a confiança da sociedade nas metas do governo e do Banco Central. Para isso, a credibilidade dessas instituições é essencial, pois o mercado pode ancorar suas estimativas e, assim, buscar resultados de longo prazo. Para que o governo consiga atingir resultados esperados, precisa demonstrar capacidade para alcançá-los. Mesmo com a adoção de medidas para combater os impactos sociais da crise de saúde, o governo tem atentado para as despesas dentro do teto dos gastos, e ainda alertado para a retomada da agenda de reformas no pós-pandemia.  Durante este período crítico, o governo também está fazendo a sua parte, auxiliando os agentes econômicos sem se afastar da âncora fiscal, com credibilidade. As principais medidas são o programa de distribuição de renda emergencial às famílias mais vulneráveis, e o auxílio às empresas de menor porte com as possibilidades de suspensão dos contratos de trabalho ou redução da jornada com pagamento proporcional dos salários. Com o Paulo Guedes no comando da economia, não temos dúvida do seu compromisso rígido com a política fiscal. Precisa haver determinação diária de compromissos fiscais, como a meta de gastos e mais reformas, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial e tributária. Se as expectativas mudarem, ou não ficarem ancoradas, os juros de longo prazo irão subir, o que fragilizará o Brasil a choques externos.

    BNDES Crédito Cadeias Produtivas – O governo tem se esforçado em fazer com que o crédito chegue na ponta e, assim, possa atingir as funções para as quais foi criado. Com a crise, o aumento do risco é realidade. No contexto de baixo ritmo da atividade empresarial, o apetite dos bancos para emprestar diminui e o preço da operação cresce, notadamente, se houver exigências e cobrança de reciprocidade. Enquanto a concentração no sistema bancário explica em parte as dificuldades por que as empresas demoram em conseguir ou não obtêm recursos, principalmente as de micro e pequeno portes, fazer com que o crédito flua tem sido um desafio para os formuladores de política pública. Para dar mais efetividade às políticas públicas diante do quadro de incertezas que permeia a economia brasileira, recentemente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou o Programa Crédito Cadeias Produtivas. Importante iniciativa, visando aproveitar relações de mercado e vínculos de negócios existentes, com o público-alvo definido entre grandes empresas, pequenas e médias. O financiamento é exclusivo para capital de giro. O prazo de pagamento é de até cinco anos, incluído o prazo de carência de até 24 meses, com prazo de utilização de até 12 meses.  A taxa de juros parece ser o grande atrativo. Selic de 2,25% ao ano mais a remuneração do BNDES de 1,1% ao ano e taxa de risco de crédito variável conforme riscos do cliente e o prazo de financiamento.

    Fonte solar fotovoltaica – Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil terá 1,3 milhão de consumidores com geração distribuída até 2029. Embora o avanço na inserção das novas energias renováveis (solar e eólica) na matriz elétrica seja significativo, ainda há muito para se trilhar. O Brasil é um país de grande potencial para a utilização dessa fonte para a geração de energia elétrica, em especial em larga escala. Isto ocorre por uma série de características naturais favoráveis, tais como os altos níveis de insolação. Tais fatores potencializam a atração de investidores e o desenvolvimento da fonte, permitindo que se vislumbre um papel importante na matriz elétrica para essa fonte. Cabe destacar que, desde o primeiro leilão de energia nova em 2013, no qual ocorreu a primeira participação da fonte solar, o número de empreendimentos fotovoltaicos cadastrados para participação em leilões tem aumentado consideravelmente. A fonte solar fotovoltaica foi responsável pela geração de mais de 37 mil empregos nos primeiros cinco meses de 2020, mesmo com a queda da atividade econômica decorrente da pandemia da Covid-19, segundo levantamento exclusivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Segundo a entidade, de janeiro a maio deste ano, o setor adicionou 1.236,6 megawatts (MW) em capacidade instalada, o que representa um crescimento de 27,3% frente ao acumulado no período em 2019. No acumulado desde 2012, a fonte já ultrapassou a marca de 5,7 gigawatts (GW) de potência operacional total, somando a geração centralizada e os sistemas de pequeno porte (geração distribuída). Com isso, a energia solar agregou mais de R$ 30 bilhões em investimentos ao Brasil, gerando 165mil novos empregos no período.

  • Quinze maranhenses foram selecionados no Sesc Cultura ConVIDA!

    A seleção finalmente foi realizada. Chegou a hora dos artistas que tiveram seus trabalhos escolhidos. Foram selecionados 470 trabalhos artísticos. O Nordeste ficou em segundo lugar no ranking de propostas contempladas, com 30,85%, deste total, quinze maranhenses foram selecionados, comemora a Fecomércio-MA.

    A pesquisa de Percepção dos Impactos da Covid-19 nos Setores Culturais e Criativos do Brasil, divulgada na segunda-feira (29/06), revelou que os artistas foram os mais afetados pela pandemia.

    Neste momento delicado para o setor, o Sesc, mais uma vez, fortalece essa rede, levando para o público apresentações em formato digital, nos mais diversos segmentos, por meio do projeto Sesc Cultura ConVIDA!

    Seleção e resultados

    As comissões de seleção, compostas por profissionais de Cultura do Sesc, consideraram a acessibilidade, representatividade e proporcionalidade a partir de uma perspectiva interseccional, territorial e geracional, das propostas nas suas múltiplas expressões, tendo como base a Política Cultural do Sesc (2015), principalmente no quesito da diversidade.

    Das propostas contempladas, 7,66% são do Centro-Oeste, 30,85% do Nordeste, 9,15% do Norte, 41,70% do Sudeste e 10,64% da região Sul.

    O Maranhão está bem representado no projeto Sesc Cultura ConVIDA! e terá a oportunidade de divulgar nacionalmente suas tradições e talento. Na lista de aprovados, 11 artistas de São Luís, 1 de Paço do Lumiar, 1 de São José de Ribamar e 2 de Cururupu.

    São eles: Amanda Mendes, Andressa Cabral, Camila Bezerra, Cleosvaldo Diniz, Daniel Ferreira, Emilia Justina, Fernanda Monteiro (Grupo Afrôs), Geane Viana, Igor Carvalho, Isabelle Passinho, Dinho Araújo, Edi Bruzaca, Luiz Vinicius Muniz, Silvana Pinto e Ywira Ka’i.

    Sesc Cultura ConVIDA!

    Com o Sesc Cultura ConVIDA!, o Sesc contribui para o fomento e a difusão da economia criativa no Brasil, por meio do incentivo à pesquisa e à produção nas diversas manifestações artísticas, e a valorização do patrimônio cultural brasileiro, reafirmando o papel inovador e propositivo da instituição na promoção de ações para o desenvolvimento humano e social.

  • Jorge Aragão e Dudu Nobre apoiam Mesa Brasil em live nesta sexta

    Os sambistas Jorge Aragão, Dudu Nobre e Xande de Pilares e o grupo Vou pro Sereno são as atrações da live Samba de Primeira, nesta sexta (03/07), às 16h.

    Organizada pelo comunicador Jorge Perlingeiro, a live será transmitida pelas suas redes sociais e retransmitida pelo canal do Sesc-RJ no YouTube e pela TV Max (canal 25 da Net e 525 Net HD).

    O formato será de talk-show, com bate-papo intercalado com apresentação musical. Trata-se de uma homenagem e um resgate do tradicional programa de TV Samba de Primeira, que durante 43 anos foi ar na televisão carioca e que agora Perlingeiro apresenta na Rádio Mania FM. A atração está paralisada temporariamente em razão da pandemia.

    Ao longo da live, o público será convidado a acessar o site da campanha #MesaSemFome (www.mesasemfome.com.br) pelo QR Code que aparecerá na tela.

    Por meio da iniciativa, o Mesa Brasil Sesc-RJ está arrecadando alimentos não perecíveis e material de higiene em cerca de 450 supermercados e farmácias no Estado, além de condomínios residenciais.

    Os donativos são revertidos a pessoas em situação de vulnerabilidade social.

    Mesa Brasil Sesc RJ – De 1o janeiro a 26 de junho deste ano, o Mesa Brasil Sesc-RJ já arrecadou cerca de 916 toneladas de alimentos de mais de 200 parceiros doadores. Os donativos foram distribuídos a mais de 209 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social de 82 municípios do Estado.

     

    Desde o começo da pandemia, já são mais de 481 toneladas de alimentos arrecadados e que estão sendo destinados àqueles mais impactados pelos efeitos econômicos do isolamento social.

     

    Noventa militares do Comando Conjunto Leste – envolvendo Marinha, Exército e Aeronáutica – apoiam à logística de recebimento e distribuição das doações.

     

    SERVIÇO

    Live Samba de Primeira

    Com Dudu Nobre, Jorge Aragão, Xande de Pilares e grupo Vou pro Sereno

    Dia 03/07/2020 (sexta-feira) – 16h

    Transmissão:

    Youtube Sesc-RJ: @portalsecrio

    Youtube Samba de Primeira: @sambadeprimeira

  • Rio Grande do Norte é Destino Turístico Seguro

    02/07/2020

    O Rio Grande do Norte é o primeiro estado brasileiro a receber o selo de “viagem segura” (Travel Safety Stamp), criado pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo e que tem o respaldo da Organização Mundial do Turismo e de mais de 200 CEOs das principais empresas de turismo do mundo, tais como: Hilton, Radisson Hospitality, Marriott International, Expedia, InterContinental Hotels Group, Grupo Accor, Grupo Trip.com, Hyatt, Booking.com, entre outros.

    A obtenção do selo foi possível graças a uma iniciativa da Empresa Potiguar de Promoção Turística (Emprotur) e teve como base o Plano de Retomada do Turismo Potiguar, desenvolvido com o apoio do Sistema Fecomércio- RN, por meio do Senac, e que incluiu Protocolos e a criação de cursos para capacitar empreendedores e seus colaboradores a implantá-los.

    “Não dá para retomar as atividades sem adotar regras e procedimentos nesta área. E no setor de turismo isso é ainda mais premente. Por um motivo simples: o turista transfere sua casa, sua residência, para o seu destino turístico. Hotéis, pousadas e similares viram o lar do turista durante sua viagem. Então este segmento precisa, de fato, de um cuidado ainda mais apurado nesta questão. As capacitações irão habilitar os envolvidos na cadeia produtiva do turismo para implementação das normas de biossegurança exigidas no documento, para o pleno funcionamento das atividades no contexto pós-covid-19. Importante, ainda, destacar que os cursos estão sendo ofertados, em sua maioria, de maneira gratuita e todos em EAD”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio-RN, Marcelo Queiroz.

    A secretária de turismo do RN, Aninha Costa, destaca a importância do selo internacional e diz que ele traduz o trabalho que vem sendo realizado de forma profissional e participativa. “Para obtenção deste reconhecimento, contamos com a participação ativa do Sistema Fecomércio-RN, por meio do Senac, Sebrae, Secretaria Estadual de Saúde, todas as entidades do trade turístico potiguar e o conselho dos cinco polos turísticos do Estado. Um trabalho realizado de forma conjunta, buscando gerar os benefícios reais aos turistas e transformar o RN em um destino que planeja a atividade com seriedade e profissionalismo para colaborar com a retomada da economia em nosso estado”, diz ela.

    Importante destacar que, para o selo ser validado, os protocolos adotados no destino precisam atender a requisitos que equilibrem biossegurança e viabilidade. Por isso são aceitos somente aqueles que propõem regras sanitárias, de saúde, desinfecção, distanciamento e segurança em equilíbrio com a viabilidade econômica de sua aplicabilidade nos negócios de todos os portes, tornando-os efetivamente exequíveis.

  • Senado vota nesta quinta MP que prorroga prazo para assembleias de sócios

    O Plenário do Senado Federal terá sessão remota deliberativa nesta quinta-feira (2). O primeiro item da pauta de votações é a Medida Provisória (MP) 931/2020, que prorroga o prazo, em razão da pandemia, para as empresas e cooperativas realizarem as assembleias gerais ordinárias de acionistas ou sócios (AGO) exigidas pela legislação. A reunião está prevista para começar às 16h.

    A MP sofreu alterações na Câmara dos Deputados e será votada na forma do PLV 19/2020. De acordo com o texto, em vez dos quatro meses atuais, as sociedades anônimas (incluindo companhias abertas e fechadas, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias) e as sociedades limitadas (Ltda) que concluíram o exercício social entre 31 de dezembro de 2019 e 31 de março de 2020 terão até sete meses para realizar essas assembleias. As cooperativas terão nove meses, dois a mais do que previa a redação original da medida provisória. A medida provisória também estabelece a possibilidade de realização de assembleias gerais virtuais. 

    Receitas médicas

    Outra matéria que deve ser votada pelos senadores é o PL 848/2020, que atribui validade por prazo indeterminado às receitas médicas ou odontológicas sujeitas a prescrição e de uso contínuo durante o estado de calamidade pública relacionada ao coronavírus. O autor da proposta é o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP).

    O texto não estende a regra para medicamentos de uso controlado (tarja preta ou antibióticos), mantendo os procedimentos previstos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a emissão e a apresentação desse tipo de receituário, que deve ser emitido em duas vias, com uma delas retida pela farmácia. A validade desse tipo de receita é de 30 dias.

    Indenização

    Também está na pauta de votações o PL 1.826/2020, dos deputados Reginaldo Lopes (PT-MG) e Fernanda Melchionna (Psol-RS). A proposta determina o pagamento, pela União, de compensação financeira de R$ 50 mil aos profissionais e trabalhadores de saúde incapacitados permanentemente para o trabalho após serem contaminados pela covid-19.

    A indenização se aplica também no caso de morte por essa doença, sendo paga a dependentes, cônjuge ou herdeiros dos profissionais.

    Empréstimos para Curitiba

    Os senadores também devem votar duas autorizações de empréstimos externos para o município de Curitiba. A MSF 28/2020 trata de financiamento da capital paranaense com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no valor de US$ 106, 7 milhões (cerca de R$ 580 milhões).  Os recursos serão destinados ao projeto Inter 2, que faz parte da Rede Integrada de Transporte (RIT) de Curitiba, que contará estações de embarque “modernas, climatizadas e estrutura preparada para veículos de propulsão elétrica, movidos à energia renovável”.
    Já a MSF 29/2020 trata de contratação do município com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) no valor de US$ 42,9 milhões (R$ 233,2 milhões). O dinheiro financiará o Projeto Gestão de Risco Climático Bairro Novo da Caximba, um plano de recuperação ambiental e social da área.

    Fonte: Agência Senado

  • Senado analisa MP que oferece R$ 40 bi para empresas pagarem salários

    O Senado recebeu nesta quarta-feira (1º) a Medida Provisória (MP) 944/2020, aprovada na véspera pela Câmara dos Deputados. A MP abre crédito de até R$ 40 bilhões para que pequenas e médias empresas (PMEs) possam honrar salários ou dívidas trabalhistas com seus funcionários. A medida é uma tentativa de ajudar as PMEs e os trabalhadores a atravessar a forte crise econômica que se abateu sobre o país com a pandemia de coronavírus.

    Pelo texto, o Programa Emergencial de Suporte a Empregos é lastreado no repasse de R$ 34 bilhões de reais da União para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que será o agente financeiro do governo. Outros R$ 6 bilhões (15% do total) devem ser oferecidos pelos bancos privados às PMEs. Com isso, cada linha de crédito deve manter essa proporção, com o poder público assumindo 85% do risco operacional de cada empréstimo.

    Empresários, sociedades empresariais ou cooperativas (exceto as de crédito), organizações da sociedade civil e empregadores rurais (pessoas físicas e jurídicas) poderão acessar as linhas de crédito, até dia 31 de outubro, para cobrir o período de emergência sanitária. Mas o empréstimo só será concedido a quem, em 2019, obteve receita bruta entre R$ 360 mil e R$ 50 milhões.

    Taxa de juros

    A taxa de juros das operações será de 3,75% ao ano, com prazo para de 36 meses para quitação e carência, já incluída neste prazo, de seis meses para começar a pagar.

    Para conceder os empréstimos, os bancos poderão seguir suas próprias políticas, com consultas a sistemas de proteção ao crédito e registros de inadimplência referentes aos seis meses anteriores. Os riscos de inadimplência e perdas financeiras serão suportados na mesma proporção da participação (85% de recursos públicos e 15% de recursos privados).

    Na conta do empregado

    Caso o empregador realize o pagamento da folha de salários no banco com o qual negociar o empréstimo, o pagamento aos funcionários deverá ser feito diretamente pelo banco. De qualquer modo, o pagamento será feito por meio de depósito direto na conta titular do trabalhador.

    As empresas ficam proibidas de demitir funcionários, na proporção em que participarem do programa. Por exemplo: se a linha de crédito acessada cobrir 100% da folha de pagamento, então nenhum empregado poderá ser demitido sem justa causa por um prazo que vai até 60 dias após o recebimento da última parcela do empréstimo. Se a linha de crédito cobrir 75% da folha, então um quarto dos trabalhadores poderá ser demitido, e assim sucessivamente.

    Os pedidos de empréstimo podem ser feitos no valor de até dois salários mínimos por empregado (R$ 2.090). Sob nenhuma hipótese o contratante poderá se valer dos recursos para finalidade diferente do pagamento de salários ou verbas trabalhistas. Se for constatado outro tipo de gasto, o vencimento da dívida será antecipado.

    Verbas trabalhistas

    O empregador poderá usar os recursos para quitar verbas trabalhistas decorrentes de condenações transitadas em julgado na Justiça do Trabalho, e referentes a execuções que tenham começado desde o início da calamidade pública do coronavírus (20 de março), ou que venham a ocorrer até 18 meses após o fim da vigência do estado de calamidade.

    Como o decreto que institui a calamidade pública por causa da covid-19 tem vigência até 31 de dezembro de 2020, estariam abarcados os processos iniciados até junho de 2022. Poderão ser financiados também débitos resultantes de acordos homologados, inclusive extrajudiciais, nesse mesmo período.

    Poderão ser financiadas ainda verbas rescisórias pagas ou pendentes, decorrentes de demissões sem justa causa ocorridas entre 20 de março e a data de publicação da futura lei, inclusive os débitos relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), contanto que haja a recontratação do empregado demitido.

    O texto considera o acesso a este tipo de linha de crédito uma confissão de dívida irrevogável, limitando o valor a R$ 15 mil para o total de dívidas e a R$ 15 mil por contrato de trabalho, no caso do FGTS, quando comprovada a recontratação pelo mesmo empregador. Essa recontratação também deverá perdurar por 60 dias, sob pena do vencimento antecipado da dívida.

    Incentivo ao turismo

    Foi incluído pelo relator da MP na Câmara, deputado Zé Vitor (PL-MG), artigo permitindo que o Fundo Geral do Turismo (Fungetur) libere dinheiro para agentes financeiros credenciados concederem empréstimos com pagamento de taxa efetiva de juros de 1% ao ano ao Fundo. Os recursos só poderão ser usados na manutenção ou eventual geração de empregos no setor, um dos mais afetados pela pandemia.

    O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe – Lei 13.999, de 2020) permite aos bancos que concedem empréstimos com recursos do Fungetur, contar com a garantia do Fundo Garantidor de Operações (FGO), podendo chegar a até 100% em cada operação.

    O Senado tem até o dia 31 de julho para analisar a MP 944/2020, podendo inclusive modificá-la.

    Fonte: Agência Senado

  • Projeto assegura licença de saúde remunerada para trabalhadores de aplicativos

    O Projeto de Lei 3538/20 assegura licença remunerada aos trabalhadores vinculados a aplicativos virtuais que precisem se ausentar em função de razões médicas, com valor mínimo igual à renda média dos últimos três meses.

    Autor da proposta, o deputado Rubens Otoni (PT-GO) observa que “os trabalhadores vinculados a aplicativos de transporte e de entrega não possuem acesso ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, à Seguridade Social e sequer à vinculação com seu empregador”.

    Para ele, é preciso assegurar um mínimo de apoio a esses trabalhadores, por meio do “de vencimentos mínimos para aqueles que precisem se afastar em função de questões de saúde”.

    O texto em análise na Câmara dos Deputados considera trabalhador habitual: aquele que esteve a disposição do aplicativo para trabalhar por no mínimo 40 horas por mês nos últimos três meses; e aquele que esteve a disposição do aplicativo para trabalhar por no mínimo 40 horas por mês em pelo menos nove meses ao longo dos último ano.

    Greve
    Os entregadores anunciam paralisação nacional para o dia 1º de julho, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para as condições precárias de trabalho da categoria.

    Desde o início da pandemia do novo coronavírus, pelo menos dez propostas com o fim de proteger os entregadores foram apresentadas na Câmara, como os PLs 2379/20, 2340/20 e 3384/20.

    Fonte: Agência Câmara 

  • Aprovação do Fundeb permanente mobiliza senadores e deputados

    A aprovação da continuidade do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) mobiliza os parlamentares no Congresso. Na Câmara, a promessa do presidente Rodrigo Maia é votar a matéria na próxima semana. A principal fonte de financiamento da educação básica no Brasil tem prazo para acabar. Pela legislação em vigor, o Fundeb se extingue no dia 31 de dezembro deste ano. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/2015, relatada pela deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), torna o fundo permanente.

    O texto apresentado pela relatora deve sofrer alteração em relação à participação do governo federal nesse financiamento, que atualmente é de 10%. A sugestão da deputada é começar em 15% e ir aumentando um ponto percentual por ano, até atingir o índice de 20% em um prazo de seis anos.

    No entendimento de Rodrigo Maia, no entanto, esse incremento da participação da União no fundo deverá se dar mais lentamente em razão da crise provocada pela pandemia de coronavírus.

    Pelas redes sociais, senadores como Humberto Costa (PT-PE) participam da campanha #VotaFundeb para aprovar a matéria na Câmara.

    “Ajude a pressionar deputados e deputadas a votarem o Fundeb (PEC 15/2015) com urgência. Se o Fundeb não for renovado, 94% dos alunos da educação básica pública serão prejudicados!”, alertou o senador.

    Recursos

    Só em 2019, dos R$ 248 bilhões aplicados nas escolas públicas do país, 65% do total saíram do Fundeb. O fundo recolhe verbas públicas e reparte o montante entre todas as 26 redes estaduais (mais a do Distrito Federal) e as 5.570 redes municipais de ensino. Ele é composto por 20% de diversas receitas, entre elas o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

    Pelo menos 60% dos recursos do Fundeb têm de ser usados na remuneração de professores, diretores e orientadores educacionais. O restante vai para despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino, como o pagamento de outros profissionais ligados à educação, a compra de equipamentos e a construção de escolas.

    — Graças a esse modelo de distribuição chegamos a um valor de aproximadamente R$ 150 bilhões investidos em 2019, frente aos R$ 35 bilhões do Fundef, programa que vigorou até 2006. O Fundeb não pode ficar na dependência da conjuntura política para sua renovação temporária. É necessário que seja constitucional e permanente para seguirmos com um planejamento de longo prazo na educação. A pandemia tornou a aprovação do Fundeb ainda mais urgente. A proposta vem sendo debatida no Congresso desde 2015 e há um consenso entre os parlamentares sobre a sua aprovação — destacou o presidente da Comissão de Educação do Senado, Dário Berger (MDB-SC).

    PECs no Senado

    Além da PEC na Câmara, duas outras propostas de emenda à Constituição (PEC 33/2019 e PEC 65/2019) que asseguram a continuidade do Fundeb aguardam votação no Senado.

    A PEC 33/2019, do senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), aprimora o Fundeb e torna esse fundo permanente. A proposta ainda prevê que a complementação da União ao fundo passe, em três anos, a corresponder a 30% do aporte feito pelos governos estaduais e municipais.

    — Se não for mantido esse financiamento que vigora desde 2006, com renovação periódica, não tenho dúvida nenhuma: o caos pode se instalar na educação brasileira — advertiu Kajuru em discurso no Plenário.

    De autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a PEC 65/2019, além de criar o novo Fundeb na forma de política de Estado no texto da Constituição, aperfeiçoa a ideia em sintonia com as metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Randolfe defende, na proposta, que a complementação da União passe de 10% para 40%, no mínimo, do total de recursos do fundo. Além disso, define uma fonte de custeio — a taxação de lucros e dividendos repassados pelas empresas a seus sócios e acionistas — para alimentar essa maior participação de verbas federais.

    “A não renovação do Fundeb prejudicará a maioria dos alunos da educação básica! Será mais um agravo na educação do país, que depois de ter sofrido nas mãos de [Abraham] Weintraub, hoje nem sequer tem ministro! Precisamos proteger a educação das garras desse governo de incompetentes”, declarou Randolfe na internet.

    O senador Flávio Arns (Rede-PR) é o relator dessa proposta. Ele deu voto favorável à matéria.

    — Isso vai permitir que nós tenhamos uma educação básica muito melhor no Brasil. Quando se discute tanto o Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes], nós temos que pensar o que fazer aqui no Brasil. E a resposta é o novo Fundeb. Garantir os recursos municipais, estaduais, federais, dentro de uma perspectiva adequada — avaliou Arns em entrevista à Rádio Senado.

    Constitucionalização

    Confúcio Moura (MDB-RO) chegou a fazer um apelo no início deste ano em favor da votação da proposta e pela constitucionalização do fundo.

    — O Fundeb deve estar na Constituição, e sem prazos. Não é 10, 14 ou 20 anos. O Fundeb tem que ser perenizado como um financiamento garantido. Que se aumente a participação complementar da União — defendeu.

    A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) também é a favor da criação de uma política de Estado em relação ao Fundeb.

    — Desde 2019 que eu e toda a Comissão de Educação do Senado Federal estamos discutindo a urgência da renovação da lei do Fundeb. A gente sabe que o Estado brasileiro pode até distribuir renda com essa reforma tributária que estamos começando a debater, mas se o Estado brasileiro quer distribuir riqueza tem que oferecer e financiar uma educação pública de qualidade para todos — ressaltou.

    Fonte: Agência Senado

  • Câmara aprova adiamento das eleições municipais para novembro; PEC será promulgada nesta quinta

    A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (1º) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/20, que adia as eleições municipais deste ano devido à pandemia causada pelo novo coronavírus. O placar de votação da PEC no segundo turno foi de 407 votos a 70. Pouco antes, no primeiro turno, foram 402 votos favoráveis e 90 contrários.

    Segundo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o texto será promulgado nesta quinta-feira (2), às 10 horas, pelo Congresso Nacional.

    Oriunda do Senado, a PEC determina que os dois turnos eleitorais, inicialmente previstos para os dias 4 e 25 de outubro, serão realizados nos dias 15 e 29 de novembro. Por meio de uma emenda de redação, deputados definiram que caberá ao Congresso decidir sobre o adiamento das eleições por um período ainda maior nas cidades com muitos casos da doença.

    “A alteração do calendário eleitoral é medida necessária no atual contexto da emergência de saúde pública”, defendeu o relator, deputado Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR). “Os novos prazos e datas são adequados e prestigiam os princípios democrático e republicano, ao garantir a manutenção das eleições sem alteração nos mandatos”, continuou.

    Calendário eleitoral

    Além de adiar as eleições, a PEC, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), estabelece novas datas para outras etapas do processo eleitoral de 2020, como registro de candidaturas e início da propaganda eleitoral gratuita (veja quadro). Apenas a data da posse dos eleitos permanece a mesma, em 1º de janeiro de 2021.

    Debate amplo

    Jhonatan de Jesus destacou que as mudanças resultaram de debates entre Câmara, Senado e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com a participação de representantes de entidades, institutos de pesquisa, especialistas em direito eleitoral, infectologistas, epidemiologistas e outros profissionais da saúde.

    No Plenário, os deputados Hildo Rocha (MDB-MA) e Bia Kicis (PSL-DF) criticaram a proposta. Para Rocha, o adiamento favorecerá os atuais prefeitos e vereadores. “Os governantes poderão fazer mais propaganda, ferindo a isonomia”, afirmou. Kicis alertou para possível aumento dos gastos públicos.

    Prazo maior

    O TSE ainda analisa as ações necessárias para garantir a realização das eleições com as garantias à saúde. Se houver necessidade de adiamento maior em determinada cidade, a PEC prevê que, após pedido do TSE instruído por autoridade sanitária, o Congresso deverá aprovar decreto legislativo para remarcar o pleito, tendo como limite o dia 27 de dezembro.

    Na versão do Senado, essa regra referia-se a caso de um estado inteiro sem condições sanitárias para realizar os turnos em novembro. Para município em particular, a decisão caberia ao TSE. A partir de destaque apresentado pelo bloco do PP, deputados optaram por unificar as normas, mantendo a decisão no âmbito do Congresso.

    Outro destaque do bloco do PP, também aprovado pelo Plenário, retirou da PEC determinação para que o TSE promovesse eventual adequação das resoluções que disciplinam o processo eleitoral de 2020. Pela legislação infraconstitucional em vigor, as normas já estão aprovadas desde março e não podem ser alteradas.

    Outros pontos

    A PEC 18/20 contém outros pontos importantes. Os principais são:

    • os prazos de desincompatibilização vencidos não serão reabertos;
    • outros prazos eleitorais que não tenham transcorrido na data da promulgação da PEC deverão ser ajustados pelo TSE considerando-se a nova data das eleições;
    • os atos de propaganda eleitoral não poderão ser limitados pela legislação municipal ou pela Justiça Eleitoral, salvo se a decisão estiver fundamentada em prévio parecer técnico emitido por autoridade sanitária estadual ou nacional;
    • a prefeitura e outros órgãos públicos municipais poderão realizar, no segundo semestre deste ano, propagandas institucionais relacionadas ao enfrentamento da pandemia de Covid-19, resguardada a possibilidade de apuração de eventual conduta abusiva, nos termos da legislação eleitoral.

    Para efetivar todas as mudanças, a PEC torna sem efeito, somente neste ano, o artigo 16 da Constituição, que proíbe alterações no processo eleitoral no mesmo ano da eleição.

    Fonte: Agência Câmara