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  • FBHA apoia reabertura gradual de hotéis e restaurantes com ações preventivas contra o coronavírus

    De acordo com o Ministério da Saúde, os estados e municípios podem avaliar as ações de isolamento caso a região não tenha ultrapassado 50% de ocupação dos serviços de saúde.

    A medida foi publicada em 13 de abril, por meio do Boletim Epidemiológico 7, com o objetivo de promover o retorno gradual da circulação das pessoas nas cidades.

    Vale destacar que, por outro lado, os locais que apresentarem coeficiente de incidência 50% superior à estimativa nacional – de casos por 100 mil habitantes – não poderão optar pela seletividade do distanciamento social até que o suprimento de equipamentos e profissionais da saúde esteja disponível para o atendimento geral da população.

    Essa situação já ocorre nas seguintes regiões: Distrito Federal (DF), Amazonas (AM), Ceará (CE), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Apesar de não terem atingido o valor, Rio Grande do Norte (RN) e Roraima (RR) se aproximam da taxa e estão sob análise de crescimento de casos.

    Visando proporcionar a volta de alguns serviços no Distrito Federal (DF), o governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou, na última sexta-feira (10), a reabertura das lojas de móveis e eletrodomésticos. As atividades voltadas às instituições do Sistema S – Senai, Sesc, Sesi, Senac, Senar, Sescoop, Sest, Sebrae e Senat – também retornaram. 

    Também no início do mês de abril, as feiras permanentes puderam voltar a funcionar, entretanto, foi solicitada uma série de medidas para evitar a transmissão do vírus. Para o êxito do funcionamento destes estabelecimentos, a Gerência de Alimentos da Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa) instruiu os espaços a reforçarem procedimentos de higiene. 

    “Vemos uma movimentação de reabertura em alguns segmentos na capital federal e também em outras regiões do Brasil. Sabemos da importância do isolamento social para o auxílio da saúde pública e defendemos essa medida para que o país se recupere o quanto antes. Aos poucos, as coisas vão se normalizar e, quando chegar este momento, teremos que reerguer a economia e os setores afetados pela pandemia”, informa Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).
     
    Juntamente com o trade turístico, a FBHA busca minimizar os efeitos negativos gerados pelo coronavírus. O setor foi considerado um dos mais afetados pela pandemia, perdendo R$ 11,96 bilhões em volume de receitas, na segunda quinzena de março, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para evitar um colapso econômico, a federação solicitou medidas mais assertivas do governo federal ao longo do mês de março.

    Para o setor de hospedagem e alimentação, a expectativa para o retorno das atividades é grande. “Estamos antenados nas medidas adotadas na reabertura destes segmentos que foram autorizados pelos decretos até o presente momento. Queremos que os estabelecimentos tomem todas as precauções necessárias, seguindo as orientações do Ministério da Saúde, para que o atendimento, tanto em hotéis quanto em restaurantes, seja feito com toda a segurança possível”, complementa Sampaio. 

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  • Sesc Mesa Brasil Parolin realiza entrega de doações em Curitiba

    Devido à pandemia, essas famílias em situação de vulnerabilidade e risco social têm aumentando significativamente, pois são formadas por trabalhadores informais. O Mesa Brasil está atendendo a essa demanda de forma emergencial, com produtos in natura e industrializados. 

    A Associação de Moradores e Amigos do Jardim Santos Andrade e a Igreja Avivamento Bíblico, de Curitiba, receberam 2.875 Kg de alimentos repassados pelo Programa Mesa Brasil, do Sesc PR, na última quinta-feira (23). Na Associação de Moradores foram atendidas 250 famílias do bairro Campo Comprido, e a Igreja repassou as doações a 50 famílias de comunidades do Bairro Tingui.  

    Segundo os representantes das Instituições, os produtos são muito benéficos às famílias devido à variedade e ao valor nutricional. 

    As doações para a Campanha Emergencial do Mesa Brasil pode ser feita nas unidades do Sesc espalhadas pelo Paraná e no Senac, nas cidades de Castro, Irati, Prudentópolis e São Mateus do Sul.

    Acesse o site do Mesa Brasil Sesc Paraná e saiba como e o que doar.

  • Fecomércio RJ estimula a transformação digital no comércio

    Mais do que nunca, presença online virou palavra de ordem para o comércio. Ciente das dificuldades de empresários e pequenos comerciantes ingressarem no mercado e-commerce, a Fecomércio-RJ acaba de anunciar uma novidade que tem o potencial de realizar uma verdadeira transformação digital no setor de comércio de produtos e serviços. 

    Pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises – IFec RJ mostra que, atualmente, 75% das empresas não comercializam seus produtos online. O índice aponta uma fragilidade do setor, que fica ainda mais evidente em um cenário de circulação restrita pela pandemia de Covid-19.

    Pensando nisso, a Fecomércio RJ firmou uma parceria com a Convem, empresa dedicada à criação de lojas online. Ao acessar o site https://www.convemstore.com/fecomercio e seguir o passo a passo indicado, rapidamente será possível ingressar no ambiente virtual com o seu negócio e potencializar suas vendas.

    Além de apoio técnico para a solução, a Convem garante treinamento em vendas e marketing para capacitar a equipe, incluindo promoção nas redes sociais e posicionamento no Google. O Sebrae RJ é, também, parceiro nesta iniciativa, garantindo a credibilidade e o suporte necessário.

    “Com quatro anos de mercado, experiência de 200 lojas parceiras e mais de 5 mil clientes, podemos garantir que os pequenos e médios negócios tenham uma transição rápida e eficiente para o ambiente digital, com todo suporte necessário, não somente ferramental, mas também com orientações de como potencializar suas vendas, realizar promoções e até mesmo se aproximar de seus clientes. Essa iniciativa da Fecomércio RJ é fundamental para o ambiente de negócios online do Estado e tem o poder de transformar o dia a dia dos comerciantes”, explica o fundador da plataforma, Luiggi Senna.

    As empresas que adquirirem o serviço pelo site da Fecomércio-RJ ou por meio do site dos sindicatos filiados não terão qualquer despesa de implantação, tendo como investimento somente a taxa de comissionamento cobrada pela empresa responsável.   

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  • Boletim Informativo Diário (BID) 066/2020

    DESTAQUES:

    Sancionada lei dispondo sobre as relações financeiras entre a União e o Banco Central do Brasil

    Divulgado o valor médio da renda mensal do total de benefícios pagos pelo INSS para o mês de abril de 2019

    Sancionada lei do Estado do Rio de Janeiro que modifica a norma dispondo sobre a proibição de cobrança por uso de banheiro instalado em shopping centers, centros comercias, galerias, supermercados e quaisquer outros estabelecimentos coletivos voltados para o comércio de modo geral

    DESTAQUES:
    •    Exonerado o Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública.
    •    Sancionada lei que proíbe as exportações de produtos médicos, hospitalares e de higiene essenciais ao combate à epidemia de coronavírus no Brasil.
    •    Divulgados requisitos para o livre comércio de produtos de origem animal.
    •    Estabelecidos critérios e procedimentos relativos ao recebimento de informações, concessão e pagamento do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.
    •    INSS disciplina alterações na EC que altera o sistema de previdência social e estabelece regras de transição e disposições transitórias, e na MPV que institui o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo e altera a legislação trabalhista.
    •    Prefeitura do Rio de Janeiro suspende até o dia 2 de maio de 2020 o funcionamento de feiras livre.

  • Fecomércio-MA orienta sobre Acordos Individuais

    A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) orienta que as empresas do comércio que realizarem Acordos Individuais com seus empregados para redução de jornada de trabalho ou suspensão dos contratos, deverão encaminhar os documentos para conhecimento do respectivo Sindicato Laboral.

    O encaminhamento pode ser feito de forma eletrônica (e-mail). Na Grande Ilha, existem dois sindicatos que representam os comerciários. O Sindicato dos Empregados no Comércio de São Luís (atendimento@sindcomerciarios-ma.com.br) e o Sindicato dos Empregados no Comércio de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa (sindsjribamar3m@hotmail.com).

    Os municípios que não possuem Sindicato Laboral devem comunicar à Federação dos Empregados no Comércio e Serviços do Estado do Maranhão (Fecema) nos e-mails fecemaslz@gmail.com ou jrrodrigocomerciario9@gmail.com.

    A Fecomércio-MA orienta ainda, que a notificação da realização do Acordo Individual ao Sindicato Laboral tem o único objetivo de dar ciência à entidade que representa os empregados, ao qual caberá eventual análise sobre irregularidades do documento. No entanto, não caberá questionamento por parte do Sindicato Laboral se o Acordo Individual estiver em conformidade com a MP 936/2020. Além disso, o Sindicato Laboral não poderá realizar qualquer cobrança ou recolhimento de taxas para receber os Acordos Individuais.

  • Efeitos da pandemia são vistos com pessimismo por economistas

    27/04/2020

    A pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE) revelou um aumento do número de variáveis analisadas com pessimismo em relação ao levantamento anterior, de três para seis. A análise, realizada em parceria pela Fecomércio-CE e o Conselho Regional de Economia (Corecon-CE), tem periodicidade bimestral e colheu no período março-abril as expectativas de 105 especialistas em economia.

    Os resultados da pesquisa refletem sobretudo o avanço da pandemia da covid-19 no Brasil e no mundo. De acordo com o levantamento, os três índices que compõem o levantamento, de percepção geral (74,4 pontos), de percepção futura (79,7 pontos) e de percepção presente (69,1 pontos), registraram expressivo pessimismo dos analistas consultados em relação ao quadro econômico nacional e internacional.

    A pesquisa pontua de zero a 200 pontos as variáveis analisadas. Abaixo de 100 pontos configura-se uma situação de pessimismo e acima desse valor, otimismo.

    Variáveis

    Em relação à pesquisa anterior, o número de variáveis percebidas com pessimismo saltou de três para seis: gastos públicos (76,8 pontos); nível de emprego (49,0 pontos); evolução do PIB (47,4 pontos); taxa de câmbio (43,8 pontos); salários reais (39,7 pontos) e cenário internacional (36,1 pontos). Apenas três variáveis foram analisadas com otimismo: oferta de crédito (144,3 pontos), taxa de juros (129,4 pontos) e taxa de inflação (103,1 pontos).

    Sobre o comportamento futuro das variáveis, a pesquisa também apresenta aumento no pessimismo, de 33,2%. Além disso, cabe destacar que a percepção sobre o desempenho presente revelou uma piora nas expectativas de 37,6%, registrando 69,1 pontos.

    A amostra reúne profissionais dos mais diversos setores da economia cearense: indústria, agricultura, setor público, mercado financeiro, comércio e serviços. Economistas, empresários, consultores, executivos de finanças, professores universitários, pesquisadores, analistas e dirigentes de entidades diversas contribuíram com suas percepções.

  • Coronavírus: recomendação aos corretores

    Empresas brasileiras foram forçadas a se adaptar com a pandemia da Covid-19, que levou o governo a implantar uma série de medidas legais.

    Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados (Fenacor) que, desde o início de fevereiro, decretos estão sendo publicados em relação à saúde pública, quarentena, adoção de home office e serviços essenciais, buscando minimizar a exposição de pessoas ao vírus e, ao mesmo tempo, evitar que as empresas possam ir à falência.

    A entidade recomenta que os corretores de seguros que fique atentos a todas as atualizações do governo para colaborar no combate ao Covid-19 e, ao mesmo tempo, não sofrer penalidades. E diz que tem, diariamente, acompanhado medidas adotadas em níveis municipal, estadual e nacional, que devem ser obedecidas. Nesse momento, a prudência e o acompanhamento diário das determinações são fundamentais.

    Fatos

    No dia 3 de fevereiro, o ministro Luiz Henrique Mandetta declarou emergência em saúde pública através da Portaria do Ministério da Saúde nº 188 e em 6 de fevereiro o presidente Jair Bolsonaro assinou a Lei Federal nº 13.979 listando procedimentos para enfrentamento da emergência, entre elas o isolamento e a quarentena.

    Em 17 de março, o ministro Sérgio Moro publicou a Portaria Interministerial MJSP nº 005 determinando penalidades para quem descumprir a medida de quarentena.

    No dia 20 de março, o presidente Jair Bolsonaro já havia determinado, pela Medida Provisória nº 926 e o Decreto nº 10.282 restrição de entrada e saída do País e definido as atividades essenciais que deverão ser mantidas. Com a Medida Provisória nº 927 apresentada pelo presidente no dia 22 de março e depois com a Medida Provisória nº 936 de 1º de abril, foram definidas ainda novas situações trabalhistas, que podem ser adotadas pelas empresas no período da pandemia.

    Além disso, no Rio Grande do Sul, o governador divulgou o Decreto Estadual nº 55.154 com regramentos para o estado.

    O presidente do Sincor-RS, Ricardo Pansera, indica aos corretores a lerem e acompanharem todas as atualizações, sempre publicadas na Newsletter da entidade.

    “Estamos atentos para auxiliar a categoria dos Profissionais e das Empresas Corretoras de Seguros. Como profissionais e empreendedores, devemos implantar em nossas empresas a melhor sistemática possível, visando preservar nossos colaboradores e familiares e manter o atendimento aos clientes”, conclui Pansera.

     

  • Plenário pode votar hoje MP que transforma Embratur em agência autônoma

    O Plenário da Câmara dos Deputados poderá votar hoje duas medidas provisórias: a MP 907/19, que transforma a Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo) em agência autônoma; e a MP 913/19, que autoriza o Ministério da Agricultura a prorrogar contratos temporários de servidores da área de tecnologia da informação e comunicação. A sessão virtual está marcada para as 13h55.

    Entre outros pontos, a MP 907/19 também destina à nova Embratur parte dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) antes destinada ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

    Segundo minuta de relatório do deputado Newton Cardoso Jr (MDB-MG), essa agência atuará também na repatriação de brasileiros retidos no exterior em razão do fechamento de portos e aeroportos por causa da pandemia de Covid-19.

    A MP 907 também acaba com a cobrança de direitos autorais sobre as músicas executadas no interior dos quartos de hotéis e cabines de navios. A alteração é feita na Lei dos Direitos Autorais.

    Outro ponto tratado no texto é o escalonamento, até 2024, do aumento do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) cobrado por remessas ao exterior destinadas à cobertura de gastos pessoais de brasileiros em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais.

    Até 2019, incidiam 6% sobre as remessas. Os aumentos gradativos levam a alíquota a 15,5% em 2024.

    Servidores
    A outra medida provisória na pauta (MP 913/19) autoriza o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a prorrogar por até um ano o contrato temporário de nove servidores da área de tecnologia da informação e comunicação empregados pela pasta.

    De acordo com a exposição de motivos da medida provisória, os nove servidores temporários são responsáveis pela gestão de 17 contratos e pela manutenção de 48 sistemas de informações.

    Fonte: Agência Câmara 

  • Linha de crédito para pequenos negócios vai a sanção

    O Senado aprovou por unanimidade em sessão virtual na sexta-feira (24/04) projeto de lei que concede uma linha de crédito especial para pequenas e microempresas pedirem empréstimos de valor correspondente a até 30% de sua receita bruta obtida no ano de 2019. Do senador Jorginho Mello (PL-SC), o PL 1.282/2020 foi aprovado na Câmara na quarta-feira (22), na forma de um substitutivo da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), e retornou ao Senado devido às mudanças. Agora, o texto segue para sanção. 

    O projeto original foi relatado pela senadora Kátia Abreu (PP-TO). No retorno da matéria ao Senado, Katia apresentou um novo parecer, acatando as mudanças feitas pela Câmara, com ajustes de redação. A senadora elogiou o trabalho de Joyce Hasselmann. 

    — Ela não fez nada sem nos consultar, mostrando desprendimento. Todas as nossas sugestões, já que pelo avanço da hora, pelo apressado do dia da primeira votação do Senado, muitas coisas boas deixaram de ser feitas. Então, a deputada incluiu essas modificações e também acrescentou coisas maravilhosas — afirmou. 

    Kátia também defendeu a redução de 50%, prevista no texto original, para 30% do faturamento como condição para que as empresas tenham acesso ao crédito. Segundo ela, a medida, instituída pelo substitutivo, possibilita que um número maior de micro e pequenas empresas peguem o dinheiro. A relatora ressaltou ainda a ampliação do número de instituições financeiras participantes do programa. 

    Parecer

    Em seu novo relatório, Kátia considerou positiva a mudança operacional feita pelos deputados no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), instituído pelo projeto. Ela afirmou que, na atual conjuntura, o que tem mais inviabilizado o acesso ao crédito é a percepção do aumento do risco de inadimplência, “o que gera um represamento de recursos disponíveis nos bancos”.  

    A senadora fez algumas mudanças de redação no texto. Excluiu dispositivos incluídos pela Câmara que acabavam com o controle de jornada de trabalho para o profissional que atua nas operações e concessões de crédito. Segundo Kátia, as determinações não têm relação com a política de microcrédito, nem com a urgência advinda da pandemia de coronavírus, mas com legislação trabalhista.

    Empregos

    Tanto o projeto de Jorginho quanto o substitutivo da Câmara aproveitam parte da MP 944/2020, pela qual o governo instituiu o Programa Emergencial de Suporte a Empregos, voltado a negócios maiores. Na MP e no texto do Senado, a proposta proibia a demissão sem justa causa, da data do contrato até 60 dias após o fim do pagamento da última parcela do empréstimo. 

    Já o substitutivo de Joyce Hasselmann prevê que nesse intervalo de tempo a empresa deve manter, pelo menos, a mesma quantidade de empregos existente na época da assinatura do crédito. 

    Kátia explicou  que o dispositivo preserva a quantidade de empregos, sem a obrigação de o empresário manter a especialidade da função. Medida necessária, segundo apontou, por conta da crise. Ela citou o exemplo das empresas de alimentação, que mudaram o modo de operação e estão entregando por sistema de delivery

    — Elas não vão precisar mais dos trabalhadores do balcão; elas vão precisar mais de entregador, aquele que sabe dirigir uma moto, e vão precisar mais de cozinheiros. Então, elas poderão fazer a substituição — explicou.  

    A líder do Cidadania, senadora Eliziane Gama (MA), apresentou um pedido para derrubar essa medida com o intuito, segundo ela, de garantir a manutenção de todos os empregos e também das vagas. O destaque teve apoio de senadores como Esperidião Amin (PP-SC), Zenaide Maia (Pros-RN) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Mas, como não teve os votos necessários, foi rejeitado. 

    Kátia esclareceu que o dispositivo não trata de redução de salário, nem de demissões. Ela argumentou que, caso os empresários não tivessem essa mobilidade, a crise provocada pela pandemia de coronavírus poderia levar muitos à falência. 

    — Nós precisamos deixar todas as portas, janelas e chaminés abertas contra o desemprego. Vamos abrir o coração para que tudo seja feito para manter essas empresas de pé. Não vamos encarar isso como uma porteira aberta para demissões. É por extremíssima necessidade — ponderou. 

    Recursos

    A intenção da proposta é garantir recursos para as empresas e manter os empregos durante o período de calamidade pública decorrente da pandemia do coronavírus. De acordo o substitutivo, em vez de a União fazer repasses diretamente aos bancos para cada operação de empréstimo, será concedida uma garantia de até 85% do valor emprestado. O limite global da garantia para todos os empréstimos será de R$ 15,9 bilhões, por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO-BB), a ser gerido pelo Banco do Brasil. 

    A taxa anual que poderá ser cobrada no empréstimo é a Selic (atualmente em 3,75%) mais 1,25%. No cenário atual, a taxa final, sem encargos, será de 5% ao ano. O prazo de pagamento será de 36 meses, com carência de oito meses para começar a pagar as parcelas. Durante o período de carência, o empréstimo será corrigido apenas pela taxa Selic vigente. 

    O auxílio poderá ser pedido em qualquer banco privado participante e no Banco do Brasil, que coordenará a garantia do empréstimo. Outros bancos públicos que poderão aderir são a Caixa Econômica Federal, o Banco do Nordeste do Brasil, o Banco da Amazônia e bancos estaduais. O texto permite a participação ainda de agências de fomento estaduais, de cooperativas de crédito, de bancos cooperados, de instituições integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro, das fintechs (bancos virtuais) e outras instituições de crédito autorizadas a operar pelo Banco Central do Brasil, e das organizações da sociedade civil de interesse público de crédito. 

    Pronampe

    Os recursos recebidos no âmbito do Pronampe poderão ser usados para qualquer atividade empresarial, como investimentos e capital de giro isolado ou associado. O valor global do programa passou dos R$ 34 bilhões, previstos na MP 944/2020, para R$ 10,9 bilhões, na versão do Senado, e para R$ 15,9 bilhões, na redação da Câmara. 

    Joyce Hasselmann explica que a foi a negociação possível para ajudar o setor. “As micros e pequenas empresas são responsáveis por 44% da massa salarial do país e respondem por 59% das compras públicas”, afirma. 

    Beneficiários

    O público-alvo são empresas com receita bruta de até R$ 4,8 milhões ao ano, segundo definido no Estatuto da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123, de 2006). Nenhuma empresa com histórico ou condenação por irregularidades relacionadas a trabalho em condições análogas às de escravo ou ao trabalho infantil poderá obter o empréstimo pelo programa. 

    Os empréstimos poderão ser solicitados no prazo de três meses, contados da data de publicação da futura lei, prorrogáveis por igual período. 

    Parcelamentos

    Para o contribuinte, pessoa física ou jurídica de qualquer porte, que tenha débito parcelado na Receita Federal ou na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), o texto concede um prazo de 180 dias para o pagamento de prestações desses parcelamentos. Ao fim dessa moratória, o devedor poderá quitar o valor suspenso, sem juros e multas, em parcela única. 

    Outra opção para o contribuinte será parcelar em seis prestações mensais a partir do mês seguinte ao do último mês do parcelamento normal. Geralmente, os débitos são parcelados em cerca de 120 meses. 

    Uma terceira alternativa será pagar juntamente com as prestações normais depois dos 180 dias. Nesse caso, o total que deixou de ser pago será dividido em 24 parcelas mensais e sucessivas. Para a parcela única, não haverá incidência de juros ou multas. Nas outras opções, correrão apenas juros pela taxa Selic mais 1% ao ano. 

    Kátia Abreu observou que a medida, inserida pela Câmara, é necessária porque os empresários que não estão conseguindo quitar compromissos como folha de pagamento, aluguel e fornecedores, também não têm recursos para deixar em dia os tributos com a Receita. 

    — O governo criou um pouco de caso durante a discussão, mas, no fim, acabou entendendo que, se não suspendesse, ninguém ia pagar. Não porque não quer, não é se aproveitar da crise, mas por não ter. 

    Condições

    Os bancos públicos deverão priorizar as contratações de empréstimo pelo Pronampe, até mesmo utilizando, quando cabível, recursos dos fundos constitucionais de financiamento. Como instrumento complementar ao FGO-BB, poderá ser utilizado o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). 

    Embora empreste com garantia de até 85% do fundo garantidor, a instituição não poderá usar como fundamento para negar o empréstimo a existência de anotações em bancos de dados, públicos ou privados, que impliquem restrição ao crédito, inclusive protesto. Na concessão do empréstimo, poderá ser exigida apenas a garantia pessoal do contratante, em montante igual ao empréstimo contratado, acrescido dos encargos. 

    A exceção é para empresas abertas e em funcionamento a menos de um ano, cuja garantia pessoal poderá alcançar até 150% do valor contratado, mais acréscimos.

    As instituições financeiras serão dispensadas de exigir certidões ou seguir restrições para a concessão do empréstimo, como de regularidade com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e com a Previdência Social (Certidão Negativa de Débito – CND), regularidade eleitoral ou de pagamento do Imposto Territorial Rural (ITR). 

    Os bancos públicos estão dispensados ainda de consultar o Cadin, cadastro de restrição para contratos com o governo federal. Terão, entretanto, de seguir as normas da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020 (Lei 13.898, de 2019).

    O projeto prevê que a Receita Federal encaminhará ao Banco Central as informações sobre as empresas optantes pelo regime de tributação diferenciada do estatuto, o Simples Nacional. 

    Na hora da concessão do empréstimo, o banco deverá obter concordância expressa do interessado para acessar as informações da empresa junto ao Banco Central. Se o contratante desejar receber oferta de ajuda e de ferramentas de gestão por parte do Sebrae, deverá autorizar o repasse de dados cadastrais ao serviço. 

    Os valores não utilizados para garantia das operações pelo FGO-BB, assim como os valores recuperados em ações de cobrança, deverão ser devolvidos à União e serão integralmente utilizados para pagamento da dívida pública de responsabilidade do Tesouro Nacional. 

    Caráter especial

    O projeto veda a destinação dos recursos do empréstimo para fins de distribuição de lucros e dividendos. O texto aprovado prevê que nenhuma empresa poderá ser proibida de acessar o benefício por estar com restrições ao crédito. Kátia Abreu explicou que todos os empreendimentos estão sujeitos a negativação, mediante a crise, e, portanto, todos os casos devem ser tratados de maneira especial. Ela inseriu um dispositivo no texto que impede o Executivo de vetar a medida. 

    — Se nós não tratarmos o momento especial de forma especial, nós não encontraremos, depois de tanto sacrifício como este de aprovar o Pronampe, a quem emprestar — observou a relatora. 

    Após o prazo para contratações, a proposta autoriza o Poder Executivo a adotar o Pronampre como política oficial de crédito, com o objetivo de consolidar os pequenos negócios no país.

    Fonte: Agência Senado

  • Lei proíbe exportação de produtos usados no combate ao coronavírus

    Está proibida a exportação de produtos médicos, hospitalares e de higiene essenciais ao combate à epidemia de coronavírus no Brasil. É o que determina a Lei 13.993, de 2020, sancionada na quinta-feira (23) pelo presidente Jair Bolsonaro e publicada no Diário Oficial da União da sexta-feira (24).

    A lei, proveniente do PL 668/20, de iniciativa dos deputados Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ) e Carmem Zanotto (Cidadania-SC), determina que a proibição deve permanecer enquanto durar a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), em decorrência do novo coronavírus.

    Com a sanção do presidente, fica proibida a exportação de itens como luvas, aventais impermeáveis, óculos de proteção, gorros, máscaras cirúrgicas, protetores faciais, camas hospitalares, ventiladores pulmonares e monitores multiparâmetros. O projeto também autoriza o Executivo a incluir outros produtos e equipamentos à restrição de exportação. 

    A relatora no Senado, senadora Eliziane Gama (Cidadania –MA), defendeu a matéria argumentando que, neste momento de crise, o Brasil não pode abrir mão de sua produção de insumos de saúde, fundamentais para o controle da doença.

    “A medida tem o condão de preservar os interesses e a saúde da população brasileira, em meio a um cenário de crise que se mostra cada vez mais preocupante”, analisou a senadora.

    A proposta foi aprovada no Plenário do Senado no dia 25 de março, com modificações feitas pela relatora. Ao retornar à Câmara, os deputados rejeitaram a mudança e mantiveram o texto original.

    Fonte: Agência Senado