Blog

  • Alunas do Sesc são aprovadas para estudar na China e na Alemanha

    Duas alunas do Rio Grande do Norte da Escola Sesc de Ensino Médio, oriundas da Escola Sesc Caicó, no Rio Grande do Norte, foram aprovadas para o programa United World College (UWC) que oferecerá a conclusão do Ensino Médio com bolsa integral em instituições na China e na Alemanha. O processo seletivo foi realizado em 2019 e teve seu resultado divulgado em junho deste ano e a previsão de embarcar em agosto próximo.

    Ana Santana Santos, natural de Caicó, ingressará na escola Li Po Chun, em Hong Kong, na China, enquanto Mikaelly Monteiro Dantas, de Jucurutu, irá para o programa de ensino do UWC Robert Bosch College, em Brisgóvia, na Alemanha.

    Atualmente, elas cursam o terceiro ano do ensino médio, nos moldes brasileiros, e a partir do ingresso no UWC, o programa de ensino prevê mais dois anos, com bolsa integral, nas respectivas instituições.

    O presidente do Sistema Fecomércio-RN, Marcelo Queiroz, parabenizou o esforço das alunas e lembrou que a oportunidade está aberta para muitos outros jovens, pois a ESEM está em sua última semana de matrículas para o ano letivo 2021.

    “É com muita satisfação e alegria que recebemos essa notícia, que envolve duas jovens do Rio Grande do Norte e o Sesc. Importante citar que o caminho de sucesso trilhado por essas jovens pode ser seguido por outras pessoas. Estamos na última semana de inscrição para a Escola Sesc de Ensino Médio, com vagas para alunos de nossa rede de ensino ou que tenha estudado em escola pública”, diz ele.

  • O Sistema Comércio e o que ele faz pelo empresário brasileiro

    A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), entidade máxima do comércio no País, lançou um material sobre as transformações promovidas pelo trabalho das entidades que compõem o Sistema Comércio em todo o País. A entidade produziu uma série de vídeos sobre temas como a relação com sindicatos e empresários do comércio, a atuação da CNC pela classe empresarial, o papel desempenhado pelos braços sociais do Sistema Comércio, Sesc e Senac, para os brasileiros e ações destas entidades para mitigar os impactos da crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus. O material também disponibiliza download da revista CNC Notícias, acesso às últimas campanhas da entidade e links para o usuário acompanhar o trabalho da Confederação nas redes sociais. Faça o download abaixo.

     

     

  • Sumário Econômico – 1624

    Endividamento das famílias alcança novo recorde e inadimplência acelera em junho – O percentual de famílias que relataram ter dívidas (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro) alcançou 67,1% em junho de 2020, aumento de 0,6 ponto percentual em relação aos 66,5% observados em maio, e de 3,1 pontos percentuais comparativamente aos 64,0% registrados em junho de 2019. A proporção de endividados em junho é a maior da série histórica do indicador, iniciada em janeiro de 2010. O cartão de crédito segue apontado em primeiro lugar nos principais tipos de dívida por 76,1% dos endividados, ante 76,7% em maio e 78,8% em junho de 2019. Em seguida, estão os carnês para 17,4%, e, em terceiro, financiamento de veículos, para 11,7%. Apesar do contexto negativo em relação ao mercado de trabalho (com aumento expressivo dos desligamentos) e à renda, a queda da taxa Selic e a inflação controlada em níveis historicamente baixos são fatores que podem favorecer o poder de compra dos consumidores. As incertezas sobre a recuperação da economia no pós-crise somam-se à proporção elevada de consumidores endividados no País. Assim, mostram-se importantes ampliar o acesso ao crédito a custos mais baixos e alongar os prazos de pagamentos das dívidas, para com isso mitigar o risco do crédito no sistema financeiro.

    CNC projeta queda inédita de 8,7% no varejo em 2020 – Em abril, o volume de vendas do comércio varejista brasileiro recuou 16,8% em relação a março, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada em 16/06 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a maior retração mensal do indicador em toda a série histórica da pesquisa, iniciada no ano 2000. Com a forte retração, o volume de vendas de abril correspondeu ao nível observado em janeiro de 2010. Até então, a maior queda mensal do varejo havia ocorrido em março de 2003 (-2,7%), ainda sob efeito da crise de confiança deflagrada no fim de 2002. Todas as atividades pesquisas acusaram quedas. Entretanto, destacaram-se os segmentos “não essenciais” do varejo, tais como: tecidos, vestuário e calçados (-60,6%) , livros, jornais, revistas e artigos de papelaria (-43,4%), e veículos, motos, partes e peças (-36,2%). Nos dois primeiros casos, os percentuais de empresas que apontaram a Covid-19 como principal causa da queda mensal foram de 86,9% e 82,6%, respectivamente. Segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em 2019, 62% dos consumidores brasileiros ainda preferem as compras presencias a outras modalidades de consumo, tais como compras em websites (9%), por meio de aplicativos (5%), redes sociais (4%), etc. Neste cenário, a CNC prevê uma retração de 8,7% do volume de vendas do comércio varejista neste ano. Para o conceito ampliado, a entidade projeta um recuo de 10,1%. Em ambos os casos, a crise sem precedentes, imposta à atividade econômica na história recente, deverá levar o setor a registrar a maior queda anual da série histórica da PMC.

    Para restaurar economia, reformas não podem parar – Um dos fatores mais importante para a recuperação econômica brasileira é a confiança da sociedade nos objetivos do governo e do Banco Central. Para isso, a credibilidade dessas entidades é essencial, para que o mercado possa ancorar suas estimativas e, assim, influenciar os resultados de longo prazo, que estão fortemente relacionados ao que é esperado pela população. Para que o governo consiga atingir os resultados esperados, precisa demonstrar capacidade para alcançá-los. Portanto, é importante que, após as medidas emergenciais e temporárias para amenizar os efeitos da crise da Covid-19, se retome a responsabilidade fiscal o mais rápido possível. Também deve-se continuar as reformas que estavam sendo trabalhadas antes da pandemia, como a tributária e administrativa. Apesar dessa retração em componentes importantes das contas nacionais, o aumento das exportações e a boa safra agrícola esperada devem compensar essas perdas nos serviços e comércio, influenciando positivamente o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) e acelerando o crescimento. Esse resultado externo acabou sendo beneficiado com o aumento recente do dólar. Mesmo com o fechamento de muitos estabelecimentos, a abertura se sobrepôs e, apesar das expectativas de aumento de inadimplência, as famílias continuam honrando suas dívidas, revelando que a recuperação está próxima e o pior já deve ter passado.

    Balança comercial brasileira às três semanas de junho de 2020 – O Ministério da Economia divulgou o resultado da balança comercial brasileira no acumulado das três semanas de junho de 2020 que apresentou um superávit de R$ 4,794 bilhões, resultado de exportação no valor de R$ 12,225 bilhões e importação de R$ 7,431 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 96,742 bilhões e as importações US$ 76,377 bilhões, com saldo positivo de US$ 20,366 bilhões.  No acumulado até a terceira semana do mês de junho de 2020, em comparação com igual mês do exercício anterior, o desempenho correspondente aos setores pela média diária apresentou os seguintes resultados: crescimento de US$ 58,52 milhões (30,2%) em Agropecuária; queda de US$ -50,75 milhões (-24,3%) em Indústria Extrativa; e queda de US$ -102,91 milhões (-18,3%) em produtos da Indústria de Transformação. Com relação às importações no acumulado das três semanas de junho de 2020, comparado com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média foi o seguinte: queda de US$ -2,27 milhões (-14,2%) em Agropecuária; queda de US$ -1 milhão (-2,1%) em Indústria Extrativa; e queda de US$ -150,84 milhões (-24,3%) em produtos da Indústria de Transformação.  Outro item sempre importante na balança comercial brasileira, as aeronaves e componentes, segue sendo gravemente impactado pela pandemia do novo coronavírus. Em junho de 2019, a média diária de exportação foi de R$ 13,959 milhões, enquanto no mesmo mês em 2020 foi de R$ 2,593 milhões.

  • Senac Bahia lança e-book para auxiliar o setor gastronômico

    Ao completar mais de 100 dias de quarentena no Estado, um dos setores mais afetados pelas medidas de isolamento social foi o de bares e restaurantes.

    Com o objetivo de orientar os empresários do segmento, o Senac-BA lança o e-book A restauração em tempos de pandemia e isolamento social – uma análise sobre o setor gastronômico. A publicação une-se à coletânea de Moda e Hotelaria. 

    O conteúdo do e-book discorre sobre as fragilidades causadas pela crise sanitária, no País e no mundo, a reinvenção através do delivery e a reorganização do segmento.

    Para a assessora técnica do Senac-BA, Monique Badaró, um dos principais desafios para os estabelecimentos é ganhar a confiança do consumidor. “Os hábitos mudaram na pandemia. As pessoas passaram a cozinhar mais em casa por segurança. Agora, o ramo vai precisar se preparar e estudar esse cliente – Que tipo de produto ele quer encontrar? Quais são os protocolos de higiene necessários? Só assim, paulatinamente, o ritmo pode voltar ao que era antes”, comentou Badaró. 

    Pelo e-book, os restaurantes são ambientes de conexão e sociabilidade e têm um papel social significativo, sendo também importantes para a cultura local. Por isso, faz-se necessário buscar soluções criativas e sustentáveis que mantenham as expectativas dos clientes diante dos desafios de segurança e saúde. 

    Confira o e-book aqui.

  • Senac Alagoas doa 20 máquinas de costura para instituições do Estado

    O Senac-AL realizou a entrega de 20 máquinas de costura para instituições e associações de Maceió e do interior. Atitudes como esta sempre fizeram parte do cotidiano do Senac Alagoas e, em meio à pandemia, estas ações se tornaram ainda mais necessárias.

    Segundo Luciano Medeiros, assistente administrativo responsável pelo levantamento de bens em uso e desuso do Regional, “as doações serão de grande importância, pois ajudarão as comunidades carentes a desenvolver técnicas de costura doméstica e vão possibilitar a arrecadação de uma renda extra com a confecção e venda de máscaras de tecido”.

    Além disso, essa atitude reforça ainda mais a empatia e a responsabilidade social como valores da instituição. “O Senac sempre contribuiu para o desenvolvimento profissional das pessoas e para a inclusão social. Nesse momento, portanto, não poderíamos ficar alheios a essa crise. Afinal, a responsabilidade social está em nosso DNA”, afirmou Luciano.

    Confira abaixo as instituições beneficiadas no site do Senac-AL.

  • Fecomércio-RN tira dúvidas dos empreendedores sobre a retomada

    30/06/2020

    A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte está disponibilizando atendimento telefônico para prestar esclarecimentos, dar detalhes e tirar dúvidas dos empreendedores sobre a Retomada Gradual das Atividades Econômicas. Pelos telefones: (84) 3026-9416, (84) 3026-9417 e (84) 99852-0385, de segunda a sexta, das 8h às 18h, é possível receber todas as informações como ações transversais, protocolos gerais e por segmento, quais setores estão permitidos a funcionar e em que datas.

    O presidente da entidade, Marcelo Queiroz, explica que este é mais um serviço prestado pela Federação para os empreendedores do comércio, dos serviços e do turismo, com vistas a dar mais firmeza à retomada.

    “Construímos esta retomada com muito cuidado, responsabilidade e zelo. Fazer com que ela seja conduzida da forma correta, com o atendimento a todas as exigências, dando todas as orientações aos empreendedores, colaboradores e consumidores, é papel de todos nós. Tenho conversado com os poderes públicos, inclusive, no sentido de que as primeiras ações de fiscalização sejam educativas, evitando truculências e punições nos primeiros contatos. Afinal, tudo isso é muito novo para todos nós”, diz Queiroz.

  • Alunos do Sesc-GO se encontram em Festa Junina no estilo drive-thru

    No sábado, dia 27 de junho, os alunos e professores da Educação Infantil do Sesc Faiçalville, em Goiás, puderam matar um pouquinho a saudade durante a Festa Junina Drive Thru, que foi realizada na área externa da unidade. 

    O Sesc-GO preparou decoração especial para recepcionar as crianças e suas famílias.

    Além dos comes e bebes típicos, adquiridos no sistema drive-thru (sem sair dos carros), o evento teve fogueira, sanfoneiro, além de um telão com cenas das crianças em atividades realizadas ao longo do semestre.

  • Resolução 382/20: Fenacor orienta Corretores

    A Fenacor elaborou Nota Técnica visando orientar e instruir os corretores de seguros a respeito da vigência da Resolução no 382/20, a partir desta quarta-feira, dia 1º de julho de 2020.

    A nota recomenda ao Corretor de Seguro que, sob hipótese alguma, assine contratos, acordos, termos de anuência e/ou outros instrumentos similares, inclusive para acesso a sistemas, que estejam relacionados a questões e deveres a eles cabíveis ou direcionados.

    A Federação esclarece ainda que a eventual insistência de uma ou mais seguradoras pela assinatura em tais documentos, de forma impositiva ou mesmo velada, pode, inclusive, caracterizar possível constrangimento ilegal e, dessa forma, ensejar medidas judiciais plenamente cabíveis.

    A Fenacor também instrui o Corretor de Seguros a não aceitar que o percentual da comissão seja discriminado na proposta do seguro. Caso alguma seguradora insista, a orientação é que deva ser publicamente denunciada, pois estará comprovado não se tratar de uma empresa parceira da categoria.

    Nesse contexto, a Federação reitera que a Resolução 382 não estabelece de que forma deve ser disponibilizada ao cliente a informação sobre o montante da remuneração pela intermediação do contrato, acompanhado dos respectivos valores de prêmio comercial ou contribuição do contrato a ser celebrado.

    Assim, os próprios corretores de seguros, visando dar cumprimento ao dispositivo que lhes atribui essa responsabilidade, somada à sua independência profissional, devem transmitir, diretamente, as informações pertinentes aos seus clientes, considerando que essa obrigação não deve ser realizada pelos seus parceiros comerciais.

    Ainda quanto à disponibilização do montante da remuneração, a Fenacor enfatiza a importância de deixar claro e conscientizar os clientes/segurados sobre o trabalho dos corretores de seguros e a necessidade de manutenção de estrutura para o bom andamento da assistência e da assessoria a ser prestada durante a vigência dos contratos – em geral 12 meses.

    Leia a Nota Técnica do site da Fenacor.

  • Câmara de Serviços da CNC debate reflexos da pandemia no setor

    30/06/2020

    O impacto causado à economia e seus profundos reflexos no segmento de serviços em virtude da pandemia da covid-19 concentraram palestras e debates da reunião da Câmara Brasileira de Serviços (CBS) da Confederação  Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), realizada por videoconferência, em 24 de junho, com a participação de integrantes em todas as regiões do País.

    O coordenador Edgar Segato Neto considerou um desafio para o empresariado enfrentar o momento crítico atual: “Não há registro na história recente da humanidade de situação semelhante a que estamos vivendo.”

    Para Segato, que também é diretor da Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac), muitos empreendimentos sofrerão modificação, outros deixarão de existir, e será preciso se adaptar ao que está sendo chamado de ‘novo normal’, “que de novo tem tudo, mas de normal está difícil de aceitar”.

    A seu ver, é muito relevante que o debate esteja aberto, democraticamente colocado para todas as opiniões, tendências e linhas do pensamento jurídico. “É o que a CBS vai defender”.

    Momento delicado

    O coordenador das Câmaras de Comércio da CNC, Luiz Carlos Bohn, destacou a importância de reuniões de trabalho para discutir a realidade dos segmentos econômicos representados pela Confederação, “ainda mais num momento tão delicado na vida das empresas, diante dos reflexos da crise gerada pelo novo coronavírus”.

    Segundo ele, as implicações no cotidiano corporativo foram muito severas e as palestras de especialistas das áreas técnicas da entidade foram úteis para esclarecer as muitas dúvidas do empresariado, especialmente em relação a novas legislações que entraram em vigor. O dirigente se referia à grande quantidade de medidas provisórias editadas pelo governo federal, os projetos de lei apresentados na Câmara dos Deputados e Senado e as decisões de governos estaduais e municipais para amenizar os efeitos da pandemia no cotidiano empresarial.

    Bohn, que também é 2º vice-presidente da CNC e presidente da Fecomércio do Rio Grande do Sul, declarou que a reunião da CBS foi muito proveitosa em termos de conteúdo, “permitindo levar material consistente sobre a real situação do setor de Serviços para avaliação da Diretoria da Confederação”.

    Jurídico

    A pauta da reunião, que durou quase quatro horas, foi extensa. Técnicos e especialistas de divisões da CNC fizeram palestras nas áreas jurídica, econômica, sindical e de relações institucionais. O advogado Marcus Lima, da Divisão Jurídica, falou sobre diversos projetos e medidas provisórias que afetam o setor.

    Sobre a Medida Provisória nº 959/2020,que adia para maio de 2021 o início da vigência dos principais pontos da Lei Geral de Proteção De Dados (LGPD), informou que seu texto não foi aceito plenamente pelo Congresso. Sua sugestão foi de que, apesar de as sanções de não cumprimento da legislação só possam ser aplicadas a partir de 1º/08/2021, conforme previsto na Lei nº 14.010, de 10 de junho de 2020, o ideal é que as empresas cumpram as exigências da LGPD desde já.

    Falou também sobre o Projeto de Lei nº 1.179/2020, que dispõe sobre o Regime Jurídico Emergencial e Transitório das relações jurídicas de Direito Privado no período da pandemia. Ao sancionar a lei, o presidente da República vetou as disposições que tratavam ‘Das Locações de Imóveis Urbanos’.

    Ele lembrou que as locações de imóveis são relações eminentemente contratuais e, assim, dependem do ajuste de vontade das partes. Por isso, durante a pandemia, a melhor solução a impasses ocorridos no cumprimento dos contratos locatícios é o acordo entre as partes.

    Em relação aos reflexos durante a crise nos contratos de seguro, o advogado da DJ citou os Projetos de Lei nº 1.885/2020 (veda a suspensão ou rescisão unilateral dos contratos dos planos privados de assistência à saúde) e nº 2.113/2020 (determina que o seguro de assistência médica ou hospitalar, bem como o seguro de vida ou de invalidez permanente não poderá conter restrição de cobertura a qualquer doença ou lesão decorrente da emergência de saúde pública de que trata a Lei).

    Ambos, segundo ele, violam o princípio constitucional da liberdade de iniciativa, à medida em que subtraem do empreendedor a autonomia para decidir a forma como conduzir seu negócio (atividade econômica). “Caso sejam convertidos em lei, vão onerar de forma demasiada as empresas seguradoras, que podem ter que arcar com indenizações sobre riscos não cobertos pela apólice.”

    Ele falou ainda sobre a portaria do Ministério da Economia, prorrogando o prazo para recolhimento das contribuições previdenciárias patronais e o Projeto de Lei nº 985/2020, dispondo sobre medidas excepcionais relativas ao prazo de apresentação das obrigações acessórias contábeis e fiscais, bem como, procedimentos relativos a cobrança de multas e juros por atraso de pagamento das obrigações fiscais e financeiras, das empresas.

    A seu ver, tais medidas não são suficientes para enfrentar a crise. Em razão disso, recomendou, como medida mais adequada e eficiente, que a empresa que estiver diante de dificuldade financeira decorrente da pandemia busque provimento jurisdicional no sentido de obter a suspensão temporária da exigibilidade de tais tributos.

    Finalmente, citou a Medida Provisória nº 975, a qual institui o Programa Emergencial de Acesso a Crédito, beneficiando pequenas e médias empresas, para que elas se financiem enquanto durarem as restrições impostas ao funcionamento regular de suas atividades e, inclusive, para a recuperação da atividade econômica. A iniciativa se soma ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe – focado nas microempresas).

    Para Edgar Segato, esses pontos são relevantes. “É preciso iluminar o debate em torno de transformações, mudanças, arranjos e rearranjos que faremos na vida de nossas empresas e em nossos contratos a partir do final da pandemia, ou, ao menos, do fim do estado de isolamento social que estamos vivendo.”

    Economia

    O economista Antonio Everton Chaves Junior, da Divisão Econômica da CNC, analisou a crise gerada pelo novo coronavírus e as políticas públicas que vêm sendo implementadas pelo governo.

    Segundo ele, a concessão de crédito para as empresas e famílias vem crescendo, atingindo R$ 3,44 trilhões no mês passado, algo próximo de 50% do PIB. Os empréstimos têm crescido, com destaque para o mês de abril e as primeiras semanas de maio, “período em que pode se considerar que a economia atingiu o fundo do poço”.

    Ao falar sobre a importância dos serviços, Junior revelou que o setor tem peso muito  relevante na economia brasileira, da ordem de 62%.

    Ele falou ainda sobre a liberação dos recursos bancários por meio do Programa Emergencial de Suporte ao Emprego (PESE). “Se em abril somente 4% haviam sido liberados, em junho já são quase R$ 10 bilhões, cerca de 10% dos R$ 40 bilhões disponibilizados para o pagamento da folha salarial.

    Outra linha que vem atender aos anseios dos empreendedores individuais, micro e pequenos negócios é o Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Pronampe), cujo crédito pode ser usado para investimentos e capital de giro isolado ou associado ao investimento. “Ambas linhas de crédito foram criadas a taxas de juros baixíssimas e, portanto, são atraentes. O governo também concedeu garantias.”

    Antonio Everton Junior disse aos participantes da reunião que o momento é de as empresas se reinventarem, principalmente através do uso das ferramentas tecnológicas na internet e pela digitalização de processos, produtos e serviços, uso de drones, robôs, entre outras ferramentas. “O consumidor presencial praticamente virou virtual para muitos negócios. Portanto, fazer investimentos em tecnologia e adequar a estrutura de custos à das receitas será fundamental. Até porque a retomada do crescimento será lenta.”

    Sindical

    A advogada Luciana Diniz Rodrigues, Divisão Sindical da CNC, detalhou a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 9ª Região, que reconheceu a possibilidade de cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), a qual prevê piso salarial diferenciado para vigilância, conforme o destinatário do serviço.

    Segundo ela, o Ministério Público do Trabalho propôs Ação Civil Pública, questionando cláusula da CCT que estabelece piso diferenciado para vigilantes de carro forte. Em primeira instância, a ação foi julgada procedente.

    A decisão, no entanto, foi reformada em acórdão de Recurso Ordinário, considerando que há outras profissões que, apesar de estarem na mesma categoria, têm piso diferenciado, como é o caso de motoristas de carreta de rodovia e de carro leve. Assim, foi considerada válida a cláusula da Convenção.

    Luciana falou ainda a respeito da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre doença ocupacional e a covid-19. Ela informou que, em liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 6.342, o STF suspendeu os efeitos do artigo 29 da MP nº 927/2020.

    “Desse modo, é aplicável a lei vigente (nº 8.213/1991) sobre o tema. Com isso, é necessária a comprovação do nexo causal para determinar se é doença ocupacional”, informou a advogada, esclarecendo ainda que a CNC ingressou como amicus curiae (pessoa ou entidade estranha à causa, que vem auxiliar o tribunal, oferecendo esclarecimentos sobre questões essenciais ao processo) na ADI.

    Com relação à prorrogação dos efeitos das Medidas Provisórias nº 927 e nº 936, ambas de 2020, esclareceu que a ampliação é apenas relacionada aos efeitos, mas não alterou os prazos de 60 dias para suspensão e 90 dias para redução de jornada e salários.

    Relações Institucionais

    Na última etapa da reunião, o especialista executivo Reiner Leite, da Divisão de Relações Institucionais (DRI) da CNC falou sobre proposições de interesse do setor em tramitação no Congresso. Entre elas, a MP nº 936/2020 e a MP nº 927/2020.

    Segundo ele, na primeira foi mantido o texto aprovado na Câmara dos Deputados que prorroga os efeitos da medida até o final da pandemia.

    Dos dispositivos contidos na MP, ele destacou o pagamento do benefício emergencial pela União, a redução proporcional da jornada de trabalho e de salário e a suspensão temporária do contrato de trabalho (60 dias, podendo fracionar em dois períodos de 30 dias).

    Já a MP nº 927/2020, que trata da flexibilização trabalhista, estabelece, dentre outros pontos, a celebração de acordos individuais, a opção de home office, o gozo de férias – ainda que o período aquisitivo não tenha transcorrido –, a antecipação de feriados e a compensação de banco de horas.

    Em outro tema abordado, Leite anunciou que a DRI vai resgatar tratativas no Ministério da Justiça sobre o Decreto nº 9.450/2018, que institui a Política Nacional de Trabalho no âmbito do sistema prisional, voltada à ampliação e qualificação da oferta de trabalho e a formação profissional das pessoas egressas do sistema prisional. O decreto trata ainda de questões pertinentes às licitações de contratos da administração pública firmados pelo Poder Executivo.

    Finalmente, ele falou sobre a votação do Substitutivo da Câmara nº 6 de 2016 ao Projeto de Lei do Senado nº 135/2010 do Estatuto da Segurança Privada. A CNC, segundo ele, é favorável à proposição, mas com ressalva. “O substitutivo cria um regramento oportuno e razoável às empresas de segurança privada, trazendo segurança jurídica à sociedade civil e empresarial, para que possa cumprir a sua função social”, explicou.

    A ressalva é quanto à supressão do artigo 29, § 5º, que constava do texto aprovado na Câmara dos Deputados, em que o cumprimento da cota era vinculado ao quadro administrativo da empresa e não de todo o contingente efetivo da organização.

    Medidas emergenciais

    Último palestrante da reunião da CBS, o presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), Sérgio Approbato Machado Júnior, falou sobre as ações da entidade em relação às medidas emergenciais tomadas em função da pandemia do novo coronavírus. “Monitoramos o Legislativo e o Executivo, porque havia tantos projetos de lei quanto medidas provisórias sendo divulgados pelo governo federal e avaliados no Congresso Nacional”, disse.

    A Fenacon também orientou seus filiados sobre as medidas aprovadas, especialmente aquelas que visavam evitar o desemprego, as MPs nº 927 e nº 936, em particular.

    Approbato comentou também o que chamou de “ação forte” junto à Receita Federal, por meio de ofício, no mês de março, solicitando a postergação de todas as obrigações tributárias das empresas, principais e acessórias. Em abril, ele esteve com o secretário José de Assis Ferraz Neto para tratar deste e de outros temas.

    “Não foi só cobrança. Levamos a ele uma palavra de otimismo, falando como as empresas estão se modernização, investindo em inovação e tecnologia, certificação digital, criptografia da informação, isto é, as tendências do mercado num mundo digitalizado. E citei exemplos de novos procedimentos que vêm sendo adotados por muitos de nossos clientes.”

    Essas iniciativas, de acordo com o presidente da Fenacon, se incorporam a uma nova estrutura de operação das empresas, “dentro desse novo mundo que virá, com benefícios evidentes para que se faça, por exemplo, o controle de trabalho a distância, em função do crescimento natural, após a pandemia, do serviço em home office.”

    O dirigente falou com ênfase também da questão dos impostos, preocupação que, segundo ele, já existia antes da pandemia, se referindo aos projetos de lei que tratam da tributação de lucros e dividendos. As proposições eram consideradas ruins, levando Approbato a audiências com os senadores que estavam com a relatoria, Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Jean-Paul Terra Prates (PT-RN). Kajuru inclusive apresentou novo parecer ao projeto PLS nº 2.015/2019, que também reduz progressivamente o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.

    Ele comentou ainda os vários projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado que tratam da cobrança sobre grandes fortunas. “É uma injustiça. Qual é a base de sustentação desses projetos? É a variação patrimonial que têm as pessoas. Essa variação, em boa parte dos casos, não é gerada pela pessoa, mas fruto de herança. Há situações em que, quem recebe, muitas das vezes nem dinheiro para pagar o imposto tem. É muito injusto tributar com esse conceito.”

    Por fim, ele comentou a intenção no Congresso de passar rapidamente o projeto de reforma tributária, especialmente a Proposta de Emenda à Constituição nº 45/2019, cujo ponto central é a substituição de cinco tributos por um único imposto, que seria chamado de imposto sobre bens e serviços (IBS).

    “Na verdade, é uma PEC que só aumenta a carga tributária, pois só mexe com a tributação sobre consumo. E ainda estamos aguardando a proposta do governo federal, que se espera seja bem mais ampla e toque na questão da renda. Temos que ficar atentos a todas essas mudanças porque tem implicações na vida das empresas”, encerrou.

    Reunião

    Num balanço da reunião, o coordenador Edgar Segato afirmou que, “diante de muitas dúvidas em relação às legislações voltadas para as empresas publicadas ultimamente, a CBS teve uma pauta integrada com assuntos jurídicos, econômicos, sindicais e legislativos. O corpo técnico da CNC passou informações e esclareceu dúvidas, ajudando os empresários a interpretar e aplicar em seus negócios”. Para o dirigente, a reunião teve êxito, constatado a partir do retorno dos participantes, tanto em falas como em mensagens. “Temos um trabalho árduo pela frente, não será fácil, mas não recuaremos, não podemos esmorecer. Seguimos em frente porque somos um setor importante da sociedade, geramos muitos empregos, recolhemos muitos impostos e acreditamos no Brasil que está dando certo. Vamos construir, junto com a atual gestão da CNC, um mercado mais promissor para nossas empresas, para a sociedade como um todo”, concluiu.

  • Prorrogada MP que regulamenta benefícios e adia Lei de Proteção de Dados

    O presidente da Mesa do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, prorrogou por mais 60 dias a medida provisória que regulamenta o pagamento dos benefícios emergenciais criados para preservar a renda de trabalhadores que tiveram salário reduzido ou contrato de trabalho suspenso devido à pandemia do coronavírus. A MP 959/2020 também adia a entrada em vigor da Lei Geral da Proteção dos Dados Pessoais (LGPD — Lei 13.709, de 2018), de agosto deste ano para maio de 2021. O ato que oficializa a prorrogação foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (29).

    De acordo com a MP, os benefícios (criados por uma medida provisória anterior, a MP 936/2020, que instituiu o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e Renda) serão custeados com recursos do Orçamento da União. Pelo texto, caberá ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal transferir os pagamentos para os bancos onde os trabalhadores beneficiados tenham conta bancária.

    Isso valerá tanto no caso do benefício emergencial de R$ 600 mensais para empregados com contrato de trabalho intermitente quanto nos pagamentos de parte da remuneração para trabalhadores que tiveram salário e jornada de trabalho reduzidos ou os contratos suspensos temporariamente, para que não fossem demitidos. Nos casos de perda de salário, as parcelas referentes ao benefício não têm valor definido, podendo variar de R$ 261,25 a R$ 1.813,03, segundo o percentual de redução acordado. Já os contratos suspensos preveem o pagamento de 100% do valor do seguro-desemprego.

    Ainda conforme a MP, cada empresa deverá informar ao governo os dados das contas bancárias de seus empregados, desde que tenham a concordância deles.  No caso dos beneficiados que não tenham conta bancária, caberá ao Banco do Brasil ou à Caixa abrir uma conta digital automática específica em nome de cada um, onde os pagamentos serão feitos. Para a abertura dessas contas, será dispensada a apresentação de documentos por parte dos trabalhadores e não será cobrada tarifa de manutenção. Mas nesses casos os beneficiados deverão estar atentos, pois se os recursos não forem movimentados em 90 dias voltarão para o governo.

    A MP aguarda análise nos Plenários da Câmara e do Senado, que devem seguir o rito sumário de tramitação das medidas provisórias definido pelo Congresso Nacional em virtude da situação de calamidade pública.

    Fonte: Agência Senado