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  • Carreata de Natal da Fecomércio-DF distribui mantimentos nas regiões administrativas

    Para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social, a Fecomércio-DF realizou, por meio do Sesc-DF, uma carreata de Natal por 12 regiões administrativas, distribuindo gratuitamente marmitas com cardápio natalino. Empresários da cidade também se juntaram ao projeto para realizar outras doações, como kits de higiene, roupas e brinquedos.

    No dia 13 de dezembro, a Região Administrativa de Santa Maria viveu uma tarde natalina com direito a ceia, música e brinquedos para as crianças. O projeto itinerante distribuiu 800 refeições com cardápio natalino, 800 kits de higiene pessoal, 800 kits de limpeza e 800 brinquedos para as crianças.

    “Para quem não tem nada, isso aqui vale muita coisa”, disse a dona de casa Josefa Isabel de Lima, contando que recebeu mais do que esperava naquela tarde de domingo. “Ganhei brinquedos para os meninos, marmita, frutas. Eu amei.”. 

    Esse era o clima na vila. Famílias inteiras foram ao local para receber as doações. Para a coordenadora de Serviços de Alimentação e Nutrição do Sesc-DF, Sabrina Alves, a ação mostra o papel social da instituição. “Esse projeto tem sido muito gratificante. Distribuir alimentos para quem precisa engrandece qualquer coração, então tem sido uma experiência maravilhosa levar esperança e um pouco de comida para essas pessoas, que passam por tantas necessidades”, contou.

    O presidente do Sistema Fecomércio-DF, Francisco Maia, explicou que é a primeira vez que a Federação do Comércio realiza o Natal Sempre Monumental neste formato, que foi idealizado para contribuir com as comunidades em situação de vulnerabilidade social, para ajudar as famílias mais afetados pela crise financeira provocada pela pandemia do coronavírus. 

    “É o momento que mais precisamos exercer a solidariedade, principalmente com os mais carentes do Distrito Federal. Por isso, o foco do Sesc este ano está na Carreata de Natal. Começamos a visitar as regiões mais carentes do DF, entregando ceias de natal, brinquedos e kits de higiene pessoal na Estrutura. É isso que o Sesc pretende no natal de 2020, levar também esperança e alegria à população mais sofrida”, concluiu Francisco Maia.

    O vice-governador do Distrito Federal, Paco Britto, agradeceu à Fecomércio-DF e ao Sesc-DF pela realização da carreata natalina e reconheceu o trabalho assíduo na área de saúde e assistência, para a contribuição no combate à pandemia. “Agradeço toda a família Sesc por mais essa iniciativa, que vem trabalhando em prol das pessoas em vulnerabilidade social do DF, e hoje o projeto é um presente que atendeu a muitas comunidades durante 12 dias agraciando e acolhendo muitas famílias, reunindo ações colaborativas de empresas e instituições parceiras”, disse.

    Pacco Brito também agradeceu o trabalho realizado em prol da sociedade do Distrito Federal no que diz respeito ao combate ao covid. “Foram muitas doações de máscaras e testes rápidos, e disponibilização de mão-de-obra, recursos humanos, com os profissionais do Sesc prestando serviços à comunidade. A sociedade precisa disso”, ressaltou.

  • Comércio se prepara para os desafios da LGPD

    Uma das várias consequências da pandemia é a dimensão adquirida pelo universo digital, cada vez mais importante para o dia a dia das pessoas. Por necessidade, muitos recursos, ferramentas e plataformas tiveram que ser acelerados para atender à nova realidade imposta pelo distanciamento social. E o comércio de bens, serviços e turismo está no olho do furacão. 

    As compras e as vendas on-line, que já vinham aos saltos nos anos anteriores, vão se consolidando como opção mesmo para aqueles que se mostravam reticentes até há pouco. Nesse sentido, uma nova variável entra nessa equação: a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o novo arcabouço legal que irá reger a forma com que os dados pessoais são tratados.

    A lei entrou em vigor em 18 de setembro e, desde então, muitos empreendedores começaram uma corrida contra o tempo para se adaptarem às suas exigências, que não são poucas, nem simples de atender. Para falar sobre os desafios de gestão, os protocolos de segurança e a adoção de boas práticas, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) ouviu a opinião de especialistas sobre a aplicabilidade da LGPD e suas implicações para ser implantada efetivamente. Você confere esse conteúdo especial em três matérias, publicadas nesta terça (21/12), quarta (23/12) e sexta-feira (25/12).

    Inspirada na legislação europeia, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) regulamenta o tratamento de dados pessoais por parte de empresas públicas e privadas. Com isso, qualquer empresa que incluir em sua base informações de seus clientes, por mais básicas que sejam – como nome e e-mail –, deve seguir os procedimentos da nova lei, que pode ser considerada um marco legal sobre a proteção de dados pessoais e a privacidade no Brasil.

    Empresas de todos os portes devem fazer a coleta, o armazenamento e o tratamento de dados de clientes e colaboradores de acordo com as normas da LGPD, que foi criada em agosto de 2018, porém só entrou em vigor em setembro desse ano. Nesse novo ambiente, estão surgindo muitas dúvidas de como deve ser o tratamento dos dados pessoais, a importância do consentimento no uso das informações, o desafio da gestão desses dados, os protocolos de segurança, a adoção de boas práticas e como criar uma política de uso de dados.

    A lei privilegia os direitos dos titulares dos dados pessoais, trazendo como fundamento o respeito à privacidade. Ela prevê princípios sobre o tratamento de dados que devem ser seguidos, com destaque para os da finalidade, da adequação, da necessidade e da transparência. Além disso, define como “dados pessoais” qualquer informação que possa identificar ou tornar identificável uma pessoa física. Com a entrada em vigor da lei, as empresas terão que observar alguns procedimentos para obter dados dos clientes, bem como para arquivá-los e tratá-los, devendo alterar suas rotinas e seus processos.

    Atuação

    Sempre atenta às mudanças do mercado e preocupada em auxiliar o empresário nesse contexto, a CNC produziu uma cartilha com orientações de como utilizar os dados a partir da nova lei, apresentando os objetivos, os fundamentos, como a empresa pode se adequar e as responsabilidades. O material foi editado em setembro de 2019, após, em julho do mesmo ano, ter sido publicada uma alteração na lei, incluindo um artigo específico sobre a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). O material foi encaminhado para todas as federações associadas e já está disponível nesse link do site da CNC ou ao final desse texto.
     

    Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a iniciativa traz segurança jurídica e a garantia do cumprimento dos direitos constitucionais do cidadão. “Vai exigir que nos adaptemos, mas proporciona mais transparência e contribui para inserir o Brasil no caminho dos desenvolvimentos tecnológico e econômico, especialmente do ponto de vista internacional, já que a maioria dos países vizinhos possui legislação sobre o tema”, avalia Tadros.

    A ANPD, ainda a ser estruturada, será o órgão responsável por regular a lei, elaborar instruções para o cumprimento de suas normas e fiscalizar esse cumprimento, além de penalizar, caso seja necessário. A ANPD também terá as tarefas de regular e de orientar, preventivamente, sobre como aplicar a lei.

    Segundo o chefe da Divisão Jurídica da CNC, Alain MacGregor, é importante destacar que a LGPD se aplica a pessoas físicas e jurídicas, de direito público e privado, que venham a realizar qualquer tipo de tratamento de dados, bem como pessoas físicas que tenham tido seus dados coletados.

    “Com a entrada em vigor da lei, mais do que nunca, as empresas devem estar atentas às necessárias mudanças de cultura no dia a dia de suas atividades, pois, além dos cuidados que devem ser despendidos com relação aos dados obtidos de seus respectivos clientes e parceiros comerciais, haverá, também, a necessidade de se observar as questões internas das empresas, em especial os dados de seus colaboradores, que também estão protegidos e merecem, por conta disso, um tratamento adequado à legislação”, observou.

    A LGPD também estipula os agentes de tratamento de dados e suas funções nas organizações: tem o controlador, que toma as decisões sobre o tratamento; o operador, que realiza o tratamento, em nome do controlador; e o encarregado, que interage com cidadãos e autoridade nacional (e poderá ou não ser exigido, a depender do tipo ou porte da organização e do volume de dados tratados).
     

  • Mesa Brasil Sesc Goiás e BRF distribuem chesters a famílias goianas

    O Mesa Brasil Sesc Goiás doou 1.680 chesters para o Ministério Filantrópico Terra Fértil, em Goiânia. A entrega faz parte de uma doação maior, feita anualmente pela BRF Brasil, de 15 mil unidades do produto. A campanha de doação dos chesters teve início no dia 30 de novembro e foi até o dia 11 de dezembro.

    Pelo quinto ano consecutivo, o Mesa Brasil Sesc Goiás e a BRF Brasil distribuíram 15 mil chesters pelo estado. As doações são destinadas às instituições cadastradas pelo Mesa Brasil, e em 2020 foram beneficiadas organizações nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Inhumas, Senador Canedo, Catalão, Anápolis, Rio Verde, Abadia de Goiás e Trindade.

    Para Rúbia Carla, diretora do Terra Fértil, o chester significa abundância e alegria. “Queremos que o ano de 2021 seja repleto de bons sentimentos para todas nossas famílias. Obrigada, Fecomércio, Mesa Brasil e BRF, por trazer sorrisos às nossas famílias”, disse.

    O presidente da Fecomércio-GO, Marcelo Baiocchi, destacou a simbologia do prato nesta época do ano. “O chester é um símbolo da ceia de Natal. É muito especial podermos proporcionar esse clima ainda mais festivo para essas famílias, especialmente em um ano tão difícil, em que a crise atingiu com mais força as famílias carentes”, destacou.

    Para o diretor regional do Sesc/Senac, Leopoldo Veiga Jardim, a doação reforça o papel social do Mesa Brasil. “Estamos diariamente ajudando famílias que necessitam. Fazer isso no Natal tem um gosto ainda mais gratificante em 2020, quando enfrentamos momentos especialmente dolorosos. Todos queremos terminar o ano com um pouco mais de esperança”, considerou.

  • ICF mostra melhora nas percepções positivas em dezembro

    O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou o patamar de 72,1 pontos em dezembro deste ano, o maior resultado desde maio de 2020, quando chegou a 81,7 pontos. Mesmo com essa recuperação, este foi o pior mês de dezembro da série histórica.  

    O índice permaneceu abaixo do nível de satisfação (100 pontos), o que vem acontecendo desde abril de 2015 (102,9 pontos). A série com ajuste sazonal apresentou crescimento mensal de 1,2%, o quarto crescimento consecutivo e mais intenso do que o observado no mês anterior (+0,8%). Contudo, em relação a dezembro de 2019, houve retração de 25,1%, a nona redução nesta base comparativa.

    “A confiança vem melhorando, mas de forma lenta, gradual, como não poderia deixar de ser diante do dramático quadro econômico provocado pela pandemia. Nossa expectativa é de que, com a vacinação já planejada pelo governo, esse processo de retomada da confiança tenha continuidade, provavelmente se acelerando nos próximos meses”, avaliou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

    “Os resultados do ICF mostram que as famílias reforçaram sua confiança na recuperação econômica. Essa melhora nos indicadores de curto prazo já está influenciando as expectativas de longo prazo, tanto que a Perspectiva Profissional para o próximo semestre apresentou o maior crescimento no mês. Também foi registrado o maior percentual, desde maio de 2020, de famílias com percepção positiva sobre o futuro do mercado de trabalho”, analisou a economista da CNC Catarina Carneiro.

    Na avaliação por faixa de renda, as famílias com renda acima de dez salários mínimos revelaram nível de insatisfação de 82,6 pontos, com aumento mensal de 1,4% e queda anual de 26,2%. Para as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos, o indicador atingiu 70,1 pontos, representando insatisfação, já que o índice permaneceu abaixo dos 100 pontos. No entanto, no mês houve avanço de 1,2% na confiança nessa faixa de renda, enquanto na comparação anual aconteceu redução de 24,8%.

    A questão referente ao Emprego Atual mostrou que a maior parte dos entrevistados (32,8%) se sente tão segura com seu emprego quanto no ano passado, uma proporção menor do que no mês anterior (33%) e maior do que em dezembro de 2019 (25,9%). Neste mês, houve a maior proporção desde junho, quando atingiu 21,1%, das famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego, alcançando 20,1% no último resultado. Em dezembro de 2020, houve crescimento mensal de 0,6% neste item, o quarto seguido, enquanto a variação anual foi de -26,1%. Apesar desse avanço no mês, o patamar atingido foi de 88,1 pontos, revelando continuação da insatisfação das famílias neste item.

    A maior parcela das famílias (52,2%) demonstrou uma Perspectiva Profissional negativa em dezembro deste ano, enquanto este percentual foi de 54,5% no mês anterior e de 42,5%, em dezembro de 2019. Similar ao indicador de Emprego Atual, o percentual de perspectiva positiva em relação ao futuro do mercado de trabalho (39,1%) atingiu a maior taxa desde maio de 2020 (39,6%). O item obteve variação positiva de 3% em dezembro de 2020, a quinta consecutiva, também sendo o maior crescimento do mês. Contudo, a comparação com igual mês do ano anterior foi negativa (-17,9%).

    As famílias, em sua maioria, consideraram que em dezembro de 2020 o Nível de Consumo Atual foi menor do que no ano passado (59,2%), ante 60,4% no mês anterior e 47,4% em dezembro de 2019. Mesmo não sendo a maior parte, a parcela das famílias que consideraram que houve aumento em seu consumo (14,2%) atingiu o maior percentual desde maio (15,4%).

  • Síntese da Conjuntura – 15/12/2020

    Publicação quinzenal que aborda a evolução da conjuntura econômica brasileira, examinando os resultados sob o ângulo dos interesses do setor empresarial privado.

  • Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) – Dezembro de 2020

    A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é um indicador com capacidade de medir, com a maior precisão possível, a avaliação que os consumidores fazem sobre aspectos importantes da condição de vida de sua família, tais como a sua capacidade de consumo (atual e de curto prazo), nível de renda doméstico, segurança no emprego e qualidade de consumo, presente e futuro. Em outras palavras, é um indicador antecedente do consumo, a partir do ponto de vista dos consumidores, tornando-o uma ferramenta poderosa para o planejamento do comércio e de outras atividades produtivas.

  • Comércio é incluído na MP 1.106

    Os argumentos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) contribuíram para garantir a inclusão do setor do comércio na Medida Provisória número 1016, de 17 de dezembro de 2020, que determina as regras para renegociação extraordinária no âmbito do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte, do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste e do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste.

    A inclusão do comércio na MP editada pelo Governo Federal, que contempla também a indústria e a agricultura, é crucial para os empresários do setor nessas regiões, especialmente neste momento de dificuldades provocadas pela pandemia.

    O vice-presidente da CNC, Francisco Valdeci Cavalcante, explica que a negociação vai permitir um desconto de até 70% em até 120 meses. “Esse vai ser um apoio crucial neste momento tão difícil das empresas”, avalia.

    Para o presidente da Confederação, José Roberto Tadros, é uma conquista importante para os empresários do comércio das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. “O índice de inadimplência nesses fundos estava muito alto, especialmente depois do agravamento dos problemas econômicos por causa da pandemia”, afirma Tadros.

    De acordo com a MP, as renegociações deverão ser solicitadas até 31 de dezembro de 2021. Os empresários do comércio devem estar atentos às regras da Medida (Íntegra da MP 1.106/20). A publicação foi feita nesta sexta-feira (18) no Diário Oficial da União.

  • Sumário Econômico – 1649

    A grande aposta do BC e a possibilidade de monetização de dados pelo varejo –  Após o sucesso do lançamento do Pix, a nova aposta do Banco Central (BC) é o open banking, uma infraestrutura de integração de dados financeiros, ou um conjunto de tecnologias que possibilitarão o compartilhamento de dados, produtos e serviços dos clientes entre os bancos, conforme a vontade do consumidor, que escolherá com quem deseja partilhar suas informações bancárias. Na prática, trata-se da portabilidade dos dados financeiros das pessoas físicas e jurídicas, partindo-se da premissa de que, no sistema financeiro como atualmente organizado, é preciso permitir que os indivíduos tenham mais liberdade para levar suas informações financeiras para a instituição que desejarem. Como já assinalado em recente artigo publicado neste sumário, o papel regulatório do BC vem ganhando força recentemente. A modernização dos meios de pagamento e a inovação na forma de funcionamento do sistema financeiro, com maior participação dos agentes privados, fortalecerão essa vertente do BC. A digitalização está ainda deslocando as funções clássicas da moeda. Antes a moeda era usada principalmente para transações comerciais, agora continua como unidade de conta e para acumular como reservas. Com todos esses avanços em um curto espaço de tempo, o Brasil está caminhando para um sistema financeiro mais robusto, em que a etapa seguinte deverá ser a criação de uma moeda digital oficial pelo BC.

    Mercado estima queda de 4,41% para o PIB deste ano – No último relatório Focus divulgado pelo Banco
    Central (11/12), a mediana das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou para 4,35%, o 18º aumento consecutivo nessa estimativa. No curto prazo, as projeções dos analistas para o IPCA são de 1,19% para dezembro e 0,37% para janeiro do próximo ano. As cinco instituições que mais acertam – TOP 5 – projetam IPCA de 1,18% e 0,39%, respectivamente. A mediana das projeções dos analistas para o IPCA de 2021 permaneceu em 3,34%, e, para 2022, a estimativa continuou em 3,50%. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a meta da taxa de juros Selic permaneceu em 2,00% ao ano, terminando o ano em seu menor nível histórico. A próxima reunião será nos dias 19 e 20 de janeiro do próximo ano, quando se espera que o Banco Central não irá alterar a taxa novamente. Contudo, a expectativa do mercado é que ela aumente em 2021, alcançando 3,00%, além de um novo incremento em 2022, com juros podendo ser de 4,50%.

    O trabalho de casa (II) – Dando continuidade ao texto que saiu no Sumário anterior, entre muitos acontecimentos a respeito do começo da pandemia no Brasil , as imagens de março e abri l mantêm-se vívidas até o momento, acendendo lembranças muito fortes, como, por exemplo, as das calçadas vazias, do número reduzido de carros transitando nas ruas, do imenso número de lojas com portas arriadas, dos shopping centers fechados sem consumidores, dos teatros, cinemas e restaurantes, também, dentre outros estabelecimentos comerciais e de serviços. Já com as grandes empresas, não precisam do tratamento diferenciado. Elas fazem a economia, embora a geração de emprego perpasse pelas de menor porte. Essas unidades preponderam participação no produto doméstico, respondendo por mais de 70% da riqueza gerada. Seus ajustes e arranjos produtivos produzem impacto bem maior sobre a atividade econômica em geral, influenciando o papel das menores, por extensão. Nessa onda de transformação global, o trabalho remoto está no escopo das diretrizes tanto do setor privado como do setor público. Os indivíduos se inserem como partícipes de um processo de mudanças aceleradas, necessitando compreender o seu papel dentro da empresa para atuar com maior qualidade na entrega associada à produtividade, conforme a missão de cada uma delas.

  • Sumário Econômico – 1648

    É hora de enfrentar a realidade – Com a falta de chuvas, o governo autorizou o aumento dos preços da eletricidade já em dezembro, sem esperar um momento menos prejudicial para esse incremento de custos à população. Os agentes econômicos precisarão necessariamente ajustar seus orçamentos. Com essa medida, o governo resolveu mostrar a realidade como ela é, com todas as suas dificuldades. Depois de muitos anos com medidas para apenas remediar os problemas ao invés de resolvê-los, a política econômica está realista e não mais escondendo debaixo do tapete as necessidades prementes, ou fazendo confiscos na dívida com uso de ferramentas artificiais.

    A economia em 2020 – O ano de 2020 se mostrou altamente desafiador para a economia mundial. A queda no ritmo de atividade econômica em nível global se deu em ritmo inédito em quase um século. Ao fim deste ano, a economia do planeta terá encolhido 4,4%, segundo estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI). No Brasil, o tombo será ainda maior (-5,8%, segundo o próprio Fundo, e -4,8%, segundo pesquisa semanal conduzida pelo Banco Central do Brasil). A despeito das inevitáveis perdas impostas pela pandemia, observa-se um ritmo de recuperação da atividade econômica relativamente rápido, de modo que, na ausência de novos choques negativos nos próximos meses, a economia brasileira deverá retomar o nível de atividade verificado antes da pandemia do novo coronavírus na virada de 2020 para 2021.

    O Trabalho de Casa (I) – As medidas profiláticas adotadas pelas autoridades para aplacar os efeitos da pandemia redundaram sobre empresas e pessoas necessidades radicais de reorganização das suas rotinas, modificações de comportamento e cautela na utilização dos recursos. Todos foram impelidos a fazerem inovações, o que se convencionou chamar de tiveram que se reinventar. O contexto de isolamento e/ou afastamento/ distanciamento social num primeiro momento esvaziou ruas, praias, indústrias, comércio e serviços. Uma atmosfera de receio de contaminação disseminou um ar pesado de desconfiança e medo entre as pessoas por causa da aproximação pessoal, do contato físico, do contágio por intermédio da proximidade com o outro.

    Economia Gig –  A economia GIG refere-se a um trabalho no qual o profissional pode se cadastrar em um serviço online, sem passar por processos seletivos presenciais, por exemplo, e receber pagamento por suas tarefas realizadas. É uma forma de trabalho baseada em pessoas que possuem empregos temporários ou fazem atividades de trabalho freelancer. Elas são pagas por cada atividade separadamente, ao invés de trabalhar para um empregador fixo, ou seja, o emprego convencional como trabalho em horário predefinido. Para quem trabalha como freelancer, esta modalidade de serviço pode melhorar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, fornecendo maior liberdade de tempo e de espaço. O modelo é alimentado por trabalhadores independentes que selecionam os trabalhos nos quais estão interessados, em vez de serem obrigados a trabalhar em qualquer emprego temporário que conseguirem.

  • Sumário Econômico – 1647

    CNC e seus 75 Anos – A economia brasileira passou por inúmeros reveses de 1945 até os dias de hoje. Com ganhos e perdas, comércio e serviços refletiram as mudanças estruturais e conjunturais havidas ao longo desses 75 anos. A história da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) se imiscui nesse contexto por intensificar a defesa dos interesses das empresas por meio da representação empresarial, entre outras ações. Na celebração do seu aniversário, a entidade torce para que o Brasil tenha capacidade de modificar a situação em que se encontra, surpreendendo favoravelmente. O relativo otimismo deve-se, sobretudo, às respostas do setor privado diante da crise. Nesse contexto, espera-se que as empresas já tenham feito os ajustes necessários para poderem adaptar-se aos tempos difíceis. Ou seja, que a recessão ficou para trás e que os próximos exercícios sejam de crescimento econômico, com a retomada dos investimentos e a geração de empregos.

    Intenção de consumo das famílias mostra confiança no longo prazo – O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou o patamar de 69,8 pontos em novembro deste ano, o maior resultado desde maio de 2020, quando foi de 81,7 pontos. Com isso, tornou-se o pior mês de novembro da série histórica e o índice permaneceu abaixo do nível de satisfação (100 pontos), o que acontece desde abril de 2015 (102,9 pontos). Após o ajuste sazonal, a série apresentou crescimento mensal de +0,8%, o terceiro crescimento após os efeitos negativos da crise da covid-19. Contudo, em relação a novembro de 2019, houve retração de -26,7%, a oitava redução nesta base comparativa. Apesar desses fatores positivos, o Momento para Compra de Duráveis apresentou a primeira queda, após três meses de crescimento. Isso mostra que, independentemente da maior confiança, as famílias continuam seletivas no momento de comprar e observam com atenção a eficiência do governo para manter a recuperação econômica.

    Em desaceleração, serviços crescem pelo 4º mês seguido – Em setembro, o volume de receitas do setor de serviços cresceu 1,8% na comparação com agosto, já descontados os efeitos sazonais. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (12/11) pelo IBGE, esse foi o quarto mês consecutivo de avanço no volume de receitas após o setor acumular retração de 18,9% entre março e maio deste ano. A tendência é que as atividades terciárias sigam apresentando lenta reação até o fim de 2020 na medida em que as medidas de estímulo à economia adotadas no auge da pandemia tendem a produzir impactos menos significativos daqui para frente. Diante deste cenário, a CNC revisou de -5,9% para -6,4% sua previsão para a variação do volume de receita dos serviços ao fim de 2020. Para o turismo, a tendência é de que o faturamento real do setor encolha 37,1% neste ano com perspectiva de volta ao nível pré-pandemia no terceiro trimestre de 2023.