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  • A economia nos embalos do turismo

    Marcelo Álvaro Antônio*

    O Brasil contabiliza importantes e sucessivos avanços na estruturação do Turismo durante o novo governo, a partir do atendimento de antigas reivindicações de empresários do setor. As medidas aprimoram as condições para o investimento privado no País e cativam a atenção de atores mundiais do ramo, abrindo perspectivas promissoras de melhorias na área.

    Quatro empresas internacionais low costs autorizadas a operar voos para o Brasil e uma queda média de 23% nos preços das passagens. Alta de 25% na chegada de estrangeiros de junho a agosto, após a isenção de vistos a países estratégicos.

    Além de evidenciar o impacto econômico positivo de medidas adotadas pelo governo Jair Bolsonaro, resultados como estes reforçam um compromisso que certamente elevará o Turismo a um novo patamar: a melhoria do ambiente de negócios.

    Temos um cenário totalmente novo no setor, que pela primeira vez é prioridade na pauta federal e se beneficia de uma economia verdadeiramente liberal. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o segmento gerou 25 mil empregos diretos e indiretos a mais em julho na comparação com o mesmo período de 2018. Enquanto a economia nacional cresceu 0,4% de janeiro a julho, o Turismo registrou expansão de 3,2%, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A atenção ao setor conta agora com um importante aliado: o presidente da República. Grande entusiasta do Turismo, Bolsonaro, de forma inédita, abriu espaço na agenda não apenas para receber o trade e ouvir pleitos, mas também para abraçar bandeiras do ramo e torná-lo protagonista de mudanças que vão colocar o Brasil no merecido lugar de destaque. Prova disso é a edição da Medida Provisória (MP) nº 907/2019, chamada de “A Hora do Turismo”, que materializa antigas reivindicações e elimina obstáculos no segmento, levando à redução do custo de se viajar no Brasil. A iniciativa vai melhorar o ambiente de negócios e o ordenamento jurídico do Turismo, proporcionando a geração e a manutenção de empregos.

    De olho na atração de turistas estrangeiros, a MP também transforma o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), responsável pela divulgação do Brasil no exterior, em Agência de Promoção Turística Internacional. O modelo torna a gestão mais contemporânea, calcada em parcerias efetivas junto à iniciativa privada, tendo garantidos mecanismos facilitadores de sua atuação no mercado externo. Isso vai ao encontro das metas do Plano Nacional do Turismo 2018-2022, de aumentar de 6,6 milhões para 12 milhões o número de estrangeiros no Brasil; e de elevar a receita com turismo internacional dos atuais US$ 5,9 bilhões para US$ 19 bilhões.

    Outras medidas aprimoram a capacidade turística do País. Um exemplo vem dos parques temáticos, que, apoiados pelo Ministério do Turismo (MTur), conquistaram a isenção permanente de imposto sobre a importação de equipamentos. Para se ter uma ideia das perspectivas, o segmento fatura mais de R$ 3 bilhões por ano no Brasil, recebe 30 milhões de visitantes e gera 15 mil empregos diretos e 100 mil indiretos. Com a novidade, que supera um grande entrave ao desenvolvimento do ramo, a expectativa é de um robusto avanço num setor que, mundo afora, já recebe mais de 500 milhões de visitantes por ano.

    Também trabalhamos pelo melhor aproveitamento dos nossos patrimônios mundiais culturais e naturais, que ainda ostentam um enorme potencial subaproveitado. Um deles é a Rota das Missões Jesuítas, que une destinos sul-americanos e que, graças a um acordo junto ao Mercosul, com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), recebe estrutura para se tornar um dos maiores destinos religiosos do mundo. Na mesma linha, o governo atua para aprimorar o receptivo turístico e promover ícones como Angra dos Reis – RJ, Jalapão – TO, Lençóis Maranhenses – MA, Serra da Capivara – PI e a Rota das Emoções (Maranhão, Ceará e Piauí).

    As melhorias são reforçadas pelo Investe Turismo, programa do MTur que tem como foco a estruturação, a promoção e o incentivo a negócios em 30 rotas nacionais estratégicas. As ações, organizadas em conjunto com a Embratur e o Sebrae, dispõem de um aporte inicial de R$ 200 milhões, e outros R$ 300 milhões serão destinados a uma segunda etapa. Fase esta em que avançaremos na oferta de terminais rodoviários de passageiros integrados a aeroportos. Um primeiro projeto deve ocorrer em Belo Horizonte – MG, com uma unidade que permita, a bordo de ônibus, conhecer atrativos locais ao desembarcar.

    Parceria é igualmente a palavra de ordem da gestão compartilhada de áreas da União, que permitirá o uso de espaços ociosos, como no nosso extenso litoral. Paralelamente, o MTur trabalha junto ao governo de Portugal pela implementação do Programa Revive, um projeto de proteção e aproveitamento turístico de imóveis do Estado com valor arquitetônico, histórico e cultural que não sejam adequadamente explorados. O objetivo é, novamente em conjunto com a iniciativa privada, valorizar o patrimônio público, de forma a diversificar a oferta turística nacional.

    A utilização de propriedades da União abre espaço ainda à expansão de cruzeiros marítimos, com a disponibilização de equipamentos como marinas. Tais melhorias vão permitir ao Brasil retomar o protagonismo nesta indústria, que já chegou a ter 20 navios na costa nacional durante a temporada 2010/2011, mas que atualmente oferece sete embarcações. O segmento conta ainda com iniciativas como a autorização à construção de portos com terminais de passageiros exclusivos para cruzeiristas, cuja primeira unidade, de um total de 15 no País, vai se concretizar em Balneário Camboriú – SC.

    O Brasil também busca ampliar o turismo em unidades ambientais, com a participação privada na exploração de serviços ao visitante. Apesar de o País ter uma das maiores biodiversidades do planeta, o que forma um cenário fértil ao ecoturismo – sempre aliado à preservação –, parques nacionais receberam 11,7 milhões de pessoas no ano passado, número muito aquém das possibilidades. A mudança de paradigma na exploração destas unidades, que em várias partes do mundo constituem importantes ativos do Turismo, é um dos nortes do governo.

    O Turismo se beneficia ainda do Programa de Parcerias e Investimentos, voltado a concessões e privatizações de equipamentos como aeroportos e portos, despertando interesse internacional e contribuindo para melhorar a nossa conectividade. A iniciativa ajuda a explicar por que, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil virou o quarto principal destino de recursos do G-20. Contrariando tendências verificadas em algumas das maiores economias do mundo, o País recebeu US$ 28 bilhões no primeiro semestre de 2019, atrás apenas de Estados Unidos, China e França; e à frente de Índia, Canadá, Austrália e Alemanha.

    Ciente de que o Turismo reúne todas as condições para se tornar o próximo grande vetor de crescimento do Brasil, onde já responde por 8,1% do PIB e 7,5% do total de empregos, a atual gestão trata o setor com atenção estratégica. Não por acaso, conquistamos vaga no Conselho Executivo da Organização Mundial do Turismo (OMT), entidade que, como reconhecimento, pela primeira vez em 40 anos, vai celebrar o Dia Mundial do Turismo de 2020 no Brasil. E mais: de forma inédita na América do Sul, implantará no País uma unidade do Wakalua, maior incubadora de startups do planeta, a fim de incentivar inovações.

    As sucessivas conquistas alcançadas pelo Brasil pavimentam uma sólida base para enfrentarmos desafios à consolidação do Turismo como uma das principais molas propulsoras do desenvolvimento. Sob a liderança de Jair Bolsonaro – e em permanente parceria junto ao trade –, veremos o setor impulsionar cada vez mais a formação de riquezas no País. E isso não significa apenas bons resultados econômicos: representa a garantia de oportunidades, com geração de emprego, renda e inclusão social a partir do adequado aproveitamento de todas as nossas virtudes.

     

    *Marcelo Álvaro é ministro do Turismo, cursou Engenharia Civil pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH) e é deputado federal licenciado. Foi vereador por Belo Horizonte e conquistou dois mandatos na Câmara dos Deputados, onde integrou a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo.

  • Projeto obriga imobiliárias a emitir quitação mensal para locadores e locatários

    O Projeto de Lei n° 6.456/19 obriga as imobiliárias a entregar mensalmente a locadores, locatários e condôminos a quitação dos débitos pagos. A proposta, da deputada Edna Henrique (PSDB-PB), tramita na Câmara dos Deputados.

    “Cremos ser de suma importância o fornecimento de garantias ao consumidor quanto ao pagamento de suas contas, minimizando a necessidade de manter em arquivo comprovantes de pagamentos”, justifica a parlamentar.

    O texto acrescenta a obrigação à Lei 12.007/09, que trata da emissão de declaração de quitação anual de débitos pelas empresas prestadoras de serviços públicos ou privados.

    O objetivo de Edna Henrique é eliminar qualquer dúvida sobre a aplicabilidade da lei na relação entre administradora e locadores, locatários e condôminos, que nem sempre são considerados consumidores.

    “Ante a ausência de relação jurídica com os locatários e condôminos, é difícil estender-lhes o benefício instituído pela lei, uma vez que ela só impõe o envio de instrumento de quitação anual para os consumidores”, argumenta a deputada.

    “Considerando que a administradora de imóveis exerce profissionalmente atividade econômica, não há como deixar de considerá-la empresária. A utilização dos serviços como destinatário final permite facilmente qualificar o locador como consumidor”, explica.

    O envio da quitação mensal, na avaliação de Edna Henrique, não prejudicará a declaração anual prevista na legislação e resguardará interesses legítimos de condôminos e locatários de imóveis.

    O projeto de Edna é a reapresentação do PL 8013/17, arquivado ao término da legislatura passada, do falecido ex-deputado Rômulo Gouveia.

    Tramitação
    O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Defesa do Consumidor; de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    Fonte Agência Câmara

  • Venda de veículo a gasolina ou diesel pode ser proibida no Brasil em 2030

    Daqui a 10 anos será proibida a venda de veículos novos movidos a combustíveis fósseis, como gasolina ou diesel. É o que estabelece projeto de lei que institui uma política de substituição de automóveis movidos a combustíveis fósseis a partir de 1º de janeiro de 2030, aprovado nesta quarta-feira (12), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Os veículos movidos a biocombustíveis, como o etanol, ou os carros elétricos continuarão liberados.

    PLS 304/2017, que segue agora para votação na Comissão de Meio Ambiente (CMA), determina ainda que a partir de 2040 ficará proibida a circulação de qualquer automóvel de tração automotora por motor a combustão. São abertas, no entanto, algumas exceções à regra. Pelo projeto, automóveis de coleção, veículos oficiais e diplomáticos ou carros de visitantes estrangeiros poderão continuar circulando no País, ainda que usem combustíveis fósseis.

    Segundo o autor da proposta, senador Ciro Nogueira (PP-PI), outros países estão tomando decisões semelhantes. O Reino Unido e a França querem proibir a venda de veículos movidos a combustíveis fósseis a partir de 2040, a Índia, a partir de 2030, e a Noruega, já em 2025. Ele afirma que esse tipo de veículo é responsável por um sexto das emissões de dióxido de carbono na atmosfera, gás proveniente da queima de combustíveis fósseis e importante agente causador do efeito estufa, que leva ao aquecimento global.

    Ciro sustenta que já se encontram disponíveis soluções tecnológicas que permitem o enfrentamento dessa questão. As principais são os automóveis movidos a eletricidade, carregados pelas tomadas da rede elétrica, como já ocorre em outros países, e, sobretudo no Brasil, os automóveis movidos a biocombustível.

    O relator, senador Fabiano Contarato (Rede-ES), observa que a reorientação do mercado de uma cadeia produtiva insustentável é permitida pela Constituição.

    “Segundo nossa Lei Maior, a ordem econômica tem como princípio, entre outros, a defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação”, aponta no relatório.

    Fonte Agência Senado

  • Comissão de Direitos Humanos debate reforma previdenciária na quarta

    A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal promove audiência pública nesta quarta-feira (19) para debater previdência e trabalho, com foco nas consequências da reforma previdenciária.

    O debate faz parte do ciclo de audiências públicas sobre o tema realizadas pela CDH e requeridas pelo senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da comissão.

    A audiência pública está marcada para as 14h30, no Plenário 13 da Ala Senador Alexandre Costa.

    Convidados

    . Secretário da Previdência da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, Narlon Nogueira;

    . Advogado, professor especialista em Direito Previdenciário e diretor do IBDP, Diego Monteiro Cherulli;

    . Consultor legislativo do Senado Federal e representante da Sociedade Brasileira de Previdência Social (SBPS), Luiz Alberto dos Santos; 

    . Secretário executivo da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora; e

    . Advogada, especialista em Direito Previdenciário, Cleci Maria Dartora.

    Acesse: http://bit.ly/audienciainterativa

     

    Fonte: Agência Senado

  • Maia pede contribuição de empresários à reforma tributária

    O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou, na segunda-feira (17), que os empresários brasileiros também devem dar sua contribuição à reforma tributária. Segundo ele, parte do empresariado faz campanha contra mudanças alegando que haverá aumento da carga tributária. Maia negou e ressaltou que a reforma pretende corrigir distorções e combater privilégios. “Temos um sistema injusto, que beneficia poucos e prejudica os brasileiros mais simples. O sistema precisa ser reformado”, destacou.

    Maia afirmou que, para reorganizar o Estado brasileiro, todos devem contribuir. “Os mais simples deram sua contribuição na [reforma] previdenciária, os servidores uma contribuição maior”, completou.

    O presidente da Câmara reforçou que não haverá aumento da carga tributária na reforma do sistema, mas disse que haverá a organização de distorções. “Existem privilégios que, na simplificação do sistema, serão organizados, e todos poderão dar a sua contribuição”, completou.

    Reforma administrativa

    Em relação à reforma administrativa, Maia voltou a cobrar o envio da proposta do governo sobre o tema ao Congresso. Ele considera correta a ideia do Executivo de focar o texto na melhoria do serviço público e das relações do servidor com o Estado brasileiro.

    Questionado pela imprensa se o governo acerta em evitar novos concursos públicos para poder aprovar a reforma administrativa, Maia entende que a medida não seria necessária. Na segunda-feira, a imprensa divulgou que a equipe econômica decidiu segurar os processos seletivos até a reforma ser aprovada pelos deputados e senadores.

    “O governo vai mandar uma reforma para os futuros servidores, não sei onde haveria conflito, acho que valoriza os próprios que já estão na administração”, defendeu.

    Fonte Agência Câmara

  • Brasil perdeu mais com década de 2010 do que com os anos 1980

    18/02/2020

    Estudo especial produzido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indica que a década de 2010 causou mais prejuízos ao País do que a de 1980, conhecida como a Década Perdida. De acordo com a pesquisa, que compara indicadores dos dois períodos, a recessão de 2015-2016 teve efeitos ainda mais adversos do que nos anos 1980, resultando em recuperação lenta da economia, com reflexos no mercado de trabalho e na concentração de renda.

    “Ambas as décadas tiveram impacto contundente nas empresas e trabalhadores, como o aumento do desemprego e a ampliação da má distribuição e concentração de riqueza, ocasionando uma piora significativa nas condições de vida dos brasileiros”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Em relação à evolução do Produto Interno Bruto (PIB), o Brasil cresceu 33,3%, à taxa média anual de 2,9%, no intervalo de 10 anos, iniciados em 1980. Já no mesmo período a partir de 2010, nota-se crescimento abaixo da metade, acumulado em 14,1%, com média anual de 1,3%.

    Segundo a análise da CNC, se o PIB de 2019 aumentar 1% – confirmando a expectativa do mercado –, a economia brasileira deverá registrar baixo crescimento médio anual durante esse período, retardando as chances de absorver o contingente de desempregados. “O cenário é bem diferente do que o observado nos anos 1980, quando, mesmo com as recessões de 1981 e 1983, verificou-se forte capacidade de recuperação, evidenciada através do ritmo de crescimento econômico durante a segunda metade da década”, afirma Antonio Everton, economista da CNC responsável pelo trabalho.

    Nos anos 1980, a crise encolheu a produção brasileira em 7,2%, enquanto nos anos 2010 a contração foi ligeiramente menor, de 6,9%. Contudo, a economia não conseguiu encontrar condições suficientes para voltar a crescer a partir de 2017. De acordo com o economista da CNC, “o crescimento médio entre 2017 e 2019 pode ter ficado em 1,2%”. “Na década de 1980, de 1984 até 1989, depois das recessões, a economia cresceu aproximadamente 30%”, completa.

    As crises

    Apesar de terem tido efeitos semelhantes na vida dos brasileiros, as crises de 1980 e 2010 tiveram motivações distintas. A primeira aconteceu em decorrência da vulnerabilidade do País fazer frente ao pagamento da dívida externa, o que gerou volatilidade cambial e inflação elevada. Já a última, apesar de não apresentar desequilíbrio no balanço de pagamento, deveu-se aos ajustes financeiros do setor público, com a redução de gastos e investimentos, principalmente a partir da segunda metade da década. “A lentidão da recuperação durante os anos de 2010 pode ser atribuída à menor capacidade do setor público em realizar investimentos, assim como do setor privado em capitanear o crescimento”, destaca Antonio Everton.

    Ampliando as comparações para o cenário internacional, as decisões de política econômica posicionaram o Brasil na contramão do resto do mundo, nos dois momentos analisados. Estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) aponta que, entre 1981-1990 e 2011-2018, o Brasil cresceu menos do que o resto do mundo e aquém das economias emergentes. Entre 1981-1990, entretanto, conseguiu superar o crescimento das economias da América Latina e Caribe. “Enquanto o resto do mundo se ajustava às alternâncias do mercado global, o Brasil optava por fazer justamente o contrário. O País andou a reboque da economia internacional, atrasando o seu desenvolvimento”, ressalta Everton.

    O estudo também comparou indicadores como: taxa de investimento; taxa de desemprego; carga tributária; inflação; desigualdade; população; setor externo; e bolsa de valores.

  • Boletim Informativo Diário (BID) 027/2020

    DESTAQUES:

    Sancionada lei dispondo sobre as relações financeiras entre a União e o Banco Central do Brasil

    Divulgado o valor médio da renda mensal do total de benefícios pagos pelo INSS para o mês de abril de 2019

    Sancionada lei do Estado do Rio de Janeiro que modifica a norma dispondo sobre a proibição de cobrança por uso de banheiro instalado em shopping centers, centros comercias, galerias, supermercados e quaisquer outros estabelecimentos coletivos voltados para o comércio de modo geral

    DESTAQUES:
    •    Dispensado e designado representantes dos Contribuintes (CNC) junto ao CARF.

  • CNC participa de audiência sobre MP que regulamenta transação tributária

    A Medida Provisória n° 899/2019 foi tema de debate entre representantes empresariais e comerciais, no dia 13 de fevereiro, em audiência pública realizada no Senado Federal. O advogado da Divisão Jurídica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Bruno Murat representou a entidade e indicou posição favorável, com ressalvas, à aprovação da chamada Medida Provisória do Contribuinte Legal.

    Assinada em outubro de 2019, a medida estabelece requisitos e condições para a resolução de conflitos fiscais entre a Administração Tributária Federal e contribuintes com débitos com a União, visando à redução de litígios. Isso se daria por meio da concessão de benefícios fiscais aos devedores, que vão desde o parcelamento de dívidas à possibilidade de descontos em acessórios da dívida, desde que se cumpram os requisitos legais e atenda ao interesse público. 

    Segundo Murat, a MP é o primeiro passo para iniciar o processo de redução do passivo tributário brasileiro, que, segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) citados pelo advogado, atinge o valor de R$ 2,2 trilhões apenas em relação à dívida ativa, que, somados ao contencioso administrativo e fiscal, pode chegar a R$ 3,5 trilhões, equivalente a 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. “É urgente e fundamental a criação de métodos alternativos de cobrança, começando pela MP n° 899, pois sabemos que o caminho coercitivo como única opção não funciona. A CNC defende a criação de opções amigáveis na resolução de conflitos tributários por meio da extrajudicialidade, trazendo o contribuinte para o lado do Estado e tornando viável a redução dos litígios”, disse.

    Murat afirmou, no entanto, que a medida provisória é tímida e deixa espaço para melhorias. “A medida trata de descontos, prazos, substituição de garantias, mas está restrita aos acessórios do crédito tributário e não abrange o montante principal da dívida, que está excluído da transação”, observou. De acordo com o representante da CNC, as multas exorbitantes não estão incluídas na proposta e a transação mira créditos irrecuperáveis. “A MP deveria admitir a possibilidade de transação logo no início da ação fiscal com o auto da infração, em vez de esperar o início do litígio, com a contratação de advogados pelo contribuinte e oferecimento de impugnação”, finalizou. 

    PLP n° 4/2020

    O gerente adjunto de Capitalização e Serviços Financeiros do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Wander José Soares Pereira, defendeu também a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) n° 4/2020, que permite a adesão das empresas optantes pelo Simples à transação tributária, o que tornaria a MP 899/2019 mais abrangente.  

    “Até maio de 2019, nós tínhamos 13 milhões de CNPJs ativos, no nosso segmento, optantes pelo Simples, que é um número significativo. Essa iniciativa é salutar e vai permitir que essas empresas tenham melhor gestão de seu fluxo de caixa e redução de custos, além de ampliar a capacidade de acesso ao crédito”, afirmou.

    Simplificação do sistema tributário

    Durante a audiência, a complexidade do sistema tributário brasileiro também foi duramente criticada, com o representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Gustavo do Amaral Martins, afirmando que “o sistema tributário é ruim em diversos aspectos e acaba levando a uma excessiva litigiosidade”.

    Também participaram da audiência pública representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

    O texto tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), sob a relatoria do senador Jorginho Mello (PL-SC) e autoria do senador Luiz Pastore (MDB-ES), que preside a comissão mista da MP 899/2019.

  • Comissão debate MP do Contrato de Trabalho Verde e Amarelo; relatório será apresentado na quarta

    A comissão mista que analisa a medida provisória que incentiva a contratação de jovens entre 18 e 29 anos de idade (MP 905/19) promove debate nesta terça-feira (18) com representantes de trabalhadores, patrões, centrais sindicais, governo e pesquisadores. Este será o quarto e último debate da comissão antes da análise do relatório.

    O relatório do deputado Christino Aureo (PP-RJ) será apresentado na quarta-feira (19). O calendário apertado foi criticado por alguns integrantes do colegiado. O prazo final de validade da MP é 20 de abril.

    Para incentivar as admissões, o Contrato Verde e Amarelo concede ao empregador redução na alíquota de contribuição para o FGTS (de 8% para 2%), redução de 40% para 20% da multa em caso de demissão, isenção da contribuição previdenciária patronal e do salário-educação. Podem ser contratados jovens com idades entre 18 e 29 anos por até 24 meses, com salário limitado a 1,5 salário mínimo (R$ 1.567,50).

    Foram convidados representantes das seguintes instituições:

    – Federação Interestadual dos Trabalhadores em Radiodifusão e Televisão;

    – Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil;

    – Instituto de Ensino e Pesquisa;

    –  Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança
    Pública;

    – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada;

    – Procuradoria-Geral da União;

    – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores;

    – União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços;

    – Hype 60+;

    – Nova Central Sindical dos Trabalhadores;

    – Central Sindical e Popular;

    – Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho;

    – da Associação Brasileira de Magistrados do Trabalho, Otávio Amaral Calvet;

    – representante da Confederação Nacional do Sistema Financeiro, Nicolino Eugênio da Silva Júnior; e

    – professor do Instituto de Ensino e Pesquisa, Ricardo Paes Barros.

    O debate da terça-feira será realizado às 10 horas, no plenário 6 da ala Nilo Coelho, no Senado. Já a votação do relatório será no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado, também às 10 horas.

    O debate será interativo pelo e-Cidadania

    Acesse : https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoaudiencia?id=17910

     

    Fonte Agência Câmara

  • Comissão discute relatório da MP que regulariza dívidas tributárias

    A comissão mista que analisa a Medida Provisória n° 899/19, que propõe a regularização de dívidas tributárias e fiscais, tem reunião na terça-feira (18) para apreciar o relatório do deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP).

    A MP regulamenta a transação tributária prevista no Código Tributário Nacional (CTN) e está em análise em uma comissão formada por deputados e senadores. Com ela, o governo espera estimular a regularização de débitos fiscais e a resolução de conflitos fiscais entre contribuintes e União.

    Hora e local

    A reunião será às 14h30, no plenário 9 da ala Alexandre Costa, no Senado Federal.

    Fonte Agência Câmara